16. Ghostbusters pt, IV

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O cômodo estava estranhamente silencioso quando entramos. Alcancei o interruptor deixando a luz amarelada preencher o quarto. Franzi o cenho ao notar que Sam não estava em lugar algum.

— Não tínhamos deixado o Sam aqui? — Dean perguntou com o cenho franzido também. Seu olhar percorreu o cômodo em busca de qualquer vestígio de seu irmão.

— Ele disse que estava nos esperando aqui. — peguei meu celular, desbloqueando a tela e vendo se encontrava alguma mensagem de aviso. — Vou ligar pra ele. — murmurei, discando o número de Sam.

Soltei um xingamento quando uma melodia invadiu o quarto e Dean se moveu ao meu lado pegando o celular de Sam na mesa ao lado de sua cama.

Dean tensionou a mandíbula, respirando fundo.

— Vou ir atrás dele.

Neguei com um meneio tentando permanecer calma. Não fazia tanto tempo desde que Sam havia falado comigo e ele não tinha dito nada que indicasse que ele poderia estar em perigo.

— Ele provavelmente foi dar uma volta. — disse utilizando de uma tranquilidade que não sabia possuir. — E é sempre bom lembrar que ele está sem carro, gênio. — acrescentei.

O olhar fulminante que Dean lançou em minha direção foi o bastante para me informar que aquilo não era o suficiente.

— É do meu irmão que estamos falando, Chermont. — sua voz soou como aço. Ergui o queixo já imaginando o que viria a seguir. — Não que eu ache que você entenda o que....

Ergui a mão.

— Sam foi a única pessoa que sempre foi gentil comigo desde o momento em que nos conhecemos. Eu me importo com ele. — passei por Dean pegando minha mochila em cima da cama. — Esse é seu erro, Dean. — parei em frente a porta do banheiro, olhando por cima do ombro. — Presumir que sabe algo sobre mim quando você não sabe absolutamente nada, então faça um favor para nós dois e cale a boca.

Bati a porta do banheiro atrás do meu corpo. Encostando-me na mesma, respirei fundo enquanto uma imagem de Isaac com um sorriso largo surgia em minha mente. Engoli em seco, trancafiando a memória antiga no fundo de meu subconsciente.

Tirei o terninho com calma antes de me enfiar embaixo do chuveiro. Tomei uma ducha fria aproveitando para lavar meu cabelo, substituindo a roupa de antes por uma blusa e calça de moletom. Penteei os cabelos, tirando o excesso de água, saindo do banheiro em seguida.

Um sorriso fraco surgiu em meus lábios quando me deparei com Sam extremamente concentrado em algo que estava em seu computador.

— Como eu estava dizendo — ele suspirou, parecendo cansado. — Não há registros de onde a babá possa ter sido enterrada.

— E como eu disse: deveríamos dar uma conferida no quintal dos Hayes. — Dean comentou. — Eles podem muito bem ter enterrado o corpo lá. — ele deu de ombros.

Sam negou com um meneio.

— Os filmes que você anda assistindo estão nublando o seu bom-senso. — ele murmurou. — E mesmo que houvesse uma chance disso ser verdade seria impossível visto que as áreas que a piscina não ocupa estão todas cobertas de cimento.

Deixei minha mochila do lado da cama, sentando na mesma. Sam desviou o olhar da tela do computador para o meu rosto, abrindo um sorriso em seguida.

— Oi Ally.

— Oi Sammy. — dei um sorriso. — Ou eles podem ter cremado o corpo assim como fizeram com todos os outros corpos.

— A cremação geralmente só era oferecida para membros da família. — Sam informou. — Não encontrei muitas informações sobre Monica. — ele indicou para o computador. — 28 anos, solteira e não tem nenhum familiar vivo.

Only Human (Supernatural)Onde histórias criam vida. Descubra agora