Cap. 17 - Struggle for control

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N/a: Oioioi. Estou postando todo os dias porque tenho conseguido escrever muito, mas não sei até quando vou postar todo dia. Se vocês estiverem gostando, por favor, divulguem.
Amo vocês,
Beijosss.

Lauren's POV

Molhei meu rosto com água e encarei o espelho. O banheiro estava tão escuro que mão pude enxergar-me. Bolsas roxas se encontravam em baixo de meus olhos, olheiras.

Eu ouvia vozes sussurrando coisas ininteligíveis.

Me olhei no espelho mais uma vez.

A parede atrás de mim estava escura, parecia um vulto.

Molhei meu rosto mais uma vez.

Dois olhos castanhos me encaravam, um castanho especial, brilhante.

Chris.

Quase gritei. Me virei para trás bruscamente e não tinha ninguém lá. Os sussurros continuavam. Aqueles olhos...

De repente tudo ficou escuro. Eu não via nada, não sentia... mas os sussurros continuavam, aumentavam progressivamente. Levei as mãos a meus ouvidos e os tapei, mas os murmúrios só aumentavam. Agrediam meus tímpanos. Eu estava completamente apavorada. Abri os olhos.

Os mesmo olhos me encaravam, perdidos na escuridão. Eu não aguentava olhar para eles, doía. Doía.

Fechei os olhos mais uma vez e a escuridão voltou. Os sussurros pareciam gritos agora, completamente insanos e descontrolados.
Eu me sentia diminuta, fraca. Meu coração completamente disparado.

Pavor.

Minha cabeça doía. As vozes macabras se aproximavam... Pareciam estar ao pé de meu ouvido. Senti mãos grotescas tatearem minha pele.

Meu deus.

Meus joelhos tremiam, meu sangue latejava, eu estava em pânico. Queria sair correndo, mas as mãos me seguravam. Socorro. Aquelas mãos excruciantes, imundas, pálidas... me apertavam, aquelas vozes gritavam na minha cabeça.

Tentei gritar, bater, esmurrar, me soltar, correr mas... nada. Eu tremia de medo. Eu reconhecia aquelas vozes...

Meu peito subia e descia violentamente quando acordei, gotas de suor escorriam por meus cabelos. Ainda estava escuro, mas eu não queria dormir, não queria...

Camila's POV

Sofia apertava as teclas do piano com seus dedos pequenos e delicados. Ela já conseguia tocar uma música. Seus olhinhos quase negros concentrados nos movimentos, o cabelo preso para trás. Eu a observava com um sorriso bobo no rosto, sentada ao seu lado no banco do piano.

A agilidade de seus dedos era incrível, aquelas unhas pequeninas. Sua paixão e devoção eram cativantes. Tocou a última nota e me olhou, como quem busca aprovação.

- Sofia, foi maravilhoso! - lhe dei um abraço. - Você toca muito bem, meu amor.

- Obrigada, Kaki. - ela sorriu.

- Ei, meninas, vamos comer. - ouvi a voz de meu pai nos chamar.

- Estamos indo.

[...]

Passei a segunda-feira de feriado toda com minha família, éramos muito unidos. Mesmo com o passar do tempo, nada mudava, eles eram tudo para mim.

Já estava de noite, eu lia, ou melhor, tentava ler um livro mas não conseguia me concentrar. Peguei o telefone e decidi mandar uma mensagem.

[21:43] Para Keana: Oiii

ConfusedOnde histórias criam vida. Descubra agora