Acordei com um super bom-humor, pela primeira vez em muito tempo.
Eu abri meus olhos, me virei e nada.
Ela não estava lá.
Quem eu tanto queria ver, não estava lá.
Eu só fiquei sentado por meia hora na cama, Olhando pro lugar que ela se deitou, o lugar que ela dormiu, o lugar que ela permitiu que eu a amasse.
Depois de tanto raciocinar o porque diabos ela tinha me deixado, tomei coragem pra tomar meu banho, na esperança que ele levasse todos os meus problemas e preocupações, mas tudo o que levava, era o tempo.
Levei uma hora no banho, não tinha animo pra nada, ela tinha acabado comigo, mas consegui o sexo, certo?
Mesmo sem animação, ou qualquer coisa assim, eu decidi sair, fui para uma praça perto da empresa onde eu sempre costumava ir, sentei-me no banco e coloquei meus fones de ouvido.
Fiquei de olhos fechados na esperança de que quando os abrisse, eu iria me virar, e a ver do meu lado, mas tudo que eu vi quando abri os olhos foi... Ela.
Ela estava na minha frente, tentando falar alguma coisa mas os fones-de-ouvido não me permitiam, foi quando ela os arrancou, mas aí eu me liguei, que não era os fones de ouvido que não me permitiam a ouvir, era eu, eu não queria a ouvir, até porque geralmente era eu que ia embora pela manhã, mas ela? Ela acabou comigo fazendo isso.
- Quem é você mesmo? - Eu disse secamente, tratá-la assim me deixava péssimo, mas depois dessa manhã, eu não sei mais como tratá-la, ela foi a única que conseguiu despertar um sentimento em mim.
- Barry, não faz isso, eu... Eu sinto muito...
- Não... Eu não me lembro de você...
- Barry. - Ela suspirou. - Tudo bem... Olá, sou Elisa Gerard e você?
- Não estou afim de conhecer novas pessoas... - Me levantei e sai andando sem olhar pra trás.
- Barry chega! - Ela disse, o que me fez parar e me virar pra ela. - Chega ta bom? Eu sei que eu errei e que eu fui idiota mas... Mas você me tratar assim? Pra que? Mas... - Ela suspirou. - Eu gosto de você de verdade... Mas se você não, fale de uma vez. - Ela praticamente gritava comigo, e sua veia na testa era visível, seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela parecia poder explodir a qualquer momento.
Eu andei de volta até ela.
- Eu gosto.
- Para de mentir Barry!
Segurei seu rosto com as duas mãos.
- Não estou Elisa! Eu gosto de voce de verdade!
Ela ficou quieta, e colocou as mãos na cabeça pressionando, suas lágrimas começaram a cair e uma expressão de dor tomou conta do seu rosto, ela caiu de joelhos e ficou pressionando a cabeça com dor e chorando.
Meu coração se partiu, e eu não via nada que eu pudesse fazer além de me ajoelhar a sua frente e lhe olhar os olhos, como se isso pudesse tirar toda a dor que ela sentia.
- Lisa... Por favor não faz isso... Eu te amo.
Seus olhos estavam vermelhos, combinando com seu nariz, seus dentes rangiam de dor e sua mão continuava a pressionar sua cabeça.
Coloquei minhas mãos sobre as dela e continuei a olhar em seus olhos.
- Eu te amo, ok? Eu estou aqui com você... Tudo vai ficar bem...
A beijei.
E minha última gota de desespero foi embora ao ver que ela estava se acalmando.
E eu continuei a beijando. E toda minha sanidade se foi com aquele beijo. Eu estava loucamente apaixonado por aquela garota.
Quando partimos nosso beijo, ela me olhou nos olhos, e então eu pude ver que ela havia parado de chorar. Desci minhas mãos pelo seu rosto e fiquei o acariciando.
- Você realmente me ama? - Sua voz era rouca, e era nítido que ela estava chorando. Odiava essa voz.
- Se eu não te amasse, eu não teria meu coração partido toda vez que a Vejo triste.
Ela sorriu. Amo esse sorriso.
- Vem.
Me levantei a levantando devagar e com cuidado.
- Quero te levar em um lugar. - Eu disse e ela sorriu.
Fomos andando até meu carro, eu a deixei em sua casa e combinei que as 14h passaria em sua casa, eram 13:05h quando cheguei em casa, arrumei algumas coisas e coloquei em meu carro, entrando em seguida partindo pra casa dela.
Cheguei as 13:57h, e desci do carro entrando em sua casa, e tive uma bela visão dela vestindo seu vestido.
- Uau... - Me encostei na porta a olhando, e fiquei sorrindo enquanto a esperava.
- Isso é um elogio? - Ela se aproximou e eu segurei seu rosto lhe dando um selinho.
- Sim. - Sorri. - Agora vamos, temos 1h em um carro.
Ela faz cara de desagrado, mas sei que assim que chegarmos ela irá amar.
Andei com ela até o carro, e fiz questão de abrir a porta pra ela, cavalheirismo é sempre bem-vindo.[...]
A viagem de carro foi mais curta do que o esperado.
Ao chegarmos no parque de diversões, fomos direto a roda gigante.
Ela entrou primeiro, e eu me sentei ao seu lado segurando sua mão.
De fato a visão daqui de cima era a mais linda que já vi.
Estava tudo perfeito.
Ela não passou o mal, o brinquedo andava perfeitamente.
Andava.
A roda gigante parou assim que estávamos no topo. Ela não se incomodou, a visao daqui era muito linda, e com a roda-gigante parada, pode ser ver melhor.
Minha mão foi de encontro com a sua entrelaçando nossos dedos.
Nossos olhares se cruzaram, como sempre faziam desde que nos conhecemos (exceto no avião, onde sk havia fogo de raiva nos meus olhos pra ela).
E confesso que uma cena de filme clichê aconteceu.
Nos aproximamos e nossos labios se encontraram em perfeita harmonia.
Um beijo calmo e sem desejo. Um beijo de amor de verdade.
A algumas meses atrás jamais iria imaginar que estaria hoje, beijando minha namorada, no topo de uma roda-gigante. Mas admito, foi bom não imaginar, assim a cada surpresa, eu entrego meu coração um pouco mais pra ela.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.