Nosso almoço não se estendeu muito, ela surtou quando viu que estávamos alguns minutos atrasados, mas eu disse pra ela não se preocupar pois o chefe dela entenderia, no caso eu.
Fomos de volta para o escritório tomando um sorvete, o favorito dela é de baunilha, o meu de chocolate, ela não concorda comigo, ela diz que chocolate não é tão bom como baunilha, então subimos o elevador brigando sobre sabor de sorvete. Pela primeira vez desde que a conheci, consegui arrancar vários sorrisos e risadas dela, e ela parece ser a única que já fez isso comigo, fora da cama.
Mas infelizmente nossa alegria durou pouco, quando a porta do elevador abriu, e demos uma passo para fora, Sebastian estava na mesa da Lisa a esperando. Ela abre um sorriso maior do que os que ela deu comigo, meu sorvete automaticamente cai do chão, e eu não sabia o porque de estar decepcionado por ele estar ali. Parece que o sorvete e o almoço estava subindo, e eu estava pronto para vomitar nele e naquele gel de cabelo. Ela olha pra mim, mas meu rosto não mostrava emoção alguma, eu estava apenas paralisado Olhando pro Sebastian, que estava sorrindo Olhando pra ela. O sorriso de seu belo rosto havia sumido quando ela viu que eu não estava feliz com aquilo.
- Bar...
Eu saio do elevador sem olhar para trás. Não me dei ao "luxo" de ouvi-la perguntar se eu estava bem, ou me incomodava, eu não entendo por que ela continua com ele, ele realmente parece falso, um verdadeiro boneco de plástico. Como disse, eu a deixei no elevador, Sebastian havia se levantado para ir até ela, ele passa por mim e me da um Sorriso, apenas lhe dou um olhar de desgosto e entro na sala, ela havia redecorado tudo desde minha última explosão, não Irei quebrar tudo novamente.
Ela estava com ele, os dois sorridentes e felizes, como se fossem o casal mais perfeito do mundo. Eu não ia permitir isso.
Respiro fundo e saio sorridente da minha sala indo até os dois, que estavam conversando sobre sei lá o que, ela deve ter pedido conselhos sobre cabelo. Ela me viu, e seu olhar se fixou em mim, eu tinha que parar de assustar ela, ela parecia ter medo de mim, e eu não queria isso. Fico do lado da Elisa e Fico Olhando pro Sebastian, o olhar dos dois estava em mim, mas como um bom falso ator, devo me comportar.
- Oi Sebastian! Espero que não tenha se importado da Elisa ter ido almoçar comigo. - Sorrio para ele.
Ele parecia não saber do nosso almoço, ponto pra mim!
- Não me importo. É bom ela sair com outras pessoas que não seja eu. - Ele sorri, e eu sinto uma enorme vontade de socar aqueles dentes.
- Então que tal sair
hoje Elisa? E eu posso responder suas perguntas! - Olho pra ela sorrindo.
- Eu... - Ela começa, mas obviamente não termina.
- Ótimo! Te Pego as 19h. - Fico Olhando pra ela, o Sebastian está ali parado sem falar nada. E eu prefiro que fique assim. Eu passo meu braço no pescoço da Elisa e Sorrio para o Sebastian. - Bem Elisa, temos algumas coisas pra resolver. Até mais Sebastian.
- At...
Antes que ele pudesse terminar, eu saí de lá com a Elisa, ela me olha sem entender, mas eu apenas Sorrio de lado e continuo a andar até minha sala, quando entramos ela fecha a porta e a tranca, eu realmente esperava uma atitude diferente dela, mas ela ficou me Olhando de boca aberta.
- O que deu em você?
- Nada. Não posso sair pra jantar com você? - Eu sento em minha cadeira, e Fico girando.
- Eu não sei o que dizer! Por que está sendo legal agora? - Ela se aproxima de mim devagar e para minha cadeira de frente pra ela. Acho que já vivemos isso.
- Porque eu percebi que eu era um idiota com você, e quero me redimir por isso. - Levanto da cadeira e Olho em seus belos olhos, ela não é tão alta, mas seus saltos colaboram. - Eu sei de todas as merdas que já fiz com você, e quero me redimir por isso.
Levo minha mão até sua cintura, e parece que eu consigo ouvir seu coração acelerado, seus olhos vão em direção aos meus lábios, e meu desejo de beijá-la aumenta, eu Puxo ela pela cintura devagar e a beijo, e de novo ela não hesitou e não me afastou, suas pequenas mãos foram em direção ao meu pescoço, e suas unhas acariciavam minha nuca, eu apertei sua cintura levemente, mas dessa vez não parei o beijo, e nem ela, só paramos por falta do fôlego. Mas ela não disse uma palavra sequer, e nem eu, apenas me afastei e virei o rosto para esconder o sorriso que eu tinha, e eu não fazia ideia do porque ele estava ali, mas sentei na minha cadeira e ela ficou do meu lado.
Fizemos tudo que era necessário, e uma das coisas necessárias, era uma viagem a Boston que precisávamos fazer para recebermos informações da expensão da empresa que o senhor Henry Báthory que vulgarmente chamo de pai, quer fazer. Eu e ela discutimos se ela iria comigo, e o problema era: o que Sebastian pensaria, por mim ele poderia pensar em morrer. Mas agora não quero pensar nele, agora quero me arrumar para levar ela para o jantar, eram 18:39 e eu saí para ir buscá-la.
Foi uma viagem de carro tranquila até sua casa. Eu desci do carro e Bati na porta de sua casa. Quando ela abriu, meu queixo caiu no chão, ela estava em um vestido preto longo, seu decote valorizava seus seios, seus labios em seu típico batom vermelho.
- Er... Oi. - Eu estava nervoso, ela me deixava assim.
- Oi Barry. - Ela sorri pra mim.
Andamos até o carro, e eu abri a porta pra ela, eu não sei porque fiz isso, eu nunca fiz isso com ninguém, mas ela era diferente de um certo modo, ela era um desafio. Entro no carro e dirijo até o restaurante, ela estava quieta e Olhando pela janela, ela parecia não querer ter vindo comigo. Quando chegamos ao restaurante, desci do carro e abri a porta para ela novamente e estendi minha mão para ela sair do carro. Fui um verdadeiro cavalheiro.
O restaurante estava um pouco cheio, mas não me incomodei com isso, não iríamos ficar naquela área mesmo. A atendente do restaurante nos guiou até o terraço, estava tudo tranquilo lá, e o cenário era perfeito, o céu estava estrelado, e havia apenas nossa mesa ali. Os pratos, talheres e taças estavam postos a mesa, e um castiçal se encontrava no centro iluminando tudo. Ela estava realmente de boca aberta. E eu fico feliz por isso. Sentamos na mesa, fizemos o pedido, e enquanto esperávamos conversamos.
- Barry por que está assim comigo? É algum tipo de vingança com o Sebastian? - Ela olha pra mim, obviamente com dúvida. Mas não a culpo.
- Sim eu não gosto desse cara, mas não, não é vingança Lisa...- Eu conseguia ver um pequeno sorriso no canto de sua boca ao ouvir me ouvir a chamar de Lisa. - Você foi a única mulher que se manteve constante na minha vida, e eu quero me redimir por ter sido um babaca com você.
Sorrio olhando em seus olhos, mas meu olhar se desviou quando nossos pedidos chegam. Como fizemos no almoço, conversamos e dessa vez falei de mim. Contei que meu pai sempre estava ocupado, minha mãe sempre estava viajando procurando novos lugares para expandir sua loja de vestidos de noiva, blerg. Disse o motivo de vir pra cá, e arranquei vários sorrisos e risos dela nessa noite. Quando terminamos de jantar, saímos até uma pequena praça, e sentamos no banco ainda conversando sobre algumas coisas, mas eu só me concentrava nos labios dela, e no quão convidativos eles pareciam. Mas eu não fiz questão de ligar para o mundo. Me concentrei naquele momento, me esqueci do Sebastian, do que ela pensaria com minja atitude. Mas eu precisava beija-la. Coloquei a mão na nuca dela e em um movimento uni nossos labios, e então fechei os olhos, estávamos tão conectados um ao outro através do nosso beijo, que nem ligamos para outra coisa.
- Barry... - Ela ligou pra uma coisa.
- Eu... Você me enlouquece...
- Barry...
- Podemos ficar desse jeito por favor? Esquece ele, esquece que vocês estão juntos...
Nossas testas estavam coladas, e estávamos falando em um sussurro. Eu sei que pedir pra ela trair o Sebastian é muito, mas eu preciso sentir ela, mesmo que não exclusivamente, e eu só a quero por uma noite. Mas preciso matar essa curiosidade.
Ela me beija novamente, parecia que ela concordava com tudo, e estava me convidando para ter o algo a mais que meu sangue fervia desejando.
Depois de uma noite de beijos, muitos, muitos, muitos beijos. Eu a levei pra casa, e a acompanhei até a porta.
- Me diverti muito essa noite. - Ela sorri quando já estávamos na porta da sua casa.
- Eu também. - Sorrio pra ela.
Ficamos uns segundos parados nos Olhando, quando por impulso, eu me aproximo dela e lhe dou um selinho longo e demorado, sem segundas intenções ou desejos, apenas pelo momento. A mão dela ficou em meu ombro durante o selinho, e ela sorri no fim do mesmo.
- Até amanhã Barry. - Ela permaneceu sorrindo e finalmente entrou em sua casa.
Eu não entendi muito bem o POR QUE de eu ter dado um selinho nela, mas adorei o resultado. Seu sorriso, ele faz com que todo esse esforço valha a pena.
Entrei no meu carro e dirigi de volta para casa, vou um caminho rápido, meus pensamentos ficaram na Elisa, e em como ela sorriu nessa noite, eu como ela colocava suas maos em meu pescoço para me beijar. Em como ela, era ela!
Quando chego em casa, deixo o carro no lugar de costume e entro em casa, são 23:56, e quando subo ao quarto, me deito com a mesma roupa e Durmo.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.