Ela me deixou de queixo caído admito. Vestido com minha blusa que ia na metade da sua coxa, seus braços estavam cobertos até o cotovelo, seu cabelo molhado e bagunçado sobre a blusa. Meus olhos percorriam todo seu corpo, suas pernas eram definidas, ela tinha definitivamente um corpo belíssimo, mas não dava pra perceber debaixo daquela roupa ridícula de boa moça. Eu não conseguia falar um A, apenas fiquei admirando seu corpo, até que ela provocou uma tosse para que eu parasse de a engolir com os olhos.
- Até que enfim saiu do banho... Acabou com a água do mundo... - Me levantei e andei de volta ao escritório, tive que ir na frente dela, ou iria ficar encarando a bunda dela (o que não seria tão ruim, se a frente já e boa, atrás e melhor).
Ao chegar no meu escritorio sentei na minha cadeira, ela entrou um tempo depois, e ao se virar pra fechar a porta, meus olhos se encontraram com sua bunda, fala sério parece que o corpo dela tem um imã. Enfim, ela veio depois e se sentou na cadeira ao lado, ela não falou nada, deveria estar constrangida por estar vestindo minha blusa, mas não deveria, seu corpo era belíssimo... PELO AMOR DE DEUS BARRY, CALA ESSES PENSAMENTOS.
Eu não conseguia nao olhar pra ela, cada movimento parecia mais sexy depois de vê-la desse jeito. Ela voltou a ligar para as garotas e eu continuei a mexer no computador, estava vendo coisas aleatórias, ela já havia terminado os relatórios, eu só queria uma distração pra não ficar a olhando e de repente babar.
Quando deu 18:27 ela havia terminado tudo, foi uma grande lista de garotas. Ela foi andando pro meu quarto e fechou a porta depois de entrar, quando saiu já estava vestida - pena -, a acompanhei até a porta, ela ficou em silêncio e eu também, não importa o corpo dela, ou em como ele me deu tesão, ela me odiava e eu a odiava certo? Óbvio que sim. Chegamos na porta, nos despedimos... Blablabla, eu voltei a dormir, estava cansado de fazer nada, mas mesmo assim cansado.A semana passou rápido, foi uma ótima semana de tortura a Elisa, não me arrependo de nada. Se eu sou psicótico a infernizar a vida de alguém que apenas me irritou no avião? Sim, bastante. Mas se vocês vissem a cara dela, saberiam o quanto valeu a pena.
Hoje é sábado, e estou me arrumando para o jantar da empresa, terno e gravata, que novidade. Na verdade, a novidade é que minha doce secretária, irá como acompanhante de Sebastian Smith, um dos grandes sócios da empresa, ele vive a observando quando está no escritório, ficam trocando olhares, risinhos... Blerg... Observar isso por uma semana me deu vontade de vomitar sempre. Pra falar a verdade, estou cansando de "torturar" Elisa, ela não revira os olhos, ou bufa, ela só faz o que eu mando e pronto. Isso tem me incomodado bastante, ela está difícil de irrigar ultimamente, mas mal posso esperar para vê-la em algum vestido provocante, com um batom vermelho chamativo. Estou me apaixonando por ela? Não. O que eu sinto se chama atração e uma enorme vontade de fazer sexo com ela. Já está na hora de eu ir, e claro que não vou sozinho, Marie, uma mulher que trabalha em sei la o que no escritório me acompanhará, ela esta me esperando no andar debaixo. Se estou animado? Nem um pouco, mas meu querido pai me deu ordens pra ir, e talvez conhecer novos parceiros pra empresa, resumindo, a mesma chatice de sempre.Estava na festa ao lado da Marie bebendo meu champanhe, estava tudo indo bem, até que olho para a entrada, e vejo os dois, Sebastian e Elisa, ela estava tão linda, melhor do que havia imaginado, seu vestido longo em um tom escuro, combinando com seu batom, o decote em seus seios, ela não ajudava a diminuir esse desejo, o pior era o babaca ao lado dela, Sebastian Smith, ele não merecia estar com ela... E nem eu... Mas ele? Fala sério! Eu sou muito mais atraente e sexy que ele, além de mais rico.
