A temida quarta-feira chegou, e estava embarcando em nosso avião, ela não falou comigo desde que voltara a empresa, e não a culpo, nem discordo dela, eu sei seus motivos e sei o culpado por ele.
Sentamo-nos um do lado do outro, e eu me lembro de como nos conhecemos, nossas implicâncias, como ela lia aquele livro estúpido de Shakespeare, enfim, me lembro dela, daquele ela que não me odiava, daquele ela que não me desprezava e nem queria me ver longe, me lembro de um ela que eu odiava, mas agora Vejo um ela que eu amo. É inevitável, eu a amo. Amo o fato que ela me odeia, amo o fato de que ela é mais inteligente que eu, e odeio o fato de que ela nunca mais vai me olhar do mesmo jeito que antes.
Depois de algumas horas de vôo finalmente chegamos no nosso destino, ela havia ficado quieta por todo o tempo, e quando chegamos já passava das 18:00, pegamos nosso táxi e fomos para nosso hotel. No lobby decidimos sair com todos os sócios da nova filial, iríamos a uma boate, que estava a ser inaugurada essa noite, eu estava me Arrumando quando bateram a porta me chamando, já estava na hora de ir. Quando cheguei lá embaixo, ela não havia chego ainda, e estávamos com um pouco de pressa, mas decidi não incomodá-la, ela já estava brava o suficiente comigo.
Passado uns 15 minutos, a porta do elevador se abre, e dele sai uma Elisa perfeita, com seu vestido preto básico, eu não tirava os olhos dela, seu batom geralmente vermelho estava em um vinho, e seus olhos se destacavam, essa mulher me deixa louco.
A medida que foi se aproximando de nós, os olhares de todos se desviaram para ela, e isso me deixou com muita raiva, ela deve ter notado já que revirou os olhos e foi andando até meu pai, que aliás, veio conosco.
- Boa noite senhorita Gerard. - Ele segurou a mão dela e depositou um beijo. - Está encantadora essa noite.
Ela sorria timidamente, e eu observava furiosamente. O que esse velho pensa que está fazendo com ela?
- Obrigada senhor Báthory. - Ela sorriu, como eu gostava daquele sorriso. Ele lhe ofereceu o braço, e quando ela estava para passar a mão por ele, eu a puxei pela cintura a deixando mais próxima de mim.
Ela me olhava sem entender, e eu pouco me importava com isso, meu pai me olhava um pouco furioso, e eu apenas sorria para eles.
Andei com ela até o carro que estava posto a frente do hotel, haviam dois, eu entrei em um com ela, e meu pai no outro com alguns sócios. Ela estava me Olhando com cara de desentendida, eu só sorria olhando pra frente, não por provocação, mas porque estava feliz por ter ela de novo junto comigo, sem brigas ou qualquer coisa assim, sem brigasbpor enquanto.
Acho que uns 20 minutos depois chegamos a boate, ela não era uma qualquer, parecia mais para os ricos da cidade. Desci do carro com ela, e quando fui puxá-la pela cintura ela se afastou, e olhou pra mim com um Olhar que repreendia minha atitude, entrei então apenas do lado dela, meu pai passou a nossa frente nos guiando até uma área VIP, era até confortável, a música lá não era tão alta, e havia dois sofás confortáveis, uma mesa de centro com um balde com champanhe e gelo.
Elisa se sentou em um sofá e eu me sentei ao lado dela rapidamente, por mais que ela queira espaço, não vou dar espaço nenhum pra ela, a culpa é dela por ser tão.... Tão... Graciosa e apaixonante.
Começou uma música que eu gostava bastante, era muito dançante, me levantei e segurei a mão da Elisa.
- Dança comigo? - Ela me olhava como quem queria me matar, mas não o faria para não passar vergonha na frente dos novos sócios, então apenas assentiu e foi comigo para a pista de dança.
Quando chegamos ela ficou parada e eu também, só Olhava pra ela sorrindo.
- Qual é o seu problema? - Ela finalmente falou comigo depois de muito tempo.
- Nenhum, porque acha que há algum problema? - Puxei a cintura dela pra mais perto de mim, sua mão veio de encontro ao meu peito e eu sorri.
- Eu não entendo você... Nenhum pouco... - Ela Olhava fixamente em meus olhos.
- Não me entenda... Só dance comigo... - Desci minhas mãos até sua cintura e fui mexendo conforme a música.
Ela lutou no início pra ficar parada, mas logo se juntou a música e dançou da forma mais bela que eu já tinha visto, mas quando fui beijar ela, ela virou o rosto e andou até o bar me deixando sozinho na pista de dança, eu continuei lá dançando com algumas mulheres aleatórias, mas nenhuma do jeito da Elisa.
Depois de 30 minutos eu acho ouvi risadas vindo de um canto na pista, então segui esse som, e quando cheguei, lá estava ela, dançando toda solta, com um babaca que passava as mãos pelo corpo dela, eu estava me segurando para não interromper nada, mas ele puxou ela pela cintura e a beijou, e ela tinha deixado.
Eu não me aguentei e empurrei ela pro lado tirando ele de cima dela, o segurei pela blusa e dei socos repetidos em seu rosto, ela tentava me puxar e impedir a briga, mas eu estava com muita raiva, não dele, mas dela, como ela tinha deixado isso acontecer.
Quando o cara já estava quase inconsciente, soltei ele no chão, e várias pessoas correram para ajudá-lo, Elisa me puxou pra longe e me tirou da boate.
- Que merda deu em você? - Ela gritava comigo.
- Eu? Eu sou o problema? Tem certeza? - Eu já estava com o sangue fervendo, e não iria aguentar ouvir nenhuma crítica ou qualquer coisa assim vindo dela.
- Sim! Eu tenho certeza, você agiu como um doido ali dentro Barry!
- Pelo menos não agi como uma vadia e beijei alguém que eu não conheço! - Ela veio em minha direção furiosa, levantou sua mão pra me dar um tapa, mas segurei sua mão a puxando pra mim e a beijei como nunca antes.
E por incrível que pareça, ela não me afastou, quando eu soltei a mão dela, as duas foram de encontro a minha nuca e as minhas foram na sua cintura, e ficamos ali, apenas nos beijos, e foi ali que percebi que o meu desafio com ela não era só o sexo, era ter ela pra mim.
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Uma Metade Perdida
عشوائيBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.