Final - Parte 1

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-Eu tô cansada, Draco. Por favor, saia.-Eu estava muito curiosa para saber o que ele queria conversar comigo, já que provavelmente iria preencher com todas as lacunas da minha memória, mas ao mesmo tempo eu sabia que não iria ficar feliz. Então não vi problema em fingir cansaço. Caramba, eu tinha passado por um desfibrilamento, me dêem um desconto.

Eu tive o Draco por um tempo e, pelo que eu pude sentir da pequena e mais jovem "eu", realmente eu o amei. E agora, ele estava namorando e eu tinha perdido minha chance. Me doía saber que eu nem lembrava dessa chance até alguns dias atrás. Eu acreditava ser feliz o suficiente com a minha vida, mas não dizem que você não sabe o que é felicidade até a encontrar?

-Não vou demorar.-Ele não parecia realmente disposto a sair dali e eu cedi em silêncio.-Eu nem sei como começar. Talvez devesse pedir desculpas.

-Eu que te devo desculpas, na verdade. Eu sei que era para defender sua honra naquele dia em que lançou o Obliviate e eu te culpei sem nem saber a verdade.-O cortei.

-Você não entendeu ainda, né? Desde o dia do baile, eu comecei a desenvolver, hum...sentimentos por você. No início era ódio por você ser melhor em tudo, por ter amigos leais e verdadeiros. Como você, uma sangue-ruim...-Bufei. Mesmo tendo passado anos sem ouvir aquilo, bem, ainda era uma ofensa.-Desculpe. Como eu, tendo o sangue mais puro do que você jamais teria, não conseguia ser melhor que você? Foi só depois de algum tempo que eu descobri que não te odiava de verdade. Era admiração.

-Nós tivemos oportunidades iguais, Draco, e você fez o que fez sabendo as consequências. Não, espera. Não tivemos oportunidades iguais. Você era rico, "sangue-puro" e tinha um pai influente. Então por que me admiraria?

-Porque, bem, você é você. A "sabe-tudo" que conseguia se meter em tudo o que acontecia e ainda ter as melhores notas. Era amada pelos pais, pelos amigos, pelo diretor, pelos professores. Quer dizer, menos o Snape.-Ele riu e eu, sem saber o que fazer, o acompanhei.-Enfim, eu comecei a perceber que queria te ter por perto. Aí entrou o Krum. Desde o baile, eu não conseguia olhar na cara dele sem ter ódio. Ele era seu amigo e vocês quase namoraram. E isso me incomodava muito.

-Por que não me contou?

-Por que eu faria isso? Não tinha jeito de sermos amigos. Eu era um garoto idiota que só se preocupava com o que falariam sobre sua família. E olha a ironia de tudo, agora meu pai está em Azkaban e minha imagem tão importante está desfigurada.-Ele falou com ironia.

-Se faz você se sentir melhor, você tá sempre na televisão daqui. A Sra.Nancy adora falar de como você é isso e aquilo.-Eu não sabia porque estava o consolando, mas ele riu.

-Depois de tudo o que a gente viveu, eu percebi que eu realmente gostava de você. Mas também percebi que você nunca estaria comigo e que só tinha olhos para o Ronald. Então eu resolvi seguir o papel que todos esperavam como "inimigo de tudo e todos" e passei a te ignorar.-Parecia difícil para ele admitir aquelas coisas. Coisas, essas, que eu jamais pensei que ouviria de Draco Malfoy, só para constar.

-Olha, tudo bem. Eu te perdoei desde o momento que descobri que você não tinha me lançado um Obliviate por querer.

-A história não é bem assim, Hermione.

-Então me explica. Já que não vai sair daqui mesmo.

-Edward planejava fazer coisas terríveis com você. Não foi por minha causa que ele estava olhando aqueles venenos todos. Eu sabia o que ele estava planejando e lancei um Obliviate nele. Não contava que ele usaria um escudo. Foi até bem esperto. Na hora eu fiquei com muito ódio, mas depois eu entendi que seria melhor. Para você e para mim.

-Não parece uma decisão tão boa agora.

-Mas naquela época era. Eu espalhei um boato que você tinha se machucado gravemente enquanto estudava sozinha. Foi fácil acreditarem. Quando souberam que "tinha perdido a memória" ficaram com tanto medo de você não reagir bem quando soubesse das últimas semanas que não mencionaram nada.

-Eu imaginei. E por mim tudo bem, Draco.-Ele suspirou parecendo ter tirado coisas que ficaram guardadas por anos.

Eu não tinha percebido o quanto eu tinha me aproximado de Draco enquanto ele falava, mas estava perto o suficiente para sentir o seu hálito. Eu sentia ele me olhando, mas não conseguia desviar o olhar da boca bem na minha frente. Nos aproximamos.

^^

Okay, menti. Não deu 1000 palavras, mas foi quase meu povo. Enfim, HELLOOO, IT'S ME 🎵 Mano, já estamos quase no final. Que bad! Estou decidindo ainda se teremos 3 partes no capítulo final ou não, mas independente disso prometo postar rápido.

AVISO: Vou começar a postar uma nova história daqui a uma semana. NÃO, não é sobre Dramione nem nada, mas acho que todos aqui vão adorar ler tanto quanto eu adorei escrever. No final do "Final - Parte 2" eu posto a sinopse, okay?

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Obliviate | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora