Capítulo 1

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Minha vida é um verdadeiro "conto de fadas" digamos, mas sem toda aquela viadagem.

Meu nome é Barry Báthory, tenho 25 anos e nasci em Londres, descendentes de famila húngara, o nome estranho e um pouco macabro me entegra. Filho único, com pais não tão presentes, tive a vida que qualquer um desejava ter. Meus pais me davam os brinquedos que eu sempre queria, ganhei um carro aos 16, e junto com ele, várias garotas interesseiras - porém gostosas -. Mas toda essa farra terminou quando completei 25 anos, e tive que me mudar para os Estados Unidos, para ser representante da filial da empresa do meu pai lá.

O óbvio, é que eu não fui por vontade própria. Meu pai viu isso como um castigo por eu ter quebrado outro carro em um acidente na semana passada, o que causou grande repercussão na mídia.

"Filho do empresário Henry Báthory bate outro carro por embriaguez"

Sim eu estava bêbado, mas não é culpa minha, é culpa de uma bela loira de 1,70 que estava dando mole pra mim no bar da boate, e se pra levar ela pra minha cama eu precisava beber, eu beberia toda a bebida do mundo, e posso dizer: valeu a pena ter batido o carro. Aquela loira me levou a loucura, mas qual era o nome dela mesmo? Channel... Charlotte... Não importa... Foi uma ótima "refeição" noturna.

Eu poderia até dizer que eu consegui convencer meu pai a não ir pros EUA, mas já estou no avião, primeira classe pelo menos, e ao meu lado tem uma garota um tanto estranha. Ela é quieta. Está engolindo esse livro patético de Romeu E Julieta desde que decolamos, só de vê-la lendo me da um sono terrível, e isso infelizmente não foi bom, acabei resmungando alto e ela ouviu.

-Desculpa... - ela disse inocentemente, sua voz meiga me dava vontade de vomitar.

- Nada... - disse indiferente, eu não me importei em como iria tratá-la, jamais a veria mesmo.

- Nossa... - ela alterou seu tom de voz, parecia incomodada pela minha grosseria - Então resmungue mais baixo. Eu e Shakespeare estamos ocupados demais evitando você e sua arrogância...

Me surpreendi com suas palavras, ela havia mostrado suas garras. Nossa, a inocentezinha se revelou uma arrogante incorrigível, mas pior que ela, eu sou mil vezes.

- Awn que lindo, você e Shakespeare são um belo casal. Só assim pra você ter um compromisso com um homem certo? - Eu disse com um tom irônico extremamente relevante. Confesso que peguei um pouco pesado, mas a cara de raiva dela, valeu a pena cada ofensa. Ela apenas revirou os olhos e voltou a ler.

- Serão longas horas de vôo... Mas não se preocupe... Eu abro passagem pra você ir correndo pro banheiro e usar sua mão direita... Aposto que é assim que mata sua vontade certo? - Ela dizia sem tirar seus olhos do livro, estava tão calma que parecia que tudo o que ela falava era verdade. Minha raiva subiu um pouco, mas não perdi a chance de retrucar.

- Obrigado... Acho que Shakespeare faz a mesma coisa quando está ocupado com você... - Consegui perceber seus olhos fechados com força. Ela fechou o livro com um de seus dedos marcando a página e virou o livro na minha cara com força. Só consegui fechar os olhos me preparando para o impacto que viria. Meu rosto se virou e consegui sentir a ardência que o contato do livro com meu rosto causara. Eu a olhei com meu olhar furioso, e ela estava apenas sorrindo satisfeita com a situação, eu segurei seus pulsos com força e olhei em seus olhos.

- Peça desculpas... - Foi infantil de minha parte? Talvez, mas não iria deixar ela sair por cima.

- Jamais... - Ela cuspiu as palavras em minha cara, e logo me lançou um sorriso descarado. Minhas mãos apertaram seus pulsos com mais força, e o sorriso que ela estampava eu seu rosto foi desaparecendo, e uma expressão de incômodo tomou conta.

Uma Metade PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora