05. De cabeça para baixo

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Observei de camarote o plano de Sam ser um fiasco.

Tenho quase certeza que aquele era o pior "plano" que o Winchester mais novo havia sugerido e Dean parecia compartilhar do mesmo pensamento.

Não é como se nós tivéssemos muitas opções no momento já que nossas pistas eram demasiadas rasas.

Dean e eu estávamos de tocaia na rodovia próxima a interestadual enquanto Sam estava andando de um lado para o outro falando ao telefone com o irmão.

— ... tem alguém se aproximando. Vou desligar. — e sem rodeios ele desligou.

Ou ele podia simplesmente ter deixado o celular ligado para que escutássemos a conversa com o nosso visitante misterioso e pudéssemos fornecer algum tipo de ajuda o mais rápido possível caso as coisas saíssem do controle.

Dean desviou seu olhar da estrada a frente para o meu rosto e num aviso silencioso pegou sua arma indicando que eu devia fazer o mesmo. Observamos, ambos tensos, enquanto uma figura se aproximava de Sam parecendo se arrastar. A ansiedade de que tudo poderia dar tudo certo fez com que meu estômago se revirasse.

Dean gargalhava enquanto Sam explicava toda a situação a nós dois após voltar.

— Eu disse que era um péssimo plano. — comentou entre risadas.

Sam rolou os olhos, irritado.

— Estou aberto a sugestões, gênios. — Sam nos encarou enquanto eu dava de ombros com Dean ainda rindo. — Foi o que eu pensei.

O Winchester mais velho puxou o ar com força tentando se recompor.

— Você não deu dinheiro pra ele, né? — Sam deu de ombros parecendo não se importar. — Caramba, Sammy! — ele exclamou voltando a rir.

Balancei a cabeça, suspirando.

— Sempre sendo um bom samaritano. — disse recostando o corpo no banco do Impala enquanto Dean dava partida, saindo daquele lugar bizarro.

— Até demais. — Dean murmurou. Seu rosto estava levemente ruborizado devido a seu ataque de risos repentino e uma pequena de mim queria ter rido também.

— Vocês podem parar de conversar como se eu não estivesse aqui? — Sam suspirou, massageando as têmporas. — Melhor voltarmos...

O toque do celular de Sam ecoou pelo carro.

— Não me diga que deu seu número pra ele também? — Dean provocou.

Sam ergueu o dedo do meio para Dean antes de atender a ligação.

Agente Ward. — Sam disse. — Agora? Tudo bem. Me mantenha informado, amanhã estarei aí. Ok. Eu agradeço.

Estreitei os olhos.

— Alguma novidade? — decidi perguntar.

— Outra pessoa desapareceu. — Sam informou. — Nosso assassino sobrenatural decidiu atuar em outro lugar.

Tombei a cabeça para o lado, pensativa.

— Talvez ele tenha percebido que estávamos atrás dele. — sugeri. — E esteja tentando nos confundir.

— Então ele sabe quem nós somos. — Sam constatou ficando tenso.

— Nós temos milhares de opções. — Dean interrompeu o irmão. — Não é como se ele fosse mostrar os dentes afiados e dar um oi pra gente.

Meu olhar foi de encontro ao rosto de Sam pelo retrovisor; ele parecia considerar o que o irmão havia dito.

— Mais alguma coisa? — perguntei ao ver a placa do motel surgir em meu campo de visão.

Only Human (Supernatural)Onde histórias criam vida. Descubra agora