┈─ 𝟶20. PESADELOS ENTRE CHAMAS.

168 17 3
                                        

PESADELOS ENTRE CHAMAS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

PESADELOS ENTRE CHAMAS.

O quarto era pequeno, abafado e carregava o cheiro amadeirado do chá que Iroh havia deixado na mesa ao lado.

A iluminação fraca das velas projetava sombras nas paredes, dando ao ambiente uma atmosfera densa, quase sufocante.

Mas nada disso importava.

Nada disso sequer era notado por Yara, que estava ajoelhada ao lado da cama, com as mãos geladas segurando os lençóis quentes.

Ela observava Zuko, sentindo seu coração bater rápido e descompassado.

Ele estava queimando.

Não como um dobrador de fogo normalmente queimava.

Não como a fonte natural de calor que sempre fora.

Isso era diferente.

Era uma febre que o tomava por inteiro, que fazia seu corpo suar como se estivesse dentro de brasas, como se fosse consumido por um incêndio interno.

Zuko estava inconsciente há horas, respirando com dificuldade, a pele úmida pelo suor, os cabelos colados à testa.

E, o que mais atormentava Yara, era o modo como ele sussurrava seu nome.

— Yara...

Baixinho.

Fraco.

Como se estivesse procurando por ela, mesmo no meio do delírio febril.

Ela engoliu em seco, apertando os dedos nos lençóis.

— Eu tô aqui — murmurou, quase como um reflexo, pegando um pano úmido e passando pelo rosto dele. — Eu tô bem aqui, Zuko.

Mas ele não reagia.

Não importava quantas vezes ela repetisse, quantas vezes passasse o pano frio sobre sua pele quente, ele continuava naquele estado.

— Droga...

A voz dela falhou.

Sentia-se impotente.

Não era como um ferimento normal, algo que ela poderia curar com sua dobra de água.

Isso era algo muito mais profundo.

E muito mais assustador.

Yara pegou seu cantil de água e derramou um pouco entre as mãos, formando uma fina camada de gelo sobre os dedos.

Com delicadeza, tocou a testa de Zuko, esperando que o frio absorvesse parte do calor dele.

Mas o efeito foi quase imediato e inesperado.

Assim que sentiu o toque gélido, o corpo de Zuko reagiu.

Ele se mexeu, a respiração ficando ainda mais pesada, o rosto se contorcendo como se estivesse lutando contra algo dentro dele.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora