Battlefield: The Beggining [Zerrie]

20. Surrender

Perrie despertou no meio da madrugada, não foi com o celular e nem por livre e espontânea vontade, e sim devido ao relógio/presentinho que tinha encontrado no galpão abandonado.

Eram 3:15 da manhã.

Ela calou o barulho insuportável de cuco e se levantou, vendo que irmã dormia pesadamente, e nem notou o toque do despertador. Perrie colocou o relógio perto do computador e fechou a janela pois ventava forte naquela hora, e viu que o bendito havia voltado a tocar e com raiva ela resolveu desliga-lo, mas percebeu que o problema estava em um papel preto grudado na parte da alavanca dele. Ela tirou o papel e seu nome estava como destinatário, ótimo, mais um bilhetinho.

"Temos novidades, esperamos que esteja interessada. Se vista a caráter, teremos um encontro no lugar de antes, mas agora poderemos nos ver frente a frente querida Perrie. Não achamos justo deixar sua amiga sozinha, então caso você queira encontra-la, se junte a nós."

Perrie deixou o bilhete em cima da mesa e foi até o guarda-roupa, não iria deixar que sua amiga ficasse em perigo sendo que o problema deles era com ela, e não com Katherine. Ela vestiu uma calça preta jeans, uma camiseta da mesma cor com rendas nas bordas e uma jaqueta por cima, calçou um tênis/salto e arrumou a bolça com algumas coisas, deixou o celular e olhou para a irmã, sentiu tanto medo naquela hora mas era o que tinha que ser feito.

Desceu as escadas com cuidado e saiu pela garagem como sempre, conferindo a gasolina e como estava tudo ok ela deu partida, tentou não pensar em prazos e se voltaria com pressa, tudo dependeria de alguém que não sabia quem era, mas iria descobrir.

Dirigiu com cuidado pelas vias de saída da cidade, sua mão tremia sobre o volante e ela respirava fundo tentando conter o nervosismo, cantarolou músicas, pensou em comida, em roupas, programas de TV mas nada tirava a sensação de estar indo para a guilhotina, ninguém sabia onde ela iria e nem fazia ideia que ela tinha deixado a casa, e quando notassem iria ser um furdunço, não queria nem pensar nos pais naquele momento.

Ela estacionou em frente ao galpão, travou o carro e caminhou até a mesma porta que tinha entrado na primeira vez, só que agora ela estava destrancada e as luzes acesas, mas o lugar continuava vazio. Perrie caminhou e pelos lados e não havia ninguém, o lugar estava praticamente deserto, mas alguém parou em frente ao beiral no andar de cima, e Perrie em um impulso fitou a pessoa, toda de preto e com capuz, que sombreava o rosto tampando parte do semblante.

O homem desceu as escadas sem tirar os olhos de Perrie parada no centro do galpão, ela estava com medo mas continuou retribuindo o olhar, teria que continuar demonstrando força para que "eles" pudessem continuar ajudando-a.

- Perrie, você sabia que é mais bonita de perto? - o homem que agora sem o capuz parecia ter meia idade falou caminhando até ela. Ela não respondeu. - Ótimo, agora sabe. Viemos conversar, eu e você.

- Qual é o seu nome? - ela perguntou com a voz falha.

- Isso não vem ao caso querida, o que importa é você. Sinto muito pelo seu término, nos redimimos com Zayn e acho que ele está até satisfeito com nosso presente de desculpas, mas tenho dúvidas porque, céus, que menino estranho - o homem se aproximou dela, Perrie sentiu uma raiva ao ver ele falando assim.

- Tá mas o que você quer, se sou que importo porque vocês raptaram minha amiga?

- Não seria tão fácil atingir você assim, de início. Precisávamos de uma isca, e conseguimos uma ótima, afinal você está aqui - o jeito dele de falar parecia como uma conversa de chá das 17:00, só que com um tom maléfico.

- Muito bem, agora estou aqui vocês podem deixa-la ir - Perrie disse e o homem balançou a cabeça negando.

- Isso não é uma troca, e sim uma adição. Com certeza você está nas nossas mãos, mas isso não significa que sua amiga está liberta. Se eu fosse você diria um tchau para sua casa, pois nós iremos hospedar você de uma maneira diferente - ele caminhou em torno dela e jogou uma mexa do cabelo louro dela para trás.