Eles foram descendo as escadas, a mão dela segurava o braço dele, e parecia que todos estavam hipnotizados por ela, e eu não era exceção. Não tinha como não olhar pra ela, seu corpo se mexendo enquanto desce as escadas, pode parecer luxúria de minha parte, talvez até seja, mas eu preciso dela pra mim.
A medida que ela foi se aproximando com o Sebastian, meu coração foi ficando acelerado, Marie a todo custo tentava me puxar pra longe deles mas não adiantou, eu estava completamente hipnotizado, e também já não adiantava mais, ela já estava na minha frente, seus olhos brilhavam como nunca.
- Boa noite Barry - Sebastian me cumprimentou, o cumprimentei de volta por educação, porque minha vontade era socá-lo com força, ela não devia estar com ele.
- Boa noite Sebastian... - Sorrio educadamente e volto meu olhar a Elisa, meu sorriso sumiu naquele instante.
- Algo errado senhor Báthory? - Ela estava aflita, temia pelo o que eu seria capaz de fazer dessa vez.
- Tem... Venha comigo...
Segurei sua mão a puxando para longe, ela não teve tempo de relutar ou me impedir, minha mão estava fechada com força volta de seu punho, ela já nem lutara mais, apenas me seguia. Fui andando até um local afastado do barulho, e de lá era possível ver Marie e Sebastian conversando, mas que se fodam aqueles dois, só a Elisa importa agora.
- Por que ele? - Eu dizia encarando seus belos olhos, eles estavam tal reluzente como se ela estivesse feliz de verdade com o Sebastian.
- Me desculpe senhor Báthory... Não entendi o por que dessa pergunta.
- Por que você veio com ele? Por que ele? Por que não eu? - Eu já mostrava desespero, fala sério ela tem todos os motivos para querer ter vindo a essa festa comigo, mas ela veio com o babaca do Sebastian.
- Porque ele me convidou... E minha vida pessoal não diz respeito ao senhor... Nos limitamos numa relação profissional...
Ela me deu as costas e voltou ao Sebastian, ela cuspiu aquelas palavras como se tivesse mais coisas a jogar na minha cara, eu fiquei parado por um tempo pensando em suas poucas palavras a mim. De onde eu estava podia ver ela andando com o Sebastian pelo salão, ele a apresentava a todos os sócios presentes, que ficaram deslumbrados com sua beleza. E naquele momento eu pensei em algo que desde que a conhecia jamais imaginei que iria dizer.
- Eu vou ter ela pra mim...
Meus olhos a seguiam, ela estava tão sorridente, parecia até um pecado não olhar pra ela. Marie se aproximou de mim novamente com duas taças de champanhe a mão, peguei uma que obviamente era pra mim e dei um longo gole, bebendo tudo sem me importar, quando o garçom passou, coloquei as duas taças na bandeja e puxei a Marie pro banheiro, meio antiético da minha parte querer fazer sexo no banheiro de uma festa importante, mas já fiz pior, em lugar piores.
Entrei no banheiro apressadamente a puxando e o tranquei, ela me olhava com um olhar desejante. Coloquei ela sentada na pia do banheiro e a comecei a beijar seu pescoço desesperadamente, suas maos percorriam toda a extensão das minhas costas tentando tirar meu paletó ou qualquer outra peça de roupa minha, mas eu jamais abriria mão do controle. Minhas mãos fecharam em seus seios os apertando com vontade arrancando baixos gemidos de sua boca, ela segurava meus cabelos quase os arrancando, e pra falar a verdade, eu não estava nem um pouco afim de fazer sexo com ela, eu não conseguia para de pensar que o idiota do Sebastian iria fazer isso com a Elisa, ele não vai satisfazê-la como eu poderia, mas como eu sou luxurioso, fiz o sexo mais rapido que pude com a Marie e sai do banheiro arrumando a gravata. E sim, eu sou um monstro sem senimentos que não liga pro coração de ninguem, já ouvi isso várias e várias fezes, poderia escrever uma bíblia com o nome das pessoas que já me disseram isso.
