Cap.13-Baile (parte 1)

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"Mal amanheceu e o dia já está correndo mal. Quando acordei, Gina estava quase montada em cima de mim com um sorriso muito assustador e com a varinha perto o suficiente para arrancar o meu olho.

-Hoje é o bailee!- Ela canta, literalmente. Bocejo e olho ao redor, não encontrando ninguém.-Estão todas tomando café e provavelmente falando mal de você. -A olho, ainda meio tonta de sono e balanço os ombros.- Sim, a história de como "você as ameaçou com uma Maldição Imperdoável e disse como elas eram umas idiotas/ridículas/retardadas" está correndo pela escola. Você não fez isso mesmo, né?

-Nem chegou perto, mas obrigada pela ideia.- Eu disse, rindo por dentro. Sabia que elas contar para todos o nosso episódio e que iam acrescentar mais alguns fatos, então nem me importei muito.

-Foi isso mesmo que eu disse para o Ron e o Harry.- Ela continuou, ignorando meu último comentário.- Eles estão do seu lado também.-Ela disse, como se isso fosse um alívio para mim e realmente foi. Estava pouco me importando com o pessoal da escola, mas saber que eles ainda confiavam em mim era muito bom.

-Porque está aqui? Sabe que o baile é só para o nosso ano, né?-Pergunto, em meio à um bocejo longo. Ela me olha com um sorriso maroto antes de tirar a capa da invisibilidade da mochila.- Sério? Para quê tanto trabalho para ir ao baile sendo que nem poderá participar?

-Eu gosto de ver os outros dançando.- Levantei uma sobrancelha.- Tá, o Cormac vai tá lá também.

-Hum, tá explicado. O Harry te deixou pegar a Capa ou você roubou?-Perguntei, enquanto levantava e me espreguiçava, mesmo sem entender o propósito de estar de pé tão cedo, já que não teríamos aula nesse dia para que, nas mesmas palavras da professora, nos "aprontássemos para o baile".

-Jorge e Fred estavam entediados o suficiente para fazer isso para mim.-Ela disse, balançando os ombros.-Minha primeira aula já vai começar, então tchau. Só vim te avisar sobre seu nome estar rodando na escola mesmo.-Disse ela, me deixando só logo em seguida.

Como não estava com fome e ainda era muito cedo para me aprontar para o baile, decidi fazer aquilo que incomodava desde que deixei minha casa e vim para a escola esse ano.

Querida Her-mioni,

Faz um tempo desde que nos vimos, mas aindar me lembro bem de você. Como está? Espero que aindar consideré vir para o Bulgária nas férrias.

Sinto sua falta,

Vítor Krum

Era uma carta antiga, o que me deixou mal. Eu nunca o tinha respondido e agora me arrependia. Apesar de ser o mais famoso jogador de sua escola e de ter milhares de garotas aos seus pés, ele me mandava cartas falando o quanto sentia minha falta de vez em quando. Sinceramente, eu não sei porque nunca enviei uma resposta, já que ele tinha sido tão gentil comigo na época do Torneio. Depois de alguns minutos relendo a carta, decidi lhe dar uma resposta.

Querido Vítor,

Vou começar essa carta lhe pedindo desculpas. Eu não respondi nenhuma das suas cartas antes porque não sabia o que dizer e estava um pouco ocupada com um baile que terá no nosso ano. Desculpe por não te ter respondido antes.

Também sinto sua falta,

Hermione (ou Hermi-oni, se preferir)

Resolvi que iria mandar essa carta ainda hoje e botei um casaco para ir até a torre das corujas. Desci a escada que levava à sala comunal e alguns quintanistas ficaram me encarando por uns segundos, logo desviando os olhos, provavelmente com medo de eu conjurar uma Maldição, como supostamente tinha feito com Lilá. Ignorei e continuei a andar, recebendo diversos desses olhares no caminho. Andei de cabeça erguida até encontrar Harry e Rony conversando perto de uma das grandes janelas. Cheguei perto e quando Rony me viu, fez um sinal para Harry parar de falar. Fingi que não havia notado o gesto.

-Olá Mione, tudo bem?-Os dois disseram juntos, me fazendo rir.

-Claro. Hum...Harry, você pode me emprestar a Edwiges?

-Ué, não pode usar uma das corujas da escola, Mione? Acho que ela foi caçar.

-É que a carta é para longe e a Edwiges é melhor para localizar pessoas, que hum...não são fáceis de serem localizadas.-Eu disse e ele pareceu entender, pois logo sussurou baixinho o nome do Krum, talvez para não irritar Rony, que nos olhava curioso. Afirmei com a cabeça quase imperceptivelmente, mas Rony pareceu ter entendido quem era, já que fechou a cara.

-Você pode tentar, mas não garanto que ela vai estar lá.-Ele disse e eu concordei.

-Tchau, meninos.-Eu disse e saí, deixando um bufante Rony para trás.

Fui para a torre e por sorte, a encontrei lá. Ela não se opôs ao meu toque e logo se pôs a voar. Fiquei observando-a até ela se tornar apenas um pontinho preto e depois fui para o quarto me arrumar."

Obliviate | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora