13. Ghostbusters pt, I

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— Definitivamente não. — Bobby disse pela quarta vez.

Rolei os olhos, cruzando os braços na altura do peito.

— Por que exatamente? — perguntei.

— Além de ser um caso em outro estado? — Bobby ergueu as sobrancelhas. — Nós vimos bem onde isso a levou da última vez.

Contive a vontade de proferir uma interminável lista de palavrões para o caçador que me encarava com o semblante impassível.

— Vocês correm os mesmos riscos do que eu. — disse, respirando fundo. — Não venha com essas desculpas esfarrapadas. Você sabe muito bem que sou mais do que capaz de lidar com isso. — foi inevitável o sorriso presunçoso que surgiu em meus lábios.

Os olhos de Bobby estavam incandescentes e brilhavam com raiva.

— Sua arrogância não vai tornar as coisas melhores. — ele disse. — A excursão com seu namorado na Califórnia não foi o bastante? — Bobby indicou para o braço que ainda possuía uma faixa ao redor de meu pulso. Trinquei o maxilar. — Tenho certeza que ir atrás vampiros serviu para melhorar a porcaria do seu pulso, Chermont!

Soltei uma risada fraca.

— Estou aqui, não estou? — rebati.

Brigar com uma barbie vampira quando tinha visitado um bar que os gêmeos Blake costumavam frequentar não estava exatamente nos meus planos, mas em minha defesa ela realmente tinha perguntando se eu socaria o rosto estupidamente perfeito e imortal dela. Felizmente ser amiga de longa data do líder daquele clã me conferia certa imunidade e não esperei até ver onde aquela imunidade iria antes de deixar aquele bar as pressas com Dylan furioso ao meu encalço.

— Sério Bobby? — Sam balançou a cabeça parecendo tão transtornado quanto eu. — Nós precisamos dela, sabe disso.

Bobby permaneceu impassível.

Desviei o olhar para porta ao ver Dean surgir na sala parecendo determinado.

— Bobby... — ele abriu a boca e o Bobby ofereceu um dos poucos olhares que nos fazia calar a boca imediatamente.

— Nem tente dizer algo Dean Winchester. — ele repreendeu Dean. — Não acho que você esteja na posição de torna-las melhores.

Dean encolheu os ombros, desviando o olhar para o meu rosto. Eu tentei.

— Não está mais aqui quem falou. — Dean ergueu as mãos no alto num ato de rendição e deu meia volta para a biblioteca.

Voltei meu olhar para Bobby, incrédula.

— Inacreditável. — bufei impacientemente ao passar por Bobby e seguir pelo mesmo caminho que Dean.

— Desistindo tão rápido assim? — uma voz mais grossa soou as minhas costas me fazendo parar de caminhar.

Respirei fundo me virando para encará-lo.

— Você certamente se saiu melhor do que qualquer um de nós. — encostei meu quadril na mesa de madeira que ficava em frente a uma prateleira de livros.

Dean deu um sorriso amarelo antes de se jogar na poltrona de couro em minha frente.

— Ele não parece disposto a deixar que qualquer um de nós fale por muito tempo. — comentou encarando o teto. — Mas tenho certeza de que Sammy está se esforçando ao máximo para convence-lo nesse momento.

— Espero que ele se saia melhor do que nós dois. — disse, apoiando meus braços na mesa. — E que ele não tente usar seus métodos de persuasão... mas acho que isso seja algo exclusivo obtido através de anos de treinamento.

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