Cap. 4 - Party

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Lauren's POV

    Finalmente era sábado. O sol esquentava as calçadas da cidade de Miami como faz em grande parte do ano. Agradeci por estar dentro do carro com o ar ligado, lá fora, provavelmente, a temperatura devia ultrapassar os trinta graus. Eu seguia em direção ao shopping, acompanhada de minha mãe.

- Filha, seu pai chega amanhã.

- Hm. - fiz uma cara de desânimo

- Não fica assim. Você sabe que ele precisa trabalhar.

- É, mãe, eu sei.

   Permaneci em silêncio durante o resto do caminho até o shopping. Entramos no shopping. Eu precisava comprar uma roupa para hoje. Tinha falado com as meninas que iria com um vestido preto, mas eu na tinha desistido da ideia, comprar roupas novas era sempre a melhor opção.

- Qual loja você quer ir filha?

- Não sei. Pode escolher.

- Ok, então.

   Fomos a umas cinco lojas, comprei muito mais do que o vestido que eu precisava. Já eram quase 5 da tarde. As sacolas machucavam meus braços pelo caminho até o carro. No caminho de volta, minha mãe parou na frente da casa de Veronica, peguei dentro da sacolas o vestido que tinha escolhido e minha bolsa com o resto das coisas que eu precisava pra me arrumar.

- Tchau, mãe. Amei nosso dia.

- Beijos, filha, boa festa. Te busco aqui amanhã de manhã, você me liga. E olha o juízo, Lauren Jauregui!

- Pode deixar, mãe. - falei lhe mandando um beijo no ar.

   Bati o interfone.

- É a Lauren.

- Oi, Lo. Vou abrir.

   Subi até o apartamento, apreciando a bela estrutura do prédio de Vero, não que eu nunca estivesse estado ali, eu praticamente morava lá, mas amava o estilo daquele prédio, que misturava o clássico ao comteporâneo. Arquitetura era um assunto que realmente atraía minha atenção. A porta estava aberta quando cheguei. As quatro meninas estavam na sala, acho que os pais de Vero haviam viajado, pois uma música alta preenchia o ambiente. Era o remix de Summertime Sadness, da Lana Del Rey, minha cantora preferida.
    Camila estava de costas, ainda não tinha me visto. Não sei o porquê mas me deu uma vontade de assusta-la. Me aproximei furtivamente e coloquei as mão nos ombros de camila com violência, antes de gritar na tentativa de assusta-la:

- OOOOI. - senti seus ombros tremerem e sua mão bateu no copo de água que repousava na mesa, derrubando-o. Eu não conseguia parar se rir da falta de jeito de Camila. As meninas faziam o mesmo.

- Puta que pariu, menina. - esbravejou.

- Brinks, Camz. - falei a abraçando. Amava seu abraço e o conforto que me trazia.

   As coisas tinham ficado estranhas entre nós depois do dia que fui estudar em sua casa, mas a garota passou a me tratar normalmente e fiz o mesmo. Na minha cabeça as coisas estavam diferentes, não sei exatamente como, mas algo mudou. Não tinhamos mais a mesma intimidade de sempre e eu pensava duas vezes antes de falar algo com ela, como se pudesse deixar algo constrangedor escapar. A televisão estava ligada num documentário sobre a morte de Osama Bin Laden.

- Gente! Gente! - Camila chamava nossa atenção, olhamos para ela, que continuou. - Posso contar uma piada?

- Não. - Dinah e Vero falaram em coro. Elas consideravam as piadas de Camila péssimas.

- Pode. - falei. Lucy não se pronunciou.

- Vou contar. Por que os filhos do Bin Laden gostam muito dele? NÃO ME RESPONDAM. - ela esperou alguns segundos para fazer "suspense" e continuou. - Porque papai OSAMA.

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