Capítulo 30

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LEIA A NOTA FINAL POR FAVOR.

O natal havia chegado e estava tudo bem. Eu estava terminando de arrumar os últimos detalhes pra ceia que decidi dar esse ano pros meus amigos e familiares.
Faltavam algumas horas para todos chegarem e eu subi para tomar um banho. Não demorei muito afinal, não era pontual como o Sebastian.
Assim que sai do banho, fui direto vestir minhas roupas, e logo o som campainha inundou a casa. Fui descendo as escadas rapidamente, e assim que abri a porta, pude ver o gel em pessoa.
- Ian perdeu de novo? - Ele me perguntou rindo e com seu braço em volta da cintura de sua esposa Violet, agora grávida.
-Sim. - Eu respondi soltando um riso em seguida. - Ele nunca vai ser pontual... - Dito isso, abri mais a porta para que eles entrassem.
Sebastian pegou o casaco de sua esposa e pendurou. Eu fiquei os olhando sorrindo, feliz por meu - agora - amigo e sua família. Violet se sentou no sofá com o Sebastian sentado ao seu lado.
- Ingrid logo chegará para lhe fazer companhia Violet, não se preocupe. - Eu disse, e ela me olhou com seu belo sorriso à mostra.
- Não se preocupe Barry, não me importo de ficar com vocês. - Ela pôs sua mão na perna de seu esposo a acariciando, e eu sorri.
- Tudo bem. - Eu sorri pra ela. E então começamos a conversar sobre assuntos diversos. Mas meu alvo sempre seria a quantidade de gel de cabelo que o Sebastian usa.
Violet levantou para ir ao banheiro, ela falou algo sobre gestantes terem a estranha vontade de ir ao banheiro varias vezes. E eu adicionei essa informação a minha lista de "Coisas Desnecessárias Para A Sobrevivência ". Sebastian ficava Olhando sua aliança alegremente, ele estava realmente feliz com seu casamento. E eu estava feliz por ele. Eu fui olhar pro meu dedo, mas notei que eu havia retirado a aliança. Eu precisava seguir em frente. Eu ainda a amo, mas sei que ela brigaria comigo se me visse assim. Consigo até imaginar suas maos na cintura, seus pés na ponta pra ela conseguir me encarar um pouco, e eu rindo dela na ponta dos pés por ser baixa.
- ... Está me ouvindo? - Sebastian me tirou dos meus pensamentos, e eu percebi que ele estava falando comigo, enquanto eu criava momentos perfeitos com minha falecida noiva.
- Não... Desculpa, estava distraído. - Ele me olhou e Sorrio fraco.
- Você anda muito distraído... Não era nada importante, não se preocupe.
Eu sorri. E então a campainha tocou novamente, e a figura de homem alto de cabelos negros, um pequeno menino em seus braços surgiu. O pequeno Charlie estava com quase um ano.
- Sebastian ganhou não foi? - Ian me disse rindo. Eu apenas balancei a cabeça concordando e dei espaço para que eles entrassem. Ingrid foi para a cozinha junto com a Violet e ficaram ambas conversando.
- Então Sebastian... Preparado para a jornada de fraldas? - Ian disse rindo enquanto se sentava ao nosso lado aconchegando Charlie em seu colo.
- Acho que sim... - Sebastian parecia inseguro enquanto falava. Eu estava apenas concentrado em Charlie, que parecia encarado com as luzes de natal.
- Quer ficar com ele Barry? - Ian disse me tirando do meu transe.
- É... Claro. - Ele me entregou Charlie, eu então vi seu rosto branco com um rubor nas bochechas. Seus olhos eram verdes como o de Ian. Ele era de fato, lindo.
Eu fiquei brincando com as pequenas mãos de Charlie enquanto Sebastian e Ian conversavam sobre paternidade. Eu me sentia um peixe fora d'água com tudo aquilo.
A pequena mão de Charlie foi de encontro com minha bochecha, ele ficou a apertando e eu sorri ao sentir seu toque. Eu me peguei pensando, como seria se eu tivesse um filho com a Lisa. Certamente ela iria cuidar dele, e eu só serviria para mimá-lo. Eu jamais iria dar certo trocando a fralda de um bebê.
- Barry... O que acha de irmos jantar? Já são dez da noite. - Ingrid disse enquanto colocava a mão nos ombros de seu marido. Assenti e então levantamos para jantar. Eu fiquei com Charlie durante o jantar. Dando uma espécie de "folga" para Ian e Ingrid.
- Quem diria que estaríamos aqui... - Ian disse despertando nossa atenção.
- Eu jamais pensei que estaria jantando no natal com o Barry. - Sebastian disse me fazendo rir.
- Eu jamais imaginaria estar respirando no mesmo lugar que você. Esse gel parece tóxico.
E então todos riram, exceto pelo Sebastian, que quase me mostrou o dedo do meio, se eu não estivesse com o Charlie no colo.
- Mas, acho que hoje, não há nenhum outro lugar que eu gostaria de estar se não aqui. - Eu olhei pra cada rosto na mesa sorrindo. - Todos sabemos que falta um rosto aqui, mas eu sei, que onde quer que ela esteja, ela está feliz por nós.
Ingrid sorriu fracamente, Violet estava meio tímida por não ter conhecido a Lisa, mas ela sabe o quão importante ela é para nós.
- À família. - Sebastian levantou sua taça de vinho propondo um brinde.
Todos em seguida fizemos o mesmo, levantamos nossas taças, e então brindamos a coisa que mais nos era importante no momento.
Quando o relógio badalou, indicando que havia dado meia-noite, nos levantamos e nos abraçamos, desejando um ao outro feliz natal.
Charlie já estava sonolento no colo de Ian, e então ele e Ingrid foram embora, seguidos por Sebastian. E então eu voltei a ficar sozinho. Aquela casa parecia vazia depois que eles se foram. E então eu voltei ao meu velho escritório, abrindo a pequena gaveta de lembranças que tinha do lado esquerdo da mesa. Dentro continha uma foto dela deitada no chão rindo. Ela tinha caído, e ficou rindo no chão de sua vergonha, mas eu achava muito fofa sua risada, e do jeito que ela sorria, parecia que o mundo parava só pra eu poder observá-la um pouco mais. Do lado da foto tinha a pequena caixinha de veludo vermelho, que eu não abria a meses. Eu a peguei e fiquei a olhando, tomando coragem para a abrir novamente. Como se esse pequeno gesto, pudesse me jogar no fundo do luto novamente.
A pequena caixinha trazia uma aliança prata, que reluzia pela lâmpada acesa. Aquela aliança me trazia memórias boas, mas ao mesmo tempo ruim. Me lembrava da mulher que eu mais amei, e que mais iria amar. Mas também me recordava de que uma doença a tirou de mim.
Ambas lembranças, eu atribuo o mérito ao destino. Pode pensar que é simples coincidência eu a ter conhecido no avião, ela ser minha secretária, e no fim de tudo, minha falecida noiva. Mas eu prefiro chamar de destino. Não existe coincidência. Existe apenas uma sequência de fatos que vão te levar pro caminho certo. E mesmo que voce mude essa rota, a linha de chegada será a mesma.
Meu destino me trouxe a Lisa, mas ele também a tirou de mim. Mas sou grato pelo pequeno tempo de felicidade que tive com ela ao meu lado. Só queria ter reconhecido antes que ela era minha metade, para que pudesse ter a amado mais.
- Feliz natal meu amor. - Eu falei Olhando para a aliança e olhei então para sua foto. Guardei as coisas e então sai do quarto apagando a luz e fechando a porta.
Pessoas vão ir e vir na nossa vida, cabe a nós saber, se vamos aproveitar esse tempo a amando, ou a desprezando. De qualquer modo, o destino nos prega peças, e a maior de todas, é o amor.

Fim.

Sim, infelizmente acabou :'). Espero que tenham gostado da história até aqui. Foi incrível escrever pra vocês, e bem divertido.
Obrigada pelas visualizações, vocês são incríveis.

Bem, se você gostou da história (o que eu espero que não tenha sido só o Vini que o tenha feito), terá um outro livro, do ponto de vista da Lisa.

Não, não haverá continuação a partir daqui. Mas, já está disponível no meu perfil a "Uma Metade Perfeita" que é um final alternativo, em um universo paralelo onde a Elisa, não morre.

Ahhhhh, eu preciso agradecer ao VinSouzaa que me ajudou em várias cenas desse livro. Você é demais baby, e essa história não teria acontecido sem você.
Obrigada por ficarem comigo até o final, Vejo vocês na próxima. Xx

P.s.: Desculpa pela Lisa.

P.s.s.: Leiam a Uma Metade Perfeita, já está disponível no meu perfil, espero que gostem.

Uma Metade PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora