┈─ 𝟶11. NUNCA DESISTA SEM LUTAR.

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NUNCA DESISTA SEM LUTAR

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NUNCA DESISTA SEM LUTAR.

Havia algo em Zuko que Yara nunca conseguiu explicar. Talvez fosse o contraste. Ela era fria como as águas congeladas da Tribo do Norte, com pele escura e cabelos brancos como a neve. Já ele... ele era calor. Puro e inegável. Sempre com a pele quente, o olhar em brasa e aquela aura que queimava tudo ao redor. 

E Yara, mesmo sem admitir em voz alta, adorava isso.

Nos dias frios, ele a aquecia sem perceber. Bastava encostar a perna na dele, e logo o calor subia pela pele como uma fogueira acesa na madrugada.

Nos dias quentes, ela se vingava, o refrescando com pequenas rajadas de água gelada — coisa que ele sempre fingia detestar, mas que nunca pedia que ela parasse.

Era como se, juntos, equilibrassem suas naturezas opostas.

E naquela manhã, antes do sol nascer completamente, ela sentiu Zuko sair da cama em silêncio. Mas, ao contrário de outras vezes, não se preocupou. Ele tinha prometido que não iria mais roubar. E, por algum motivo, Yara... acreditava nele.

Quando despertaram de vez, arrumaram suas coisas com calma, preparando o cavalo-avestruz para a viagem.

Yara ajustava as rédeas e, sem disfarçar, observava Zuko amarrando o manto na cintura, os músculos do braço se flexionando a cada movimento.

— Se continuar me olhando assim, vai acabar caindo do cavalo — ele provocou, percebendo o olhar dela sem nem precisar encarar.

— Tsc. Você não é lá essas coisas.

— Claro que não.

— Eu gosto mais do seu calor do que de você mesmo, pra ser sincera.

— E eu pensei que tínhamos criado algo especial...

Yara riu, montando no cavalo-avestruz e ajeitando o cabelo.

— Só não se ache.

— Aí é difícil.

Zuko montou logo atrás dela, e quando suas mãos seguraram as laterais da cela, o toque firme e quente dele fez um arrepio subir pela espinha de Yara.

Estavam tão próximos que sentia a respiração dele na nuca.

E, honestamente, não reclamaria se não precisassem sair dali nunca mais.

Logo, os mesmos soldados arrogantes do dia anterior apareceram, liderados pelo tal Gow.

— Gow... — murmurou Zuko ao reconhecer.

Os homens pararam diante da casa, e o pai de Lee, Gansu, saiu para recebê-los com o cenho franzido.

— Gow, o que você quer? — questionou com firmeza.

O soldado desceu calmamente do cavalo, girando os ombros como se estivesse entediado.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐋𝐈𝐄, zukoOnde histórias criam vida. Descubra agora