Queria poder dizer que depois daquele beijo, tudo se resolveu, nós estamos juntos agora, e teremos um lindo bebê, mas não passaria de uma bela mentira.
Um mês depois....
Elisa não trabalhava mais pra mim, como meu pai havia dito, ela tinha um futuro promissor, que eu não estava incluído, ela havia assumido a parte administrativa na empresa, agora ela tinha sua própria sala, e sua própria secretária, ou melhor, secretário, sim, um homem, que a julgar por ser SECRETÁRIO, eu esperava que ele jogasse em outro time, até que eu vi ele abraçando a Elisa, de um jeito que eu deveria, brincando com os cabelos dela, como eu deveria, fazendo tudo que EU DEVERIA fazer, e poderia, se ela não tivesse me dado um tapa depois daquele beijo a um mês atrás.
Meu pai continuava aqui na América, mas voltaria logo para casa, estava com saudades do ar poluído da Inglaterra, e cansado do ar gorduroso dos EUA.
Voltando a Elisa e seu secretário, eles estavam saindo para almoçar, quando eu decidi que iria fazer a mesma coisa, puxei minha nova secretária e segui os dois até o restaurante que eu almocei com a Elisa uma vez, quando entramos fiz questão de sentar numa mesa de frente pra dela, para permitir que ela tivesse a bela visão de minha pessoa, acariciando a mão da minha secretária.
Ela estava encarando algumas vezes, mas logo voltava a seu namoradinho e sorria para ele disfarçando, eu estava descaradamente a observando, minha secretária que eu não fazia a mínima questão de lembrar o nome, ficava passando a mão em minha perna, mas eu não dava a mínima, não era a mão da Elisa, da MINHA Elisa.
Quando me dei por conta, já estava caminhando até a mesa da Elisa, e puxando ela pelo braço até o banheiro, ela por incrível que pareça não havia se surpreendido, já estava acostumada com meu jeito de ser, ela era confiante de mais pra tentar fugir de mim, sabia que iria ser superior.
- O que você quer agora? - Ela me olhava com cansaço, já estava esperando a gritaria imagino.
- Quem é ele?
- O Chris?
- Sim... O "Chris".. - eu tive questão de fazer cara de nojo ao pronunciar seu nome, foi bem engraçado na verdade.
- Meu secretário, assistente, chame como quiser... - Ela se pôs a sair, mas segurei seu braço e a imprenssei contra a pia do banheiro.
- Está saindo com ele?
- E te importa Barry? - Ela me olhava com indiferença.
- Sim... - Nesse momento, comecei a passar as mãos em suas pernas, e já sentia seu corpo se acendendo ao meu toque. - E sei que te importa, porque ele nunca vai te beijar do jeito que eu te beijo... - Me aproximei e distribui leves beijos em seus labios. - Te fazer arrepiar do jeito que eu faço... - fui descendo os beijos por seu pescoço, e a cada toque dos meus labios em seu corpo, ele respondia com os arrepios dela. - Ele nunca vai te amar como eu te amo... - Sussurrei em seu ouvido.
Voltei a olhar seus olhos, e nossos olhares se encontraram como nunca antes, ela havia tristeza em seu olhar, ela ainda me amava, era notável, mas eu a amo mais agora do que jamais havia feito.
- Você não pode me amar... - Ela sussurrou Olhando em meus olhos.
- Posso... Só me deixe amar você... Deixe que eu te ame como nunca amei uma mulher... - Sussurrei de volta a ela, e então a beijei apaixonadamente.
Durante o beijo que foi breve, eu senti lágrimas encontrando nossos labios, ela estava chorando, e isso partia meu coração de todas as formas possíveis.
Ela então olhou pra mim por uma última vez e então saiu do banheiro chorando me deixando para trás, eu queria muito poder ir atrás dela, mas só aumentaria seu sofrimento, e não desejo isso a ela, só sua felicidade, e eu desejava mais ainda, que eu fosse a pessoa que lhe proporcionasse felicidade, mas a tristeza e a dor acompanham minha vida, e ela não merecia isso.
Quando sai do banheiro, não havia mais ninguém lá, todos os 3 haviam se ido, e quando cheguei ao escritório, também não havia ninguém lá, só a minha secretária, que não dirigia o olhar pra mim, pois sabia que eu poderia explodir de raiva a qualquer momento.2 dias depois...
Elisa ficou esses dois dias sem comparecer ao trabalho, ela havia dito ao meu pai o motivo, mas ele não queria me falar nada. Quando ela retornou, estava mais pálida, sua pele não tinha cor, seus labios não estavam vermelhos como de costume, e assim que saiu do elevador, seu secretário foi ajudá-la, eles andavam lentamente até a sala dela, e assim que entraram, eu fui correndo até a sala do meu pai, abri a porta com toda força e a Bati atrás de mim.
- Você vai me dizer agora o que está acontecendo com ela! - Eu gritei, e aparentemente interrompi a ligação dele, ele desligou para me dar sua atenção.
- Fale baixo comigo. - Ele dizia tranquilamente.
- Não! Eu quero saber o que está acontecendo com ela... - Eu dizia exaltado, mas olhei em seus olhos e me acalmei. - Por favor, eu te imploro pai... O que ela tem?
Ele hesitou por um momento, mas o Tom de desespero e preocupação em minha voz o convenceu.
- Nada confirmado, mas ela está doente.
- Doente como?
- Não apareceu nada nos exames Barry, mas por favor, não a incomode.
- Como não vou me preocupar com ela? Eu a amo pai!
- Não, você não a ama, você só quer se divertir com ela como sempre faz...
- Não pai, eu a amo, eu finalmente achei alguém que eu amo pai. - Me sentei na cadeira e fiquei o Olhando. - Eu amo o jeito como ela me irrita, amo o jeito como seus labios estão sempre vermelhos, amo o fato dela ler tantos livros românticos bregas, e ser uma fã assumida de Shakespeare, eu acordava todos os dias sorrindo, só de saber ao chegar aqui, ela estaria na mesa em frente a minha sala me esperando, e eu chegaria sorrindo, só de ver o brilho em seus olhos verdes.
Ele estava me Olhando incrédulo, não estava reconhecendo seu filho idiota que bebia todas em Londres, na verdade, nem eu me reconhecia.
- Você a ama... - Ele fala, e eu Sorrio.
- Sim... Sim eu amo...
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.