Capítulo 20

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Se eu gostasse de clichês ou se minha vida fosse normal, teria achado estranho acordar com vários pares de olhos e  sobrancelhas grossas me olhando.

E posso dizer uma coisa. Foi até reconfortante!

Héctor me olhava de olhos espremidos e Enzo estava pálido. 

- É... Acho que não morri!- disse já me levantando, mas alguém segurou meu pé.

E era isso, eu desmaiei e não fui levada para um hospital. Mas sim para o vestiário dos meninos do basquete. Que bizarro.

Eles me deitaram em um banco e ficaram ao meu redor, suponho que esperado eu acordar, e também tinha uma enfermeira cutucando meu pé.

- Quieta mocinha! - Rosnou a enfermeira. 

Mocinha?

Mocinha é a mãe!

Eu revirei os olhos e só então percebi o quanto o vestiário estava cheio.
Estavam aqui James,  Muh, Liss (com uma carranca das bravas), Igor, Héctor, Enzo e...

Nossa ela era tão bonita! 

Ele segurava a cintura de uma mulher branca de cabelos compridos pretos, e com olhos tão azuis que deu até invejinha.

Será que era a CIBELY? 

Ai god!

Ele percebeu os meus olhos arregalados e balançou a cabeça rindo. Era minha cunhadinha-não-cunhadinha mesmo.

- Você está bem? - Ela perguntou me olhando e fazendo um bico.

Foi na hora que percebi a minha cabeça doendo pra cacete.

- Eu estou com muita dor de cabeça!  Eu quero ir pra casa.

- Eu disse que deveríamos ter levado ela para o hospital! Tem que fazer um raio X ou um emogr...

- Quieta esse facho aí! - eu rosnei para Héctor. - Eu só quero ir para casa.- choraminguei.

Héctor passou as mãos no cabelo frustado e pegou o celular discado um número qualquer.

Enzo conversava baixinho com Cibely que assentia séria.

Liss estava brava conversando aos murmúrios com Murillo. Vagabundo!

Os meninos tinham saído mas antes avisado que iriam me visitar em casa.

Minutos depois Rich e mamãe vinheram me buscar e finamente eu pude ir para casa.

E o que aconteceu com o cenário? 

Pegou fogo a metade! E bom,  Pietro não é um dos seres humanos mais feliz do mundo com tudo isso.

Já em casa eu fui medicada, alimentada e cheia de paparico dos meus pais e Matt.

- Vou fazer uma sopa forte para você menina! - Ela dizia.

- Matilde! Eu estou bem, sabia? - Eu falei rindo - Nada de comida de doente! - Bocejei - Vou dormir um pouco.

Ela saiu do quarto após dar um beijinho na minha testa e dizer que não estava nem aí. Ia rolar sopa e pronto!

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Eu tinha acabado de acordar, a manhã era nublada e eu mal tive coragem de levantar para escovar os dentes. Assim que me embrulhei novamente ouvi um "toc toc " na porta e disse que poderia entrar.

Era James.

Eu sorri ao vê-lo ali, me visitando e trazendo uma bandeja com café da manhã.

Bendito seja.

Operação PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora