𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄 ━━ O Destino Entrelaçado de Yara e Zuko.
❝𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐆𝐎𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐖𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 𝐁𝐔𝐑𝐍?❞
No coração de uma guerra devastadora, Yara sempre soube qual era o seu papel: proteger sua irm...
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UM ABRIGO INESPERADO.
O sol parecia cair direto sobre suas cabeças, sem piedade. O cavalo-avestruz caminhava devagar, tão cansado quanto os dois que montavam em suas costas.
Já haviam perdido a noção de quanto tempo estavam naquela estrada poeirenta e interminável, cercada apenas por areia, pedras e promessas de sombra que nunca chegavam.
Zuko, na frente, segurava as rédeas com força, o rosto vermelho tanto pelo calor quanto pela irritação crescente.
Atrás dele, Yara mantinha os braços soltos ao redor da cintura dele, mais por exaustão do que qualquer outro motivo.
— Você disse que tinha uma vila por aqui — resmungou ela, a voz rouca pela sede.
— Eu disse que achava que tinha — respondeu Zuko, já tão irritado quanto ela. — Não sou um mapa, Yara.
— Bem, você podia pelo menos errar menos.
Zuko bufou, ajustando o chapéu de palha que usava para proteger o rosto.
— E você podia reclamar menos.
— Fácil pra você dizer. Eu não nasci pra ficar no meio do deserto, sendo torrada igual peixe seco.
— Você não nasceu pra amarrar os próprios sapatos, imagina sobreviver aqui.
Yara deu um tapa leve nas costas dele.
— Ei! Você devia estar me incentivando a continuar, não me humilhando.
Zuko segurou o riso, mas foi inevitável que o canto da boca levantasse um pouco.
— Tá... força, princesa mimada.
— Agora sim, muito melhor.
O silêncio voltou por alguns minutos, só quebrado pelo som ritmado das patas do cavalo-avestruz na terra seca.
Zuko olhou discretamente por cima do ombro, observando Yara de soslaio.
Mesmo cansada, descabelada e com o rosto levemente queimado pelo sol, havia algo nela que chamava a atenção dele de um jeito desconcertante. Talvez fosse a teimosia. Ou a forma como reclamava sem parar, mas ainda assim seguia em frente.
Talvez fosse o fato de que... ele nunca precisou de ninguém. Até ela.
E agora, não queria seguir sem ela.
— Tá pensando no quê? — Yara perguntou de repente, quebrando seus devaneios.
— Nada.
— Mentira. Tá me olhando desde que eu falei do peixe seco.