Quando sai do banheiro consegui ver Sebastian e Elisa dançando, ela estava tão... Tão... Tão ela... E ele estava tão panaca com aquele sorriso bobo na cara, blerg, eles me entediam. Estavam todos no salão de dança, e eu não perderia a chance de ter algum contato que não fosse profissional com ela, fui me aproximando como quem não estava nem aí, e quando ele a girou, seu corpo se chocou ao meu, e sua mão foi de encontro com meu peito, parecia um déjà vu de quando o suco caiu nela.
Segurei suas mãos delicadamente, como se apenas o atrito de nossas peles fosse venenoso para ela, coloquei uma de suas maos em meu ombro, e em seguida segurei sua cintura puxando-a para mais perto, com a outra mão que permanecia segurando a dela, entrelacei nossos dedos e levantei o cotovelo nos posicionando para dançar.
- Vai me recusar essa dança?
Seus olhos não haviam sinal de nenhum brilho, apenas medo e receio, mas ela não recusou, apenas engoliu a seco e balançou sua cabeça em sinal de afirmação. Um, dois, três, um, dois, três. Aqueles passos de dança estúpidos que todo mundo conhece.
Ela parecia realmente aflita por estar dançando comigo, aposto que queria voltar correndo para os braços do Sebastian.
- Algum problema? - Eu permanecia Olhando seu rosto, não havia nenhum sinal de emoção nele, estava apenas dançando comigo para provavelmente não perder seu emprego.
- Não senhor Báthory... - Ela olhou profundamente em meus olhos.
- Me chama de Barry, não está trabalhando pra mim hoje, estamos apenas tendo uma dança amigável...
Ela continuava a olhar em meus olhos, tentando procurar resquícios de que minhas palavras eram verdadeiras.
- Barry então. Por que está fazendo isso?
Eu abri minha boca pra falar, mas antes que eu conseguisse emitir algum som ela me interrompeu com seu mesmo jeito arrogante do avião.
- Eu não entendo! Desde que comecei a trabalhar pra você, você fez questão de garantir que seria infeliz trabalhando ali, e eu não sou sua faxineira, eu sou sua secretária, minha faculdade de administração não foi em vão! E eu sei que não deveria falar assim com você porque provavelmente você vai me demitir, mas pare de tentar estragar a felicidade dos outros e vai atrás da sua, eu estou feliz com o Sebastian, ele tem sido simpático comigo em uma semana, o que você não foi em quase um mês que trabalho pra você. Me diz de vez o que você quer de mim, porque você está me deixando maluca!
Suas palavras nunca foram mais verdadeiras, eu não tinha ação nenhuma, mas como ainda estávamos dançando, inclinei seu corpo deixando meus labios próximos dos dela, sua respiração se tornou ofegante, ela esperava um beijo, e no certo eu também, mas a raiva misturada com desgosto dentro de mim, me fez dizer algo que me arrependo profundamente:
- Eu quero ver você caída... Quebrada em pedacinhos... Até que um por um... Seja levado com o tempo... E não exista mas nenhum resquícios de Elisa Gerard...
Eu sorri descaradamente - malignamente -, os olhos dela começaram a lacrimejar, ela levantou bruscamente me dando um forte empurrão no peito e saiu correndo do salão. Eu fiquei parado observando a bela cena que eu causara, peguei um copo de whisky que o garçom servia nas bandejas e bebi como se nada houvesse acontecido, ver ela chorando pode ter me atingido um pouco, mas a felicidade de ter uma reação nova as minhas provações é muito mais positiva, e não seria por causa dela que eu iria abandonar uma festa com várias mulheres em seus vestidos caros fácil de rasgar, minha noite estava só começando.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.