Prova de Fogo: Sombra e Luz - NEWT

Especial de natal

Boa tarde leitores de maze, esse capítulo é um capítulo que não mudará nada da trajetória, é um capítulo de especial de natal que eu venho trabalhado a um tempo, se passa no acampamento em um futuro distante de todo o caos.

Boa leitura

O frio foi a primeira coisa que senti ao acordar. Era estranho. Mesmo com o vento constante da floresta, nunca ficava tão gelado. Minha respiração saiu como uma pequena nuvem, e eu franzi a testa. O tecido da barraca parecia mais rígido do que o normal, como se estivesse congelado. Passei a mão pelo cabelo bagunçado, abri o zíper e saí.

Ao pisar fora, fiquei paralisado. O chão, sempre úmido e coberto de folhas secas, estava branco. Tudo ao meu redor, árvores, pedras, até os restos dos troncos que usávamos como bancos, estava coberto por uma fina camada de neve. Nunca pensei que veria neve aqui, tão ao sul. Era surreal.

Olhei para os lados, tentando entender o que estava acontecendo, mas o som de risadas cortou meus pensamentos. Minho, Brenda, Thomas e Niya estavam se jogando bolas de neve, rindo como crianças, algo que não via há muito tempo. Uma paz tão simples, tão pura, parecia impossível depois de tudo.

Foi quando senti um impacto direto na minha cabeça. A neve era fria, mas macia, escorrendo pelo meu cabelo. Me virei imediatamente, pronto para descobrir quem foi o culpado, e lá estavam eles: os quatro, gargalhando como se eu fosse o alvo mais óbvio do mundo. Niya segurava a barriga, rindo tanto que mal conseguia ficar em pé.

Eu sorri, não consegui evitar. Curvei-me rapidamente, peguei um punhado de neve e moldei uma bola. Antes que pudessem reagir, joguei com força contra Minho. Ele gritou algo que não entendi, e logo todos estavam na guerra. Jogávamos neve para todos os lados, gritos e gargalhadas enchendo o ar gelado.

O tempo passou sem que percebêssemos. Minha roupa estava encharcada, mas eu não me importava. Estava rindo tanto que minha barriga doía. Foi quando Jorge e Caçarola apareceram, carregando bandejas improvisadas feitas de madeira.

- Vocês vão querer parar essa guerra boba e comer? Fizemos algo especial. - Jorge chamou nossa atenção com seu tom sempre prático.

Intrigado, fui o primeiro a me aproximar. As bandejas estavam cheias do que eles conseguiram juntar: peixe grelhado, frutas secas, pedaços de carne de porco e até um pouco de água limpa. Tudo parecia simples, mas era mais do que suficiente.

- O que estamos comemorando, afinal?, - perguntei.

Foi Niya quem respondeu, com um sorriso leve.

- Nosso primeiro Natal longe da CRUEL. - Ela parecia emocionada.

- Nunca imaginei que estaríamos livres o suficiente para algo assim. - Minho completou, cruzando os braços com aquele jeito típico dele.

Olhei ao redor, observando os outros se aproximarem e se sentarem em volta da ceia improvisada. Todos traziam algo, mesmo que pequeno. Alguns carregavam histórias para compartilhar, outros apenas sorrisos. Era surreal pensar que, depois de tanto tempo, podíamos estar juntos assim, sem medo.

Enquanto me sentava, senti um leve toque no meu ombro. Me virei e encontrei Gally, segurando uma pequena caixa feita de folhas trançadas. Ele parecia um pouco nervoso, mas estendeu o presente para mim.

- Feliz Natal, Newt, - disse ele, com um pequeno sorriso.

Abri a caixa com cuidado, curioso. Dentro, havia um colar feito à mão, com uma pedra branca que reconheci imediatamente. Era de uma cachoeira próxima ao acampamento, um dos poucos lugares que visitamos para buscar água. A pedra era polida e brilhava levemente, simples, mas bonita.