Prólogo

416 26 1
                                    


Eu me apaixonei por ele. Não sei ao certo por o que, mas talvez