𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄 ━━ O Destino Entrelaçado de Yara e Zuko.
❝𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐆𝐎𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐖𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 𝐁𝐔𝐑𝐍?❞
No coração de uma guerra devastadora, Yara sempre soube qual era o seu papel: proteger sua irm...
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ENTRE CHALEIRAS E OLHARES.
O aroma adocicado do jasmim, misturado com o perfume fresco de folhas recém-colhidas, preenchia o ar da pequena loja de chá. O sol da manhã filtrava-se pelas janelas em finos feixes dourados, iluminando o interior modesto e acolhedor do estabelecimento que Iroh chamava de lar.
Zuko estava atrás do balcão, o pano dobrado sobre o ombro, preparando cuidadosamente a próxima infusão de ervas. Seus movimentos eram precisos, silenciosos. Cada gesto tinha propósito. Mas, de tempos em tempos, os olhos dourados desviavam-se para a mesa do canto, onde Yara empilhava xícaras recém-lavadas.
Ela estava diferente.
Não na aparência — ainda usava aquele vestido azul-claro simples que Iroh havia conseguido para ela, o cabelo trançado de lado, as bochechas levemente rosadas pelo calor — mas no modo como se movia. Havia uma leveza nova em seus gestos, como se algo dentro dela tivesse sido desbloqueado. Como se ela estivesse, pela primeira vez, confortável em sua própria pele.
Zuko não conseguia parar de olhar.
Yara, por sua vez, evitava seus olhos com um certo esforço cômico. A cada vez que ele se aproximava, mesmo que só para lhe entregar uma bandeja ou recolher um bule, ela desviava o olhar, apertava os lábios e fingia prestar atenção em qualquer coisa menos nele.
Mas o rubor em seu rosto a traía. E Zuko achava aquilo deliciosamente cruel.
Iroh, claro, percebia tudo.
— Vocês dois parecem mais calmos hoje — comentou ele, com um sorriso largo, enquanto equilibrava três buleiras fervendo na mão como se fossem travesseiros. — Dormiram bem?
Zuko quase engasgou com o vapor do chá.
Yara deixou cair uma colher dentro de uma das xícaras e fez um barulho alto.
— Hm. — Iroh estreitou os olhos para ambos. — Muito bem, muito bem. Fico feliz em ver que as energias da juventude estão equilibradas. Chá de jasmim ajuda nisso. Ou talvez seja outra coisa...
Zuko revirou os olhos e bufou.
— Tio, por favor.
— Não estou dizendo nada, apenas observando. — Iroh riu. — Como todo bom mestre do chá deve fazer.
Yara tentou esconder o sorriso, mas não conseguiu. Quando Zuko passou por ela para levar uma bandeja até a mesa dos clientes no canto, os dedos dele roçaram de leve a parte interna de seu pulso. Um toque tão sutil quanto um sussurro. Mas que fez sua pele queimar como se ele ainda estivesse a beijando.
Ela corou.
Ele sorriu de canto, quase imperceptível.
Yara puxou o pano de limpeza e começou a esfregar a mesa com uma intensidade desnecessária.