Cap. 30 - Self hanging

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N/a: Algo como três ou quatro capítulos nos separam do fim, não sei se estão gostando do rumo que a história está tomando, mas foi assim que imaginei e, bem, é isso. Se não estiverem gostando critiquem, por favor, as críticas são muito importantes, até porque eu não sei o que vocês estão achando. Mas, obviamente, eu espero que estejam,
Beijos.

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O corpo despido de Camila perdido no emaranhado de edredons na extensa cama do Fontainebleau parecia me atrair, mas me apressei em vestir minha roupa, caída no carpete escuro do quarto. Arrumei meu cabelo para parecer minimamente apresentável, dei uma última olhada na expressão serena no rosto de Camila e deixei o quarto.

Desci pelo elevador principal, observando, com deleite, a vermelhidão da aurora à leste, delineando os arranha céus da cidade. O lobby do hotel estava vazio. Louis me esperava na porta do hotel, batendo papo com o manobrista.

- Ah... oi, Lauren - cumprimentou, se desencostando da parede.

- Oi

Seu sedan preto estava parado logo à frente do hall de entrada. Entramos no carro e ele logo pisou no acelerador.

- Você se encontrou com o advogado? - Perguntei.

- Lauren... sua mãe vai te matar, vocês vão perder grande parte do dinheiro - falou, receoso.

- Ainda sobrará a outra grande parte, minha mãe vem de uma família rica. - Lhe expliquei. - Você deveria estar feliz!

- Eu estou... por mim, mas temo por você.

- Quanta bondade! - Ironizei. - Seu coração é tão puro que me impressiona. Minha mãe nunca saberá que eu delatei meu pai. Nunca. Pedi para que Charles mantivesse a discrição.

- Seus planos nem sempre dão certo, você sabe. Se você tem certeza, entretanto, que a vontade de deus seja feita. - O olhei, incrédula.

- Você é religioso?

- Não - disse, com um sorriso divertido nos lábios.

Depois de poucas curvas, chegamos ao escritório de Charles. O prédio era quase tão alto quanto o da empresa de meu pai. Subimos pelo elevador acabado em aço e tocamos a campainha da sala. A porta preta se abriu revelando um homem de ombros largos e traços rígidos. Em meio a seus fios majoritariamente negros, algumas excessões prateadas começavam a aparecer.

- Prazer, Charles Davison. - Ele me estendeu o pulso, apertei sua mão e gentilmente me apresentei:

- Lauren Michele.

- Entrem, por favor. - Convidou, gesticulando para o interior de seu escritório.

A julgar pelo terno bem cortado que usava e a decoração opulenta do recinto, ele realmente era um advogado bem sucedido.

Nos sentamos à mesa. Charles se levantou e buscou em suas prateleiras uma série de papeis, que colocou organizadamente sobre mesa.

Antes que pudesse falar alguma coisa, a porta se abriu e outro homem entrou, igualmente bem vestido, porém, seus cabelos eram castanhos e não era tão corpulento quanto o advogado. Julguei ser Adam, o detetive que eu havia contratado para trabalhar em conjunto com Charles.

- Bom dia, senhores. Sou Adam René. - Disse, antes de se sentar na mesa redonda. - Você deve ser Lauren e você... - ele apertou os olhos na direção de Louis.

- Louis - replicou o garoto.

- Vamos direto ao ponto, não temos tanto tempo quanto precisamos. Eu consegui, sim, juntar provas o suficiente para incriminar seu pai. Não foi difícil. Suborno, Cartel, Monopólio. Todos crimes relacionados a economia e a seus negócios, porém... encontrei uma peculiaridade - o senhor René falava com cuidado e clareza. - Não sei ao certo, quer dizer, não investiguei o suficiente. Mas... Seu irmão - senti meus músculos tensionarem. - Ele... desapareceu.

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