Quando acordei, Lisa ainda dormira.
Aproveitei para fazer o café e pensar em algumas coisas.
O que mais me veio a mente, foi o final de semana que mudou minha vida.Flashback on
-Vamos Barry! Será divertido! - Disse Joseph pela terceira vez seguida.
- Eu vou! Mas pare de falar! Sua voz me causa irritações.
- Eu calo a boca, mas vá se arrumar!
Eu joguei a almofada nele e subi para me arrumar.
Iremos para um Pub aqui perto de casa, é bem movimentado, por mulheres lindas, e homens exasperados por sexo com as mulheres lindas, que no normal, escolhem os ricos, como eu.
Vesti minha calça jeans, blusa branca, tênis e é o suficiente, essa roupa ira parar em algum canto qualquer no final da noite.
Fomos a mil com o carro para o pub então, cada um com o seu, já que provavelmente, nenhum de nos estaria sozinho ate o fim da noite.
E que noite seria.
Assim que chegamos, o Joseph já parecia bêbado do jeito que estava rindo. Entramos e fomos até o barman, que ja sabia as bebidas que iríamos pedir, então já havia começado a preparar assim quem sentamos.
Havia algumas garotas de olho na gente, e alguns carecas gordos de olho nas garotas.
Isso me divertia bastante. Ver caras desesperados por garotas, desesperadas por caras ricos.
Joseph encarava uma morena de olhos claros a alguns metros de nós. Ela parecia estar interessada nele, já que tentava ser sexy ao máximo sempre que o pegava a olhando.
- Eu quero ela... - Ele me disse apontando a morena com a cabeça levemente.
- Já percebi Joseph. - Peguei minha bebida e dei um gole. - E ela quer você.
- Ela é tão... Gostosa. - Ele disse dando ênfase na última palavra.
- Yeh parabéns ao novo casal, já podem se comer. - Disse ironicamente comemorando, o que arrancou uma boa risada do meu amigo.
Continuamos a beber. Bem, eu continuei a beber.
A morena chamada Lucy, veio até o Joseph, e ficaram conversando, e conversando, e conversando.
Até que finalmente, ambos entraram em um acordo, e saíram do meu lado para irem a algum lugar se comerem.
Logo que eles saíram, uma loira tomou o lugar do Joseph.
Ela era minha meta da noite
Seus olhos castanhos e cabelos lisos longos encaracolados que vinham até o meio de suas costas.
Ela estava com um par de saltos pretos, um vestido decotado vermelho que valorizava seus seios. Ela parecia tensa, como quem tinha sido deixada nessa noite, e a julgar pela sua escolha de bebida. Era a primeira vez nesse bar.
- Desculpa me intrometer, mas essa bebida não é muito boa... - Eu sorri educadamente e olhei pro barman.- O mesmo que o meu para a senhorita por favor.
- Obrigada senhor...
- Barry... Me chame de Barry. - Lhe estendi a mão, ela segurou e aperto levemente. Suas maos erao macias e delicadas, daquelas que dava vontade de sentir o tempo todo.
- Anelis. - Ela sorriu sem mostrar os dentes, e seu batom vermelho vibrante se destacou.
- O que uma senhorita como você, faz em um bar como esse num sábado a noite.
- Longa história. - Suspirou.
- Temos tempo... E bebida. - Levantamos o copo e brindamos.
Ela me contou que seu ex-noivo a deixou plantada no restaurante por 2h. Ela estava desanimada e desesperada, o tipo de mulher que quer sexo para esquecer os problemas, mas que vai se arrepender na manhã seguinte por transar com um estranho.
Me contou também que quando voltou para casa, estava tudo quieto demais, mas havia um som abafado, parecidos com gemidos.
Ela subiu a escada da casa lentamente, para que só o som dos gemidos fosse audível.
Cada vez mais que se aproximava de seu quarto, o som era mais nítido.
E o que ela viu, foi pior do que qualquer coisa.
Seu noivo estava na cama com o motorista dele.
PORRA COMO UM CARA CONSEGUE SER GAY COM UMA LOIRA DESSA LIVRE PARA SER FODIDA QUANDO ELE QUISESSE?
Pelo que ela me contou, os dois já se olhavam estranho nos últimos meses, e quando eles se beijavam na frente do motorista, ele sempre abaixava o olhar com tristeza e mágoa.
Ela então, destruiu toda a casa e os carros de seu noivo, exceto o que ela está usando agora.
Ela partiu entao para a casa da familia dele para contar tudo que havia acontecido e sacou todo o dinheiro que tinha na conta que ele criou para ela, para que sua vingança além de deixá-lo envergonhado na frente de sua família, ficasse falido.
- E foi assim que vim para aqui. - Ela disse depois do terceiro copo.
- E como gostaria de sair? - Eu disse lhe dando outro copo, e depois recebendo o meu.
- Bêbada e sem saber meu nome. - Ela sorriu animada e continuou a beber.
E continuou, continuou, continuou e continuou.
E a cada copo que ela bebia, eu bebia junto.
Quando era 2:16 já não sei quantos copos haviam em nossa frente.
Mas estávamos sorridentes e muito próximos.
Em uma proximidade considerada perigosa por uns, mas adorada pra mim.
Eu não sei se é a bebida falando alto, mas ela esta com a mao sobre meu "amiguinho" nesse momento. E esta com aquele olhar que grita por prazer e luxúria.
Transamos então no banheiro, mas havia pessoas querendo entrar.
Sem mais enrolação, decidimos então sair do pub. Mas estávamos bêbados demais.
Posso dizer isso pelo fato de que a cada vez que eu tentava abrir o carro, e a chave caia, caiamos na risada, e as vezes quase caiamos no chão também.
Quando finalmente consegui abrir meu carro, entramos e eu desparei em direção a minha casa. Ou pelo menos o caminho que parecia ser o da minha casa.
Mas infelizmente não acabou bem.
O sinal havia se fechado, e eu não sabia que o carro a minha frente estava parado.
O efeito do álcool em minha cabeça fez com que parecesse que o carro estava em movimento.
Anelis apenas gritou ao sentir o impacto do meu carro, afundando a mala do carro a frente.
Não saímos feridos.
Ela ganhou apenas um corte na testa e eu uma multa, conta a pagar e uma passagem só de ida para os EUA.
Uma semana depois do acidente, estava eu no aeroporto, pronto pra embarcar.
Andei direto ate a primeira classe, e quando vi meu assento. Havia uma bela moça de olhos claros e lábios rosados lendo Shakespeare.
Flashback off.E agora aqui estou eu. Com a bela moça de olhos claros e lábios rosados dormindo em minha cama.
E eu, apenas um cara que só pensava em luxúria, e que agora, só pensa nela. E em como esta pronto pra passar o resto de sua pequena e curta vida, a amando.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.