┈─ 𝟶14. O SILÊNCIO DA LUA.

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O SILÊNCIO DA LUA

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O SILÊNCIO DA LUA.

O sol mal havia nascido quando o trio decidiu deixar a casa abandonada na montanha. O local já não era seguro, não depois do confronto com Azula.
Eles precisavam se afastar, ganhar vantagem antes que os rastros os entregassem.

Iroh seguia sentado no cavalo-avestruz, as feições cansadas e o corpo dolorido. Suas queimaduras, apesar de amenizadas por Yara, ainda latejavam, arrancando dele pequenos gemidos a cada solavanco do terreno irregular.

Zuko caminhava ao lado, a expressão carregada de preocupação. Sua mão segurava firme as rédeas, mas o olhar ia constantemente até o tio.

— Deviam descansar... — Zuko sugeriu, quase em um sussurro, como se não quisesse dar a entender o quanto se preocupava.

Iroh, no entanto, sorriu com dificuldade.

— Ah, não, não parem por minha causa. Estou muito bem, apenas... admirando a paisagem... entre gemidos de dor — brincou, e logo depois soltou outro gemido, dessa vez mais forte.

Zuko bufou, irritado.

— A gente vai parar. Agora.

Não havia discussão. Ele puxou as rédeas e fez o cavalo-avestruz parar, ajudando o tio a descer com cuidado.

— Desculpe pela inconveniência, queridos — Iroh murmurou, com um sorriso fraco, ajeitando-se no chão.

— Para, Iroh. A gente não vai deixar você continuar assim — Yara disse, descendo logo em seguida. Ela se abaixou ao lado dele, retirando seu cantil de água. — Vou te ajudar a aliviar um pouco essa dor.

Ela passou as mãos com cuidado sobre a pele ferida, manipulando a água fresca em movimentos suaves e constantes.

Zuko observava, e não era só a técnica dela que chamava atenção. Era a delicadeza. O foco. Como a luz da manhã batia nos cabelos brancos dela, e como sua pele escura reluzia com pequenas gotículas de água escorrendo pelos braços.

Era ridículo o quanto ela conseguia ser bonita até cuidando de um velho ferido no meio do nada.

— Pronto — Yara disse, após alguns minutos. — Vai se sentir melhor por algumas horas.

— Você é um presente dos espíritos — Iroh agradeceu, fechando os olhos por um instante.

Yara sorriu, ajeitando a bolsa.

— Vou buscar mais água, só por precaução.

Zuko se virou na mesma hora.

— Eu vou com você.

— Zuko... eu posso ir sozinha, sabe? — Yara disse, erguendo uma sobrancelha.

— Pode. Mas não vai.

— Por que não?

— Porque não confio em quem pode estar por perto.

Ela riu, ajeitando a alça da bolsa no ombro.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora