𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄 ━━ O Destino Entrelaçado de Yara e Zuko.
❝𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐆𝐎𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐖𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 𝐁𝐔𝐑𝐍?❞
No coração de uma guerra devastadora, Yara sempre soube qual era o seu papel: proteger sua irm...
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O VENENO E A CURA.
O sol já se punha quando Zuko e Yara retornaram ao acampamento, os braços carregados de peixes frescos graças ao talento dela com a água.
— Nunca achei que dobrar água fosse útil pra pescar — Zuko comentou, observando os peixes ainda se debatendo dentro da bolha cristalina que Yara carregava flutuando ao seu lado.
— Melhor do que passar horas sentado com uma vara esperando, né? — ela respondeu, com um leve sorriso, orgulhosa do próprio trabalho. — Até que formamos uma boa dupla.
Zuko fingiu ignorar, mas não conseguiu conter um pequeno sorriso no canto da boca.
Quando chegaram, encontraram Iroh de costas, agachado próximo à fogueira.
— Zuko, Yara... lembram daquela planta que achei que era chá? — perguntou Iroh, sem nem olhar para eles, em um tom despreocupado.
Os dois trocaram olhares desconfiados.
— Não... — Zuko murmurou, como se temesse a resposta.
Iroh se virou lentamente, revelando o rosto coberto por várias manchas vermelhas inchadas.
— Eu tomei. E... não era chá.
Yara deixou os peixes caírem no chão e correu até ele, analisando as marcas pelo corpo com preocupação crescente.
— Tio... — Zuko apertou os punhos, preocupado.
Iroh coçou o pescoço já irritado e sorriu, como se a situação fosse só mais uma aventura trivial.
— Quando a irritação chegar à minha garganta... eu provavelmente vou parar de respirar. Mas... — ergueu uma pequena cesta improvisada cheia de frutinhas. — Olhem só o que encontrei! Frutinhas bacui, o antídoto perfeito para o veneno de jade-branca.
— Ou... — completou Yara, franzindo o cenho.
— Ou são frutinhas maka'ole, que causam cegueira irreversível.
— Dá isso aqui! — Zuko arrancou as frutinhas da mão do tio, jogando-as longe.
Yara deitou Iroh com cuidado no chão, apoiando sua cabeça sobre a dobra de água que formou como uma almofada.
— Zuko, preciso que me ajude. — ela disse, séria. — Eu posso adiar a propagação do veneno, mas só por um tempo limitado.
— E depois?
— Depois... ele vai precisar de um médico. Rápido.
— E pra onde vamos? — Iroh perguntou, já com a voz rouca. — Somos fugitivos da Nação do Fogo e inimigos do Reino da Terra.
Zuko franziu a testa, pensando alto.
— Se o Reino da Terra nos encontrar... vão nos matar.
— E se a Nação do Fogo nos achar... vão nos levar direto pra Azula — completou Iroh, trocando olhares preocupados com o sobrinho.