--69-- Acerto de contas

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FELIPE

Desci pelo elevador já me arrependendo, nunca um elevador demorou tanto. Se eu tivesse indo pela escada de emergência já estaria quase lá, e já teria me aquecido para o que estava por vir.

Eu vou matar aquele cara, acho melhor ele correr quando me ver, por que eu vou mata-lo.

Finalmente o elevador parou e as portas começaram a se abrir.

- anda porra... - falei enquanto ajudava as portas abrirem mais rápido as empurrando.

Quando cheguei lá em baixo avistei a caminhonete, comecei a ir rápido em direção a ela e o motorista percebeu.

Os faróis do carro se ascenderam e logo pude ouvir o ronco no motor ligando,- o filha da puta vai arrancar - e na mesma hora ele o fez, cantou pneu.

Eu já estava esperto e com a chave do meu carro na mão, não havia guardado o carro no estacionamento do prédio então rapidamente cheguei até ele, quando entrei me sentando e antes que eu pudesse fechar a porta ouvi a Izabela me gritar, ela estava vindo na minha direção, fechei a porta e arranquei. Olhei pelo retrovisor e ela estava lá parada, Luiz surgiu atras dela, mas eu continuei meu caminho e fui seguir a caminhonete.

BELA

Ele entrou no carro e mal olhou pra minha cara, não posso deixar ele fazer o que quer que seja que esteja pensando fazer, me virei e dei de cara com meu irmão atras de mim, e a Bih atrás dele. Droga, é claro que o acordamos.

O que tá acontecendo aqui ? - ele perguntou nervoso.

- Não tenho tempo para explicar, mas chama os meninos, se for o que eu tô pensando Felipe vai fazer uma grande besteira. - Falei enquanto saía e pegava meu capacete que deixei no hall de entrada do prédio, já havia descido com ele pois já previa que teria de ir atrás do Felipe.

Fui até o estacionamento subi na moto e dei partida o mais rápido que já fui, ele pegou a reta principal, se eu correr talvez os alcance.

Parei a moto na frente do Luiz e levantei o protetor do capacete.
- liguei o GPS do meu celular!- disse e dei partida.

LUIZ

Que caralhos Felipe está fazendo aqui e que caralhos ele está indo fazer? Não estou entendo porra nenhuma, mas se a Izabela está preocupada é melhor não ignorar, principalmente quando se trata do Felipe, ele não sabe se controlar. Peguei meu celular e comecei a procurar nos contatos, comecei a andar entrando no prédio e puxando a Bih que estava sem reação assim como eu.

Liguei para os caras, avisei para seguirem meu GPS, e fui seguir o rastro da minha irmã com a Bih do meu lado.

IZABELA

O vento gelado cortava meu corpo, eu estava de camisola e jaqueta, o frio estava intenso e as ruas cobertas de neblina, porém muito movimentada de carros e motos. Acelerei mais e mais na esperança de avistar o conversível.

Passado dois semáforos verdes encontrei o próximo vermelho, eu não podia parar, acelerei ainda mais e passei, orando para que nada batesse em mim naquele momento, e foi aí que em cem metros depois avistei o convercível preto, era ele!

A caminhonete estava na sua frente, ele estava colado em sua traseira e eu me aproximando de ambos. Meu corpo inteiro tremia, não só com o frio, mas de medo do que estava por vir, eu não queria que o final dessa corrida chegasse e com ele o desfecho dessa história.

Logo mais a frente a caminhonete entrou a esquerda, Felipe atrás e eu logo em seguida, a rua aos poucos foi começando a ficar mais deserta e escura... Duas ruas depois os dois viraram e um pouco depois eu virei também.

Eu e o melhor amigo do meu irmão - ATUALIZANDO 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora