┈─ 𝟶10. UM ABRIGO INESPERADO.

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UM ABRIGO INESPERADO

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UM ABRIGO INESPERADO.

O sol parecia cair direto sobre suas cabeças, sem piedade. O cavalo-avestruz caminhava devagar, tão cansado quanto os dois que montavam em suas costas.

Já haviam perdido a noção de quanto tempo estavam naquela estrada poeirenta e interminável, cercada apenas por areia, pedras e promessas de sombra que nunca chegavam.

Zuko, na frente, segurava as rédeas com força, o rosto vermelho tanto pelo calor quanto pela irritação crescente.

Atrás dele, Yara mantinha os braços soltos ao redor da cintura dele, mais por exaustão do que qualquer outro motivo.

— Você disse que tinha uma vila por aqui — resmungou ela, a voz rouca pela sede.

— Eu disse que achava que tinha — respondeu Zuko, já tão irritado quanto ela. — Não sou um mapa, Yara.

— Bem, você podia pelo menos errar menos.

Zuko bufou, ajustando o chapéu de palha que usava para proteger o rosto.

— E você podia reclamar menos.

— Fácil pra você dizer. Eu não nasci pra ficar no meio do deserto, sendo torrada igual peixe seco.

— Você não nasceu pra amarrar os próprios sapatos, imagina sobreviver aqui.

Yara deu um tapa leve nas costas dele.

— Ei! Você devia estar me incentivando a continuar, não me humilhando.

Zuko segurou o riso, mas foi inevitável que o canto da boca levantasse um pouco.

— Tá... força, princesa mimada.

— Agora sim, muito melhor.

O silêncio voltou por alguns minutos, só quebrado pelo som ritmado das patas do cavalo-avestruz na terra seca.

Zuko olhou discretamente por cima do ombro, observando Yara de soslaio.

Mesmo cansada, descabelada e com o rosto levemente queimado pelo sol, havia algo nela que chamava a atenção dele de um jeito desconcertante. Talvez fosse a teimosia. Ou a forma como reclamava sem parar, mas ainda assim seguia em frente.

Talvez fosse o fato de que... ele nunca precisou de ninguém. Até ela.

E agora, não queria seguir sem ela.

— Tá pensando no quê? — Yara perguntou de repente, quebrando seus devaneios.

— Nada.

— Mentira. Tá me olhando desde que eu falei do peixe seco.

— Não tava.

— Tava sim.

Zuko bufou, desviando o olhar para frente.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora