Capítulo 15

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Acordamos às 18:45. O jantar era as 19:30h então, eu não me preocupei.
Ela foi pra casa se arrumar, e eu fui comer um pouco. De um jeito ou de outro, não chegaríamos em ponto, e se chegássemos, Ian estaria provavelmente com sua noiva, namorada, ou sei lá o que.
Tomei e banho, e assim que sai, meu celular tinha uma mensagem da Lisa avisando que já estava pronta, e me esperando.
Vesti minha calça jeans, blusa branca e uma jaqueta qualquer. Não iria me arrumar para jantar com o Ian.
Desci correndo e fui para o carro, dirigindo pra casa da Lisa, que me atendeu assim que ouviu a buzina do carro.
Ela estava linda com sua bota de salto, calça jeans, blusa preta e jaqueta. Parecia uma motoqueira, mais sexy.
Parti em direção ao apartamento do Ian, que na verdade era a cobertura, bastardo rico.
O caminho foi tranquilo, nossos dedos ficaram entrelaçados, sua cabeça vez ou outra deitava em meu ombro.
Assim que chegamos, fui direto pro andar do Ian, tocamos a campainha quando era 19:34h.
- Viu, eu disse que não precisava se preocupar.
Ela apoiou as costas na porta e eu coloquei minhas mãos em sua cintura a mantendo contra a mesma.
- Ta bom espertão. - Ela zombou e passou os braços em volta do meu pescoço, e quando íamos nos beijar, a porta abre. E ambos caímos chão, eu por cima dela, que estava fofamente vermelha.
- Ian se comer na porta da minha casa? - A voz irritante da noiva do Ian invadiu meus ouvidos.
- Bom te ver também Ingrid. - Me levantei e ajudei a Lisa a se levantar também. - Essa e a Lisa, minha namorada.
- Prazer... - Ela disse com vergonha. E Ingrid a ter olhado de cima a baixo não ajudou na "timidez" da Lisa.
- Até que enfim arrumou alguém Báthory. - Ian disse com um sorriso de lado no rosto.
- Pensei que o motivo do jantar fosse o relacionamento de vocês, não o meu. - Disse impaciente, o que arrancou uma risada do Ian, uma revira de olhos da Ingrid, e um pequeno empurrão da Lisa.
- Vamos logo. - Ingrid disse se virando e indo até a sala de jantar, que ficava perto da porta para a sacada do apartamento dele.
Sentei de frente pra Ingrid com a Lisa ao meu lado, que sentou de frente pro Ian obviamente.
- Então Lisa, quantos anos tem? - Ian falou, ele era irritante mais simpático. - 22. - Ela disse rapidamente.
Ela estava nervosa sem motivo. Ela mexia com as mãos em seu colo, e sua perna estava inquieta.
Segurei uma de suas maos por debaixo da mesa entrelaçando nossos dedos e acariciando sua mão com meu polegar na tentativa de acalmá-la, o que arrancou um tímido sorriso de seus lábios.
- Como conheceu o Barry? - Ingrid falou dessa vez enquanto começamos a nos servir.
- Avião. - Ela disse e eu abaixei a cabeça rindo fraco me lembrando de como agimos um com o outro no avião.
- Do que está rindo Barry? - Ingrid voltou a perguntar.
- Lembranças... - Sorrio de canto pra ela e pisquei pra Lisa.
Comemos e conversamos algumas vezes, lembrando de momentos em que eu e Ian saíamos para beber pelos pubs em Londres, e de como ele conheceu a Ingrid.
Lisa acabou se dando bem com os dois, mas Ingrid ainda lhe lançava um olhar de canto, como quem comeu e não gostou.
Assim que a Lisa terminou de comer, foi até a sacada aproveitar a vista que tinha. Eu fui atrás dela, e a encontrei sentada na grade com os pés para o lado de fora, como quem iria cometer suicídio.
A abracei por trás e ela deitou sua cabeça em meu peito.
- No que esta pensando. - Falei baixo em seu ouvido.
- Na vida... - Ela sorriu e seguro minhas mãos em volta de sua cintura.
- E a que conclusão chegou?
- Que ela é curta...
Já sabia o que iria por vir. "Aquela" conversa sobre a boa e velha morte estaria por vir.
- Não pensa nisso por favor. - Lhe supliquei. Não por essa conversa ser um assunto mórbido, mas porque ela entraria na parte em que ela se encaixa nesse assunto.
- Não posso... Você sabe que vai acontecer.
- Não, não vai!
- Vai... E você vai continuar aqui, jovem e belo, podendo se apaixonar por qualquer outra garota.
- Mas eu não vou... Não quero amar outra que não você.
- Mas voce precisa. O que vai fazer quando eu não estiver mais aqui?
- Vou voltar a beber e entrar em depressão pra sempre...
Ela se virou e colocou os pés pra dentro da sacada, mas ainda sentada na grade.
Ela me puxou pela blusa me fazendo ficar entre suas pernas, que ficaram cruzadas em volta de minha cintura.
- Não fala isso por favor.
- Eu posso falar. Sou eu quem vai perder o amor da minha vida. - Eu segurei em seu rosto Olhando em seus olhos, falando com a maior sinceridade que eu podia, seus olhos começaram a lacrimejar. - O que faria se eu morresse?
- Eu me mataria. - Ela disse já deixando uma lágrima cair.
- Jamais faça isso...
- Promete então que quando eu morrer, não vai jogar sua vida em um buraco, lamentando pela morte de sua namorada.
- Não posso prometer aquilo que eu não sei se vou cumprir.
- Por favor... Eu não posso deixar você se arruinar por mim.
Suspirei em derrota.
- Eu prometo.
Ela sorriu fraco, como quem tenta disfarçar a dor com um sorriso fajuto.
- Eu te amo. - Seus olhos se encontraram com os meus.
- Você é a melhor coisa que já me aconteceu.- Disse Olhando em seus olhos, com a maior sinceridade que eu podia.
Ela me abraçou, e eu deitei a cabeça em seu ombro.
Suas pernas permaneciam em volta de minha cintura me prendendo em seu corpo.
- Me beija.
Ela disse depois de um minuto de silêncio.
Ela pedir isso, me fez sorrir. De algum modo, isso me fazia feliz.
Mostrava o quão depende ela era de mim.
Só que acima de tudo, eu dependia mais ainda dela. Ela era tudo de bom que eu tinha, e que eu jamais Irei ter.
Olhei em seus olhos e a beijei, lentamente, sem pressa e sem maldade. Um verdadeiro beijo de amor. Que aos poucos foi se intensificando, se tornando mais quente e o fôlego já nos faltava.
- Sabe... O Ian tem muitos quartos aqui... - Eu disse partindo o beijo e ela riu fraco.
- Tarado... -Ela sorriu- Vamos...
Ela me empurrou pra poder descer da grade e abriu a porta me puxando pra fora. Ian e Ingrid já não estavam mais lá, devem estar se Comendo.
A puxei subindo as escadas e entrando em um quarto que ficava no fim do corredor.
Assim que entramos ela tirou minha jaqueta jogando no chão, e me Empurrou na cama enquanto tirava sua blusa, depois bota e calça, até que ficasse completamente nua, e eu em seguida.
Ver seu corpo assim, era como se a cada vez, fosse a primeira.
Cada toque, cada beijo, cada sensação era uma novidade.
Cada vez que eu a amava, era novo.

Uma Metade PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora