┈─ 𝟶𝟶9. NOVOS CAMINHOS.

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NOVOS CAMINHOS

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NOVOS CAMINHOS.

Sentados no chão em plena praça movimentada, cobertos por mantos velhos e sujos para se disfarçarem, Zuko, Iroh e Yara já haviam perdido as contas de quantas horas estavam ali pedindo esmola.

Iroh balançava um potinho de barro, sorrindo como se realmente estivesse vivendo o melhor dia da vida dele.

— Uma moedinha para viajantes cansados! — pedia com sua voz calma e simpática, e logo recebeu algumas moedas que tilintaram no fundo do pote.

— Isso é humilhação — resmungou Zuko, irritado, cruzando os braços e encarando a rua com desprezo. — Somos da realeza. Deviam nos dar tudo que quiséssemos.

Yara, sentada ao lado dele com as pernas esticadas e o cabelo preso de qualquer jeito, soltou uma risadinha abafada.

— Você ainda acha que o mundo gira ao seu redor, né?

Zuko lançou um olhar torto para ela.

— Eu só tô dizendo a verdade.

— Se pedir gentilmente... — completou Iroh, interrompendo com um sorriso tranquilo. — Uns trocados para um velho faminto?

Uma senhora que passava sorriu e jogou outra moedinha no pote.

— Aqui está, querido.

Yara balançou a cabeça, divertida.

— Viu? Aprenda com seu tio.

— Tô aprendendo que o mundo é injusto.

— Bem-vindo.

Mas então, de repente, a conversa parou.

Um homem alto e robusto se aproximou. Os olhos pequenos e atentos não desgrudavam de Yara desde o instante em que ele surgiu no campo de visão deles.

Zuko percebeu na hora.

Observou cada passo dele. Cada olhar. O jeito como encarava Yara como se ela fosse... mercadoria.

Isso fez o sangue de Zuko ferver.

— Que tal me darem a garota? — disse o homem com um sorriso nojento, jogando um saco pesado de moedas para o alto antes de segurá-lo com orgulho. — Em troca disso aqui.

O silêncio foi imediato.

Zuko levantou na mesma hora, os olhos em chamas, a mandíbula travada.

— Que? Não! — rosnou, avançando meio passo, já na defensiva.

Yara arregalou os olhos, surpresa, olhando do homem para Zuko.

— Que problema é esse? — murmurou baixinho para si mesma, começando a juntar suas coisas com pressa ao perceber que não ia acabar bem.

— Eu fiz uma proposta justa — continuou o homem, encarando Zuko com arrogância. — Vocês precisam de dinheiro. Eu quero a garota. Todo mundo sai ganhando.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora