19. Eu confio em você

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Tombei a cabeça para o lado vendo Sam extremamente concentrado enquanto observava as filmagens que Dylan tinha enviado.

— Dylan é realmente bom no que faz. — Sam pontuou comigo assentindo lentamente. Se Dylan Blake sequer ouvisse Sam confessar isso, ele não iria parar de se gabar nunca mais. — Acha que devemos voltar para Illinois e investigar mais a fundo?

Girei o corpo, deitando de lado no estofado desgastado do sofá.

— Bobby sugeriu isso também. — disse. — Mas acredito que não tenha mais nada por lá, além disso. — gesticulei para o notebook. — Pelo menos o xerife nos contou tudo o que sabia.

Sam desviou o olhar do computador para o meu rosto, brevemente.

— Ele não sabia ou não se lembrava? — ele ergueu suas sobrancelhas. — Existem milhões de maneiras de enganar alguém.

Encarei Sam negando com um meneio em reprovação.

— Ele não parecia um ser maquiavélico que estava disposto a nos enganar. — respondi. — Suponhamos que você esteja certo... não é como se fossemos fazer ele se lembrar.

Sam abriu um sorriso presunçoso.

— Se ao menos tivéssemos um anjo na nossa família. — ele riu. — Ia me esquecendo, nós temos.

Nossa família. Desviei o olhar para o teto, tentando evitar que Sam percebesse o quanto suas palavras tinham me pegado de surpresa.

E Samuel Winchester tinha acabado de tirar uma com a minha cara?

— Nem ao menos sabemos onde Castiel está. — observei, franzindo o cenho. — Precisamos fazer uma oração ou existe alguma espécie de disque anjo?

Sam soltou uma risada nasalada.

— Ele só atende as orações de Dean. — ergui uma sobrancelha. — O Cas tem um celular. — ele completou.

Soltei um suspiro, abrindo um sorriso em seguida.

Disque anjo. — soltei uma risada.

Sam balançou a cabeça rindo.

— Só mande uma mensagem perguntando se ele pode ir até Illinois para conversar com o delegado novamente e descobrir se ele estava omitindo alguma informação crucial. — ele jogou o celular em cima do meu corpo. — Seja gentil.

Arqueei uma sobrancelha, levemente ofendida.

Outch! Algumas pessoas diriam que eu sou um doce. — peguei o celular de Sam, procurando o nome de Castiel na lista de contatos e para a minha surpresa o número estava ali.

— É mesmo?

Concordei.

— Bobby, por exemplo.

— Não coloque palavras em minha boca, criança! — a voz de Bobby atraiu nossa atenção. Fala sério! — Pensei que já estivessem dormindo.

— Uma ajudinha cairia bem. — sugeri, vendo Bobby balançar a cabeça.

— Por que não pedem ajuda para Dean?

— Ele está roncando no sofá. — indiquei para o outro cômodo, onde Dean estava desmaiado em um dos sofás e roncava audivelmente. — E por mais que seja tentador, Sam me convenceu a deixá-lo dormir. — curvei os lábios, desapontada.

Bobby concordou.

— Não me avisem caso precisarem de algo. — ele disse. — Boa noite, crianças.

Only Human (Supernatural)Onde histórias criam vida. Descubra agora