Pequena psicopata

Capitulo 26

Narrado por Lanna

Minha visão escureceu,  e eu senti uma forte dor na minha cabeça. Ouvia pessoas falando, porém não conseguia falar, abrir os olhos ou até mesmo me mexer.
Logo que " acordei " senti-me fraca, com fome. "Me transformei" involuntariamente e rosnei para eles. Pulei a janela, e caí numa árvore. Cravei minhas garras no tronco grosso e amarronzado da árvore. Porém haviam espinhos, e eu me cortei diversas vezes. Quando cheguei ao final, saí correndo.
Corri, corri e corri. Como se minha vida dependesse disso. Tecnicamente depende.
Corri muito, e encontrei um beco. Me pareceu o lugar perfeito para uma emboscada.
Esperei um tempinho, e passou uma mulher. Engraçado. Essa mulher não me é estranha. Parece com a minha " mãe " adotiva. Pera é ela. A mulher que me maltratou por todos esses anos!
Lanna: como é bom ver-te Isabelle
Falei com um sorriso debochado no rosto.
Isabelle: Filha o que faz aqui?
Eu: Não me chame de filha sua bruxa desalmada!
Isabelle: escuta aqui sua menina ingrata! Eu te dei tudo! Do bom e do melhor!
Eu: Mas em compensação, me batia para estravasse sua raiva! Me fazia de empregada doméstica! E se eu cometesse um único deslize por menor que fosse ficava sem comer por dias!

Antes que ela falasse algo, enfiei minha mão em seu peito, e arranquei seu coração. E o comi. Depois os olhos, pulmões, estômago, intestino, rins, fígado, útero. Tudo. Quando estava acabando, ouvi passos, porém não me importei, pois pelo cheiro do perfume já sabia que era o Henrique. Logo acabei de comer.
Henequém : vem Lanna, vamos para casa.
Eu: Não! Aqui é o meu lugar! Na rua! Matando pessoas inocentes!
Henrique: não Alanna! Seu lugar é lá em casa! Com a lys! Com o James! Com a Leyla! E principalmente comigo!
Eu: mas... E se num dos meus surtos eu matar um de vocês? Eu nunca iria me perdoar!
Henrique: Lanna, pare de " se's " não vai acontecer. Vem logo antes que alguém te veja!
Fui com ele, porém lembrei-me que havia esquecido da melhor parte. Peguei o crânio da Isabelle e parti em dois. Retirei o cérebro e joguei longe o que restou do crânio.
Henrique: pra que isso?
Eu : ...lanche pra mais tarde...
Henrique : só você mesma Lanna
Ele riu brevemente. Entrei no carro dele, e ele não pareceu se importar com o fato de que o carro ficaria manchado de sangue. Fomos para minha casa. Por sorte, no banco de trás do carro havia um sobretudo preto. Eu o vesti. Descemos do carro, e subimos para o nosso andar. Quando entramos, vi James e Lys, vendo peppa.
Lys: James! Por favooooor, tira esse desenho!! Tá muuuuuuito chatoooo!
James: pera tá acabando!
Eu e Henrique começamos a rir escandalosamente. Literalmente, caímos no chão e rolávamos de tanto rir. Nisso, meu sobretudo abriu, e lys e James estavam olhando.
Lys:...
Antes que ela falasse algo, ela desmaiou. Henrique foi socorrê-la.
James foi para a cozinha e eu fui tomar um banho. 
Enchi a banheira, e logo após, coloquei sais de banho, e pétalas de rosas. Fiquei lá, por umas duas horas. Logo que saí, vesti meu pijama de porquinho, e fui para sala, penteando os cabelos.
James: Ai meu Deus! Peppaaaaa!
Ele me abraçou como se fosse uma criança. Não aguentei e comecei a rir. Ele também não aguentou. Parecíamos babuínos gritando. Logo nos acalmamos.
James: bom Lanna, gostaria de dizer a você, que mesmo com isso que aconteceu com você, eu ainda te amo, e espero que o nosso relacionamento continue o mesmo.

Eu apenas assenti com os olhos marejados. E o beijei. Um beijo de cinema.
Logo após, lembrei-me do encéfalo da Isabelle. Peguei-o no meu quarto, e coloquei na geladeira.
Fui no quarto da Lys. Não quero ficar brigada com ela.
Bati duas vezes.
Lys: pode entrar!
Coloquei a cabeça dentro do quarto. Quando ela viu que era eu, ela apenas suspirou.
Lys: para que veio? Já não destruiu minha vida o bastante?
Eu: lys , minha querida. Eu não fiz aquilo de propósito! Não sabia quem eram! Se eu não tivesse feito, eu provavelmente estaria morta.
Lys: mas do mesmo jeito!
Eu: eu sei o que você está sentindo princesa. Porém gostaria de fazer as pazes com você.
Lys: tudo bem, com uma condição.
Eu: qual?
Lys: você nunca mais vai me deixar com o tio James! Ele é muito infantil! Fica vendo peppa!
Eu: okay, eu prometo.
Nos abraçamos.
Lys: Lanna, vamos brincar?
Eu: claro linda. Quer fazer o que?
Lys: quero dançar no just dance!
Fomos para a sala. Foi muito engraçado. Dançamos umas 15 musicas, e depois caímos no sofá.
Henrique: vocês dançam bem!
Na hora, eu tenho certeza que fiquei da cor de um tomate.
Eu: você viu...?
Henrique: sim, eu vi tudo.
Ai meu Deus. Que vergonha!!
Coloquei uma almofada no rosto.
Henrique: olha que fofinha tá corada.
Ele retirou a almofada do meu rosto, e apertou minhas bochechas. Na hora, eu devo ter ficado muito mais vermelha.
E o James e lys só rindo.
Pera? James? Da onde essa criatura brotou?
Eu: então... Eu sei que sou linda e maravilhosa mas por favor parem de me olhar.
Falei brincando.
Eles começaram a rir.
E graças a Deus o Henrique parou de apertar as minhas bochechas!
Fui até a cozinha, e peguei um copo d'Água.
Voltei para a sala, e todos estavam sentados, vendo TV.
Sentei-me junto deles, e ficamos lá. Vendo TV até as 3h da manhã. A última coisa que me lembro, foi de sentir minha cabeça pendendo para o lado, e descansando no ombro de James.