┈─ 𝟶𝟶4. QUANDO O INFERNO SE APROXIMA.

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QUANDO O INFERNO SE APROXIMA

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QUANDO O INFERNO SE APROXIMA.

O vento cortava o rosto de Yara enquanto Appa sobrevoava silencioso a imensidão gélida. A batalha recém-terminada ainda pulsava na memória dela como uma batida frenética — os gritos, a água moldada como lâminas, o gosto amargo da liberdade tão breve. Pela primeira vez, ela havia sentido que podia ser mais do que a guardiã da irmã, mais do que a princesa esquecida.

Mas o que encontrou adiante fez cada fibra de seu corpo congelar.

No horizonte, entre a neblina espessa, não havia apenas um navio solitário, como antes.

Havia dezenas.

Centenas.

Milhares.

Uma verdadeira muralha de aço e fogo surgia diante deles, avançando lentamente, cobrindo o mar como uma mancha escura e infinita. Chaminés expeliam fumaça densa, e os símbolos da Nação do Fogo tremulavam orgulhosamente sob as velas negras.

E todos navegavam em direção a apenas um destino.

A casa dela.

A Tribo da Água do Norte. 

Nem mesmo o rugido de Appa quebrou o peso daquele momento.

Yara foi a primeira a reagir, endireitando-se, a respiração acelerada.

— Não... não pode ser.

Aang estava pálido, os olhos arregalados.

— Isso só pode ser brincadeira... — murmurou, a voz tão baixa que quase foi levada pelo vento.

Sokka permaneceu calado, com a mão apertando o cabo do seu boomerangue com força, como se aquilo pudesse fazer os navios desaparecerem.

Katara arregalou os olhos e balançou a cabeça em negação.

— Não... nunca poderíamos ter imaginado... são muitos.

Eram tantos que se perdiam de vista.

Cada embarcação avançava com precisão cruel, como engrenagens perfeitas de uma máquina feita apenas para destruir.

Yara sentiu o estômago afundar.

E, no fundo, de novo, aquela sensação estranha:

"Ele está entre eles."

Não sabia como, não sabia por quê, mas tinha certeza de que aquele garoto dos seus sonhos — o dobrador de fogo de olhos dourados e cicatriz marcada — estava ali em algum lugar, navegando para a destruição de tudo o que ela conhecia.

Era assustador o quanto essa ideia não a deixava apavorada como deveria.

Não era medo.

Era expectativa.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora