Eu finalmente havia confessado que a amava, mas não foi pra ela.
Eu tive que prometer que não a iria incomodar até que ela estivesse numa situação estável, mas eu podia ajudar nisso, mesmo que eu seja problemático, eu a amo o suficiente para mudar tudo, só pra ver ela bem e saudável.
No dia seguinte, continuava do mesmo jeito, e eu me odiava por não poder fazer nada. Mas foi aí que me dei conta de que eu sou Barry Báthory, e eu não obedeço, claro que eu já ver como ela estava, mas não de um jeito "simples".
Fui na rua correndo e comprei um buquê de rosas vermelhas e uma caixa de chocolate, ela não ia rejeitar, quem iria rejeitar chocolate?
Quando voltei, seu secretário havia acabado de sair da sala dela, então aproveitei pra já entrar, ele não fez questão de impedir ou alguma coisa assim.
Assim que fechei a porta atrás de mim, ela levantou seu olhar, e um leve sorriso surgiu.
- Oi... - Eu disse com um pouco de vergonha, me aproximei de sua mesa e coloquei o buquê e o chocolate em cima da mesma. - É pra você...
Eu fiquei em pé a olhando.
Ela pegou o buquê e cheirou as flores, eu estava realmente nervoso, claro que esse presente não era só de melhoras.
- São lindas... - Ela me olhou. - Obrigada...
Eu estava igual um pateta a olhando, ver ela um pouquinho feliz com uma atitude minha, fez meu dia totalmente melhor.
- Elisa eu sei que está doente, e eu prometi meu pai que não iria te incomodar, mas ambos sabemos que eu sou teimoso... - Ela já me olhava diferente.
- Barry... - Ela tenta fazer com que eu pare de falar, mas é em vão.
- Não. Elisa, eu te amo, e isso está me matando! Eu não consigo acordar e pensar em outra coisa que não seja você, eu não consigo me acalmar sabendo que aquele palhaço ali fora, está tendo você, e eu não! Elisa, tudo que eu peço é que você me deixe te amar... - Seus olhos estavam vidrados em mim.
Andei até ela que estava sentada na cadeira atrás de sua mesa, segurei em sua mão a levantando e olhei em seus olhos.
- Por favor... - Estávamos Olhando nos olhos um do outro, e eu estava falando sussurrando agora. - Deixa eu te amar...
Ela ficou em silêncio.
Soltou minha mão, e no momento que eu achei que ela iria me expulsar, ela colocou sua mão em minha nuca a acariciando.
- Eu poderia te mandar sair daqui, poderia pedir demissão só pra nunca mais te ver Barry, mas eu iria me odiar pelo resto da vida. Porque eu querendo ou não, eu te amo...
Eu sorri.
Sorri igual um idiota.
Ela aproximou seu rosto do meu e me beijou, um beijo calmo e tranquilo, cheio de emoção, e nenhum pouco de desejo.
- Eu te amo...
Ela me olhava nos olhos, e se surpreendeu com minhas palavras, eu mesmo me surpreendi, mas nada iria estragar.
Até eu lembrar que ela tinha um secretário.
- Elisa, e o Chris?
Ela segurou o riso.
- Ele é meu irmão...
Irmão? Irmão! Ótimo.
- Ah... Okay... Por que não falou isso antes?
- Porque era bem divertido te ver com ciúmes...
Ela envolveu seus braços em meu pescoço e eu abracei sua cintura.
- Até eu socar a cara dele, o que iria acontecer em breve. - Sorri de lado. - Minha casa, as 20h. Não se atrase... - Eu sorri, e lhe dei um último beijo antes de voltar para o meu escritório, com um sorriso enorme no rosto.
O que surpreendeu muita gente, o que já era de se esperar.
Mas o sorriso foi embora quando vi que era 16:47, o expediente dela terminava às 17h, e eu só tinha 3h pra arrumar a casa e preparar tudo que eu tinha em mente para essa noite.
Sai do prédio correndo, entrei em meu carro e parti para o supermercado.
Comprei os ingredientes necessários para fazer carne asiática. Sim eu sei cozinhar, me lembro que quando era menor, cozinhava com minha avó, muito útil agora.
Quando cheguei em casa, era 17:48h, o que me dava 2:12h para terminar tudo.
Corri pra cozinha pra preparar a carne.
O que me tirou 38m, me sobrou 1:34h para arrumar a mesa, tomar meu banho, e arrumar a casa, que não estava lá essas coisas.
Coloquei a mesa com as melhores porcelanas, velas não podia faltar, taças de vinho, e claro, o melhor vinho que eu tinha.
Quando terminei fui arrumar a casa correndo, eu não dei aquela geral, só coloquei no lugar as coisas que eu vivia bagunçando.
Quando terminei tudo, era 19:26h, eu ainda podia me arrumar pra ela. Só pra ela.
Separei uma roupa, até passei a camisa, e entrei no banho, que foi rápido, foi só pra não ficar com aquele aspecto de quem correu.
Me arrumei, e arrumei o quarto, as vezes né.
Quando desci, eram 19:58h, ou seja, eu sou muito rápido.
Esses dois minutos foram os mais longos da minha vida. Eu mal podia esperar para a ver.
Quando a campainha da casa soou, eu corri até a porta para abrir, e ela estava incrivelmente linda. Eu mal podia acreditar que essa garota incrível, me amava.[...]
Depois do jantar, ficamos no sofá conversando, ela não bebia mais nada, e a comida não a afetou, o que é um ponto.
Ela se levantou pra ir pra casa, mas eu a impedi, não depois do jantar que tivemos.
- Fica, por essa noite... - Eu segurava em suas maos delicadamente.
- Barry...
- Por favor...
Eu fiz cara de cachorrinho, sim eu fiz isso. Mas eu precisava dela comigo naquela noite, estava bom demais pra acabar assim.
- Tudo bem...
Eu sorri largamente.
- Já sabe onde fica o quarto... - Sorrio a Olhando. - Vou pegar uma roupa pra você dormir.
Segurei em sua mão e fomos para o meu quarto.
Ela ficou em pé me olhando enquanto eu procurava minha blusa branca e calça de moletom.
Coloquei tudo em cima da cama e a olhei.
Ela estava sorrindo como quem estava apaixonada, e eu obviamente estava do mesmo jeito.
- Que foi? - Caminhei até ela, e ela colocou seus braços em volta do meu pescoço me beijando em seguida.
Eu abracei sua cintura e fomos andando assim, até cairmos na cama.
Eu fiquei por cima dela.
E foi tudo melhor do que qualquer cena que eu já imaginei com ela.
Sua pele era quente, e se arrepiava com meu toque. Suas maos passavam por toda a extensão de minhas costas, me arranhando leve com as unhas.
Todo aquele desafio do sexo, não passava de uma desculpa para ter ela perto de mim, e eu finalmente tenho ela pra mim.
Depois de termos feito sexo pela primeira vez, e eu esperava que fosse acontecer muitas vezes.
Ela deitou sua cabeça em cima de mim, e eu a abracei acariciando suas costas.
- Minha Lisa... - Sussurrei em seu ouvido.
Ela me respondeu com um sorriso de canto, e depois de um dia perfeito, uma noite perfeita, eu finalmente dormi. E pela primeira vez feliz, porque sabia que quando acordasse, a primeira coisa que veria ao abrir os olhos, seria a mulher que eu amo.
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Uma Metade Perdida
RandomBarry Báthory é um homem de 25 anos com o mundo aos seus pés. Quando viaja para os EUA, para trabalhar na empresa de seu pai, como um castigo por um acidente que havia provocado, ele encontra a única coisa que ele poderia querer na sua vida.