--51-- Finalmente

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Izabela

A cena do Erick não saía da minha cabeça, voltei para boate desnorteada, não acreditava no que tinha acabado de ver, não era possível.

Bianca vinha atrás de mim me gritando, eu não conseguia nem olhar para ela, então ela me segurou pelo braço.

- Izabela espera, me ouve! Vamos lá para fora, você está muito nervosa, precisa de ar, precisa se acalmar!

- Eu preciso ir embora daqui, só isso que eu preciso nesse momento! - as lágrimas já escorriam do meu rosto.

- Amiga, pelo amor de Deus, você não pode sair assim! - ela não vai me convencer a ficar aqui.

- Não tenho mais cabeça para continuar dentro da boate. Não aguento mais ficar aqui dentro, vou pegar um táxi e vou para casa. - me despedi apenas da Bih e fui embora.

Fui para o quarto, tirei o vestido, coloquei um sutiã e um roupão por cima, não conseguia para de chorar e tirar aquela imagem da cabeça. Como ele pode? Além de me trair, que até ai já ruim, ele ainda usa drogas, cocaína, meu Deus, como eu não desconfiei? Como eu fui idiota... Todas as vezes em que eu cortei o Felipe por causa dele, mesmo quando eu ficava com Felipe, sempre me segurei por ele, ficava com a consciência pesada, e pelo que? Por alguém que enche o cu de pó e ainda por cima com outras mulheres.

É muita decepção, e o Felipe viu tudo, que vergonha... Que vergonha...

Fui para cozinha, peguei uma garrafa de Whisky e fui para piscina. Sentei em uma poltrona de vime e comecei a beber.

Sabe, é incrível como você se sente estúpida, um lixo, uma completa idiota. Você acredita por tempo que seu namoro é bom, que seu namorado é perfeito, que realmente gosta de você, que não faz nada errado e que você pode confiar cegamente nele.

Começo agora a me lembrar das vezes em que me recriminava por eu beber, por as vezes sair da dieta e comer porcarias. Cheio da pose e da moral, e me traía, usava pó. Não sei o que me deixou mais decepcionada. Não consigo nem lembrar da cara dele de tanto nojo.

Como fui burra. Burra, burra. Burra!

Felipe sempre chamava ele de Zé, diza que ele não estava nem ai para mim, e no fundo ele estava coberto de razão. O tempo todo.

Já estava bem tonta agora, mas a raiva e a angústia não me permitir nem embreagar, me deixar bêbada e sem pensamentos que me deixam pior. Não consigo relaxar... Não consigo parar de pensar.

Olhava para meu celular, nossa foto de capa, me deu nojo, apaguei na mesma hora. Olhei minha galeria, haviam muitas fotos com ele, fui apagando todas, não quero nenhuma lembrança, nenhuma recordação, quero esquecer que um dia namorei com o Erick.

Uma hora havia se passado então tirei meu roupão e entrei na piscina de calcinha e sutiã com a garrafa na mão, entrei e fiquei de bruços na borda olhando através do para peito de vidro da minha cobertura.

Fiquei ali debruçada por um tempo, não faço ideia por quanto, só sei que já bebi tanto que mal sinto a água nesse momento. Perdida em pensamentos e lembranças.

Foi então que senti duas mãos em minha cintura, deslizaram sobre minha barriga e me abraçaram por trás, era o Felipe, podia sentir o seu perfume em qualquer circunstância. Ele começou a beijar minhas costas, meu cabelo estava preso em um coque mal feito no alto, então ele começou a beijar minha nuca e depois o pescoço. Seu toque era tão bom, que quase me fazia esquecer o que tinha acontecido.

Eu não conseguia nem me afastar de seus braços, e não queria, precisava um pouco disso nesse momento, e além do mais, agora não tenho mais nenhum motivo para afasta-lo. Já que fui traída por uma morena drogada e uma fileira de pó.

Eu e o melhor amigo do meu irmão - ATUALIZANDO 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora