𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄 ━━ O Destino Entrelaçado de Yara e Zuko.
❝𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐆𝐎𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐖𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 𝐁𝐔𝐑𝐍?❞
No coração de uma guerra devastadora, Yara sempre soube qual era o seu papel: proteger sua irm...
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ENTRE O CHÁ E O DESTINO.
Os dias que Yara passou na Tribo do Norte após seu renascimento foram de preparação. Mestre Pakku a treinou com afinco, e agora, com a força da Lua e do Oceano pulsando dentro de si, sua dobra estava mais precisa, mais poderosa e... mais instável. Havia algo novo correndo por suas veias, algo selvagem que ela ainda não entendia por completo. Mas, mesmo com todo esse poder, com todo o gelo e água que podia controlar, nada conseguia congelar o calor que sentia sempre que pensava nele.
Zuko.
Era como se sua própria alma pedisse por ele, como se tudo a empurrasse para reencontrá-lo. E foi assim que, após tanto treinar, se preparar e prometer ao pai que voltaria, partiu em direção a Ba Sing Se.
Assim que cruzou as muralhas, deslizando despercebida como se tivesse nascido para isso, sentiu um alívio silencioso. Os disfarces e os truques de infiltração haviam valido a pena, e, por sorte, ninguém ali suspeitava que uma princesa da Tribo da Água, filha da Lua e do Oceano, caminhava pelas ruas da cidade como se fosse apenas mais uma forasteira.
Usava um kimono florido, delicado e colorido, que combinava com o clima suave da cidade, e um chapéu grande cobrindo parte do rosto. Por dentro, seu coração batia descompassado.
— Se eu fosse Zuko... onde eu estaria? — murmurou baixinho, andando calmamente pelas ruas, observando tudo ao redor, como se esperasse que ele simplesmente aparecesse em uma esquina qualquer, com aquela cara emburrada e ao mesmo tempo tão bonita que ela não conseguia esquecer.
Até que parou de frente para um prédio simples, mas acolhedor, com uma placa pintada à mão que dizia: "Casa de Chá da Família Pao."
— Zuko... trabalhando... numa casa de chá? — Yara franziu o cenho, claramente confusa. — Isso não parece muito... real. Ele mal sabe servir água. Como é que vai servir chá?
Porém, sem pensar duas vezes, empurrou a porta e entrou.
O som da sineta ecoou, e o cheiro de chá fresco a envolveu na mesma hora, trazendo uma sensação inesperada de conforto. O ambiente era simples, cheio de clientes conversando baixinho, e ela deslizou os olhos pelo salão até que os encontrou.
Ali estavam eles.
Iroh atrás do balcão, sorridente e tranquilo como sempre, organizando xícaras e servindo chá com a habilidade de quem parecia ter nascido para aquilo. E Zuko...
Zuko usava um avental amarrado na cintura, a manga da camisa dobrada e o cabelo preso de forma desleixada, algumas mechas caindo sobre a cicatriz. Carregava uma bandeja com xícaras e andava pelo salão com a típica expressão emburrada, como se estivesse odiando cada segundo daquilo.
Yara sentiu o coração acelerar.
Era estranho vê-lo assim... tão comum. Tão diferente do príncipe exilado com quem havia fugido e lutado. E, ainda assim, era exatamente ele.