Dois - Palavras mudas

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"O resto é silêncio."  William Shakespeare

O dia começara bem para Jenny e ela sabia que junto com o dia viriam as obrigações. A senhora Waltson depois de muito tempo cedera a Jenny sobre a vinda de Daniel para ajudá-las.

"É a primeira pessoa que eu conheço nessa cidade, por favor! Se ele fizer alguma coisa a senhora pode ir fala com a mãe dele. Ele mora no finalzinho da rua". Só depois Jenny descobriu que não lhe perguntara o nome da mãe. Mas por enquanto, isso não era importante. Ela iria começar uma amizade do zero, como se estivesse no jardim de infância.

- Acho melhor nós irmos visitar a cidade o que você acha, Jenny?

- Por mim tudo bem, mãe. Só deixa eu me arrumar! – Gritou lá do primeiro andar, onde era o seu quarto, e foi vasculhar algo para se tocar. Pegou outro vestido, dessa vez um verde esmeralda soltinho. Algo sobre o guarda-roupa de Jenny: Você só vai encontrar vestido.

As duas saíram como nos velhos tempos e conheceram as pessoas na rua e na cidade. O passeio durou somente duas horas, mas tinha sido o bastante. A cidade não tinha muita coisa para olhar. As casas eram todas fora do centro da cidade. O que tornava o lugar ainda mais calmo. Se a pessoa quisesse mesmo alguma movimentação teria que ir para o cento onde teria a pracinha, que as crianças adoravam. E algumas lojinhas pequenas que Jenny não prestou muita atenção. Só viu a loja que em breve seria a da sua mãe.

~

Daniel como sempre deixou a sua mãe falando sozinha e seguiu para a casa das Waltsons. Ele precisava fazer alguma coisa nova. Ou ele enlouquecia ou ele saia. Afinal ele só teria dois meses de férias. Chegando à casa branca de estilo vitoriano, com rosas vermelhas. Apertou a campainha. Como ele tinha medo da mãe de Jenny teve vontade de ir embora, mas a senhora Waltson atendeu a porta e ele não poderia fazer mais nada com aqueles olhos vigilantes em cima dele. Para Daniel esse foi um dia de bico. Só que sem dinheiro, foi só por uma boa conversa.

- Estou muito cansada! Como nós trabalhamos! Mas a casa está em ordem. Obrigada. Estou muito ansiosa com a mudança. – Jenny não fazia ideia de como o seu rosto mostrava a sua fadiga.

- De nada! Agora, quer saber um lugar bom para relaxar? - Ela fez que sim com a cabeça – Vem que eu mostro.

Jenny seguiu Daniel sem medo, ela tinha uma boa impressão do garoto. Desde pequena ela tinha uma sensibilidade em saber quem presta ou não. Mesmo sem conhecer Daniel direito ela sabia que ele não iria fazer-lhe mau. Saíram pela cidade até um pequeno lago. Não era tão longe da cidade e o dia ainda estava claro, os passarinhos começavam a voltar para os seus ninhos quando eles chegaram.

O lago tinha duas margens, uma alta e outra baixa. Para se chegar mais perto do lago eles tinham que atravessar em uma pequena ponte de madeira, estava escuro, então não dava para saber qual era o verdadeiro estado da ponte.

- Era pra cá que eu vinha se eu não tivesse pisado em suas rosas. É um lugar onde eu gosto de colocar a cabeça no lugar. Descobri esse lugar por acaso, mas depois eu falo disso. E aí o que achou? – Mas logo o seu sorriso desapareceu. Jenny estava chorando, parecia que ela não queria que ele soubesse por que não emitia som nenhum. Ele a abraçou e não disse mais nada.


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