Nove - Armações

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"A confiança demora anos para construí-la e segundos para destruí-la!" Maik Alves


- Mãe! Mãe!

A senhora Waltson levou um susto, enquanto estava fazendo um embrulho, para uma cliente que fez cara feia para Jenny e Lisa.

As duas entraram na loja como se uma coisa muito grave ou importante estivesse para acontecer naquele momento. O que deixou a senhora Waltson preocupada. Ela nunca vira Jenny daquele jeito.

Os seus cabelos ondulados estavam presos em seu rosto por conta do suor e seu rosto estava corado por conta da corrida, para completar parecia que Jenny não sabia mais respirar direito, parecia que ela queria mais e mais oxigênio. Lisa estava do mesmo jeito que Jenny.

- Meninas, o que houve? – A senhora Waltson parou de fazer o embrulho nas rosas brancas da senhora, que tinha mostrado não ser nada amigável para com Jenny e Lisa.

- Mãe, você tem que escutar o que Lisa tem a dizer! É sério – Jenny colocou as mãos no joelho e colocou mais oxigênio pra dentro do corpo, - escute.

Jenny olhou para Lisa como que estivesse passando a fala para ela. Só que Lisa não conseguia falar nada. Ela estava querendo só se sentar e a palavra água estava saindo de sua boca. A senhora Walton saiu detrás da mesa onde ela fazia o embrulho e foi pegar o pedido de Lisa.

A cliente olhou para o relógio.

Jenny ficou olhando para a pequena lojinha da mãe. Ela era aquelas lojas que você tem vontade de passar o dia todo olhando. Tirando o calor que fazia ali, você poderia passar o dia todo olhando mesmo. Jenny ainda não sabia como a sua mãe aguentava aquele calor. A loja era repleta de flores de todos os tipos, tanto Orquídeas, Jasmins, Girasóis, até uns que Jenny nem sabia o nome. O cheiro era o melhor, nenhum cheiro específico, era como ficar drogado sem ficar doidão.

Jenny pegou o copo que a sua mãe lhe oferecia e bebeu a água sem parar para respirar.

A senhora já estava ficando impaciente e Jenny queria saber o que é que ela tinha para fazer de tão urgente em uma cidade pequena, que não tem absolutamente nada para se fazer. Mas depois Jenny reparou que ela não estava vestida que nem as pessoas daquela cidade. Ela estava de Jeans colado com uma blusa de algodão preta por cima de uma blusa social, estilo de homem, só que para mulheres, e usava salto. Parecia ser de alguma agência. Ela deve ser muito importante, deve ter vindo da cidade grande e deve ir embora hoje mesmo.

A senhora Waltson percebendo isso foi logo terminar de fazer o embrulho da mulher. Feito isso, a mulher foi embora dando um sorriso amarelado para Jenny e Lisa.

- Mulher estranha – disse Jenny.

- Nada de estranha, minha filha, só um pouquinho apressada por sinal.

- Mãe, Lisa tem uma coisa para lhe contar – Jenny subitamente lembrara o que a trouxera para a loja de sua mãe.

Lisa que estava ainda olhando para a saída pareceu desnorteada quando escutou o seu nome.

- Primeiro, Olá Lisa, como vai?

- Eu vou bem, senhora Waltson, obrigada – disse Lisa, colocando o copo em cima da mesa.

- Pronto. Bem melhor, o que você tem para me falar, Lisa?

- Mãe, antes de vocês começarem a falar, saiba que é sobre o Daniel.

A senhora Waltson fez uma cara de quem não estava gostando nada do que estava acontecendo. Lisa viu a cara dela e começou a tremer. A bile subiu pela sua garganta e ela renegou-a e começou a falar a mesma coisa que tinha dito naquela tarde para Jenny.

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