--5-- Visita incoveniente

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Depois de tudo arrumado e finalizando meu livro que havia trago da antiga casa, olhei para o relógio.

- É, não vai dar tempo de correr hoje, de novo! - então tive a brilhante ideia de estrear a minha nova sala, coloquei na tele cine e me joguei naquele sonho de espuma chamado sofá.

Fiquei ali até dar meu horário de trabalhar, jogada, quando enfim deu 16:40 levantei preguiçosamente para me arrumar. Caminhei destraidamente até meu quarto e banheiro, tomei meu banho, me arrumei com aquele lindo uniforme que eu amo, só que não.

Comi qualquer coisa e saí para o destino que me aguardava... Pelo menos hoje não era dia do babaca do Felipe ir para lá, e ainda bem que ele cumpre a agenda!

Tudo foi tranquilo no trabalho, nada de novo, nada de irritante, tirando um bêbado que resolveu fazer um show lá mas logo os seguranças deram um jeito no felizinho.

O caminho de volta pra casa foi tranquilo, guardei a moto na garagem do prédio e fui para o elevador.
Apertei o botão para a cobertura e peguei meu aparelho celular para responder meu pretendente/fofo da academia. Foi aí que me dei conta de que não sabia o nome dele e nem perguntei, fiquei tão eufórica por ele ter vindo falar comigo que nem me dei conta de que tinha que perguntar o nome. ANTA!

E agora ? Como vou saber o nome dele para procurar na agenda? Já sei, vou procurar no whats, como ele anotou o número e o nome com certeza vai estar lá, se a foto dele estiver identificável problema resolvido.

Fui procurando a foto dele. O elevador abriu as portas, eu saí, entrei em casa e fui para sala, tudo isso sem tirar os olhos do celular, nem ao menos reparar que tv estava ligada.

Chegando no sofá lindo e confortável, me sentei sem prestar atenção logo no primeiro e mais próximo acento, ao lado da porta.

Quando notei que sentei no colo de alguém. Tentei levantar no pulo. Desesperada por não saber quem era, independente de quem seja também não seria legal, a menos que fosse meu irmão, seria menos constrangedor, mas a pessoa me segurou passando os dois braços em volta de mim. E logo aquele cheiro de Colônia cara e cigarro bem fraco alcançou meu nariz. E aí meu desespero bateu o recorde atual.

- Se queria sentar no meu colo era só sentar gatinha, não precisava usar o celular como distração pra fingir que não me viu. - falou com aquela voz rouca no meu ouvido, aquele hálito de menta, pude sentir o sorriso em seus lábios enquanto sussurrava em meu pescoço. Tremi de raiva.

- O QUE? Você é louco? Me solta.. Oque acha que ta fazendo? - perguntei nervosa.

- Não precisa disfarçar Izi, ta só nos dois aqui!! - falou com uma voz maliciosa que me fez arrepiar, e o idiota percebeu. - você gosta da minha voz no seu ouvidinho ne? Gosta do meu cheiro também. Eu te entendo, não é só você! - Alguém me explica como uma mãe da a luz a um ser humano tão babaca ?

- Cala boca seu idiota. Como assim só nos dois? Cade meu irmão? E aliás o que você ta fazendo aqui? Me solta caramba! - falei gritando e tentando sair do colo dele.

- Ele ta na boate, disse que vai demorar porque tem muitas coisas pra resolver lá. Ele já quer abrir no sábado agora. - falou e cheirou meus cabelos passando a ponta do nariz no meu pescoço.

- Quer fazer o favor de me soltar? - falei pausadamente - E você ainda não me respondeu porque ta aqui!

- Vim ver seu irmão, mas quando cheguei aqui ele não tava, então quando liguei para saber se já tava vindo ele pediu pra ficar e te esperar. Ele não quer que você fique sozinha na sua primeira noite aqui, e eu não pude dizer não, afinal, seria terrivel se alguma coisa ou alguém fizesse algo com você aqui, sozinha, na sua nova casa...que tipo de homem eu seria se não ficasse aqui com você, em?!- disse o final com voz ainda mais maliciosa.

- To dispensando sua companhia, obrigada, mas pode ir embora, minha primeira noite aqui vai ser melhor sozinha do que com você! E principalmente, menos perigosa com toda certeza!

- Ah Izi, você sabe que não vai, sabe que adoraria que eu ficasse aqui com você! - falou ainda se enfiando nos meus cabelos com o rosto.

- Primeiro, não me chame de Izi, não te dou essas intimidades, meu nome é Izabela. Segundo, não, não gosto da sua companhia, na verdade eu desprezo. Terceiro e não menos importante, me solta A-GO-RA! - falei friamente.

Pude ouvir o sorriso dele, de satisfação, no mínimo por ter me irritado. O que me irritou mais ainda. Quem ele pensa que é? O último homem da terra? Coitado!

Fui interrompida dos meus pensamentos quando notei que ele havia tirado um de seus braços de mim, e agora estava afastando meus cabelos do ombro, os colocando pra trás deixando o caminho do meu pescoço totalmente livre. Congelei.

Começou primeiro com a ponta do nariz novamente, mas logo começou fazer um trilha de beijinhos molhados pelo meu pescoço. Ótimo, me arrepiei. Tem coisa mais incoveniente do que essas respostas corporais ? Ainda mais para com esse tipo de traste em forma de ser humano? Não, não tem!

Ele já estava com a mão na minha perna, foi deslizando a até chegar na parte de cima da minha coxa, sua mão praticamente tampava a parte superior da minha coxa inteira, logo em seguida a apertou. Segurei o gemido que gritava dentro de mim e lutava violentamente para sair. De raiva e ao mesmo tempo outro sentimento que eu não estava familiarizada, essa volta só meu irmão meio que fez com que nossa rotina de só se ver na lanchonete que eu trabalhava dia sim e dia não mudasse de alguma forma, agora além de eu já ter visto ele mais vezes do que eu gostaria, o contato está gritantemente passando de todos os limites.

Aproveitei o momento de distração dele e levantei do seu colo, com muita dificuldade. Virei pra ele e dei um tapa em sua cara. Ele ficou com o rosto virado na posição que o tapa deixou por alguns segundos e virou pra mim lentamente.

Passou o polegar do rosto onde foi o tapa até a boca, onde agora estava segurando os lábios inferiores, então abriu um sorriso de lado extremamente safado. - Não sabia o que esperar, por que a expressão na cara dele me fazia pensar que ele havia gostado.

Notei que eu estava sem ar pela dor dos meus pulmões, porque havia prendido a respiração sem nem se dar conta, muito menos por quanto tempo que eu havia prendido.

Virei as costas para ele e fui para meu quarto, antes que ele pudesse dizer ou tentar fazer qualquer coisa.

O deixei sozinho, tomei meu banho e fui dormi pensando em mil coisas, principalmente revendo a cena com ele diversas vezes na mente, até que adormeci em meio aos meus pensamentos.

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Eu e o melhor amigo do meu irmão - ATUALIZANDO 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora