Se passaram alguns dias desde que o "inferno" na vida da doce Elisa Gerard começou, me sinto o verdadeiro diabo a tratando desse jeito, mas vale a pena a cada bufo dela e revirada de olhos.
As coisas que eu fazia com ela era basicamente sujar o chão, pedir várias coisas desnecessárias para fazê-la perder tempo, e etc. Na verdade, ela está agora limpando minha sala, outro café derrubado, ops.
- Elisa, limpe tudo, tenho reunião agora- Eu disse ainda sentado em minha cadeira, ela agachada ao chão limpando era uma ótima cena de se ver.
- Tudo bem senhor Báthory... - ela respirou fundo e continuou seu dever, ah como eu amo ser um Báthory!
Levantei-me da cadeira passando exatamente onde ela limpava, e sujei meus pés um pouco como café ali derramado, continuei a andar até a saída sujando o chão por onde passava, só pelo gosto de fazê-la ter mais o que limpar.Nota mental: reuniões são incrivelmente chatas. Fiquei o tempo todo brincando com a caneta em minhas mãos, e desenhando coisas aleatórias na minha prancheta. Fala sério, é sexta-feira e estamos aqui tentando desenvolver um produto novo. Me recuso! Pelo menos poderei sair pra beber sem me preocupar com nada depois de sair desse inferno de 35 andares. Voltei pra minha sala que estava completamente limpa, junto com uma Elisa totalmente descabelada por limpá-la. Sorri brevemente por ela ter seguido minhas ordens, mas não me dei por satisfeito, derrubei um pequeno vaso de planta no chão, quebrando e espalhando terra por todo o lado, sua cara era de espanto, a minha de alegria.
Andei até minha mesa e arrumei minha pasta para me retirar, já estava na hora da saída e todos estavam prontos para irem para sua casa descansar o final de semana inteiro, menos por Elisa claro, eu estou determinado a fazê-la infeliz enquanto trabalhar pra mim.
- Eu preciso que venha a minha casa amanhã... - Lhe dei um cartão com meu endereço - 8 horas da manhã por favor... E não se atrase.
- Mas eu não posso ir... Tenho meus compromissos amanhã! - Sua cara era de decepção, com certeza deveria ter planejado algo com seus um milhão de gatinhos durante o final de semana solitário tomando sorvete.
- Não perguntei se pode... É pra você vir... - Antes que ela pudesse debater, lhe dei as costas e sai do meu escritório, ela permaneceu lá limpando, o que já me deixou contente para começar meu final de semana.
Desci até o estacionamento onde meu belo carro estava e dirigi de volta para minha casa. Foi uma curta viagem ouvindo meu CD no máximo cantarolando e batendo no volante conforme o ritmo da música.
Quando cheguei em casa, estacionei o carro de qualquer maneira e fui entrando jogando a pasta em qualquer canto, alguém iria arrumar depois - e com certeza não será eu -, fui subindo as escadas agilmente indo em direção ao meu quarto e tirei toda minha roupa indo direto ao enorme chuveiro que havia no banheiro da minha suíte, precisava relaxar e ficar apresentável de novo para as belas moças desesperadas por um cara rico na balada.O sol queima meu rosto, estou deitado na minha cama nu, com um lençol na altura da minha cintura, há apenas um bilhete do meu lado.
" Tive que ir embora meu amor, me ligue qualquer dia desses 555-6948
Xx Janice "Janice? Eu peguei uma prostituta? Que nome é esse? Que seja, são 8 horas da manhã e estou disposto a ficar aqui pra sempre. Ou pelo menos estava até ouvir a bendita campainha que soava como um alarme de incêndio por minha casa, eu estava tão irritado por ter que levantar que nem me importei com o fato de estar nú, talvez isso espante o ser desprezível que resolvera me perturbar no sábado de manhã. Pra minha (infeliz) surpresa, minha bela secretária estava do outro lado da porta.
- Que é? - Exclamei irritado, eu acabara de acordar e já tinha que resolver coisas do trabalho? Fala sério!
- Er... Eu... - Ela corou ao me ver nú, mas apenas lhe lancei um sorriso de lado e encarei seu rosto vermelho.
- Que foi? Nunca viu ninguém nú?
- Já... Mas prefira não ter visto eu chefe assim. - Ela dizia enquanto tirava seu cardigan e enrolando em minha cintura
- Incomodada? - Sorrio dando um passo para o lado permitindo sua entrada na casa, ela entrou envergonhada e viu uma grande bagunça pela casa. Culpe a Janice.
- Muito! - Ela da uma voltinha observando o local.
- Não se incomode com a bagunça... - Vou subindo as escadas - Me siga... - Vou andando até meu escritório lentamente. Não fiz questão de me vestir e fiquei apenas vestido com seu cardigan.
Ela me seguiu e adentrou o escritório fechando a porta atrás de si, eu estava sentado em minha cadeira finalizando algumas coisas do meu computador quando ela se aproximou, a lancei um olhar breve mas voltei a focar o computador.
- Preciso que termine esses relatórios, depois que ligue para essas meninas... - Lhe mostrei umas folhas a cima da mesa cheia de telefones de garotas com seus nomes a frente - E diga que Barry Báthory está nos EUA e não poderá fazer nada nos próximos meses...
- Mas por que eu devo fazer isso? Isso é coisa pessoal sua...
- Porque você é minha secretária e faz o que eu mando, a não ser que queira desistir...
Ela virou a cadeira de rodinhas me deixando de frente pra ela e se abaixou a minja frente encarando meus olhos.
- Nunca!
Ela empurrou minha cadeira pra longe e cruzou os braços. Eu apenas rir ao perceber que havia conseguido a irritar, me levantei e empurrei a cadeira de volta pra ela, que se sentou e a puxou pra perto da mesa e começou a mexer em meu computador, ela ficaria ali um bom tempo.São mais ou menos 13h da tarde e ela não terminou, ainda está ligando para algumas garotas. Entrei na sala com uma bandeja com um sanduíche de frango e suco de laranja. Mesmo que não gostasse dela não a deixaria passando fome. Coloquei a bandeja do lado do computador em um espaço vazio, ela sorriu largamente ao ver o sanduíche e continuou a falar ao telefone.
Ao terminar ela colocou o telefone no gancho, e pegou seu sanduíche, e quando estava para morder olhou pra mim com um olhar desconfiado.
- Colocou veneno aqui? - ela segurava o sanduíche perto de sua boca.
- Não... - dei uma risada fraca, eu não iria matar ninguém, só deixar depressivo. - Talvez... Vai ter que arriscar... - Dei de ombros e continuei sorrindo de lado esperando alguns a ação dela.
Infelizmente a ação não foi a que eu esperei, ela enfio o sanduíche em minha boca e sorriu, provavelmente esperando minha morte, mas apenas mastiguei e engoli o sanduíche.
- Satisfeita? - Digo com a boca um pouco cheia, o sanduíche estava realmente bom, então o peguei e continuei a comer.
- Devolve isso... - ela tentou pegar o sanduíche de volta, o que foi totalmente em vão, já que me desviei e continuei a comer, ela revirou os olhos e pegou seu suco. Eu continuei a comer o sanduíche, ela se virou de costas pra mim e andou de volta até a cadeira.
- Elisa... - Eu andei atrás dela, ao ouvir seu nome ser chamado ela se virou, fazendo nossos corpos chocarem bruscamente, e seu suco se derramar em sua roupa. - Desculpa...
Não eu não me arrependi de verdade, mas se fosse pra irritá-la queria fazer algo mais elaborado.
- Tudo bem... Pode me dar um pano pra... Tentar secar essa blusa... - Ela não parava de se olhar, devia estar se achando uma estúpida por ter se molhado.
- Tenho uma ideia melhor - Sorrio de lado, ela ergueu uma sobrancelha desconfiada, a entendo. - Me segue.
Sai do escritório indo em direção ao meu quarto, ela veio logo atrás, não arrumei nada, e nem iria. Abri minha cômoda a procura de uma blusa, achei uma blusa branca larga que eu tinha, não a usava a tempo, joguei na Elisa, que segurou sem entender, voltei a andar até o banheiro da suíte e peguei uma toalha pra ela. Quando finalmente entendeu o que iria acontecer ela arregalou os olhos, mas depois de tanto discutirmos sobre isso, ela finalmente cedeu, e entrou no banho. Fiquei sentado na minha cama esperando ela pra voltarmos ao escritório, quando percebi a maçaneta da porta se mexendo, quase dei graças de tanto que ela demorou, mas por incrível que pareça, valeu a pena esperar, a figura que saía do banheiro, era simplesmente... Irresistível.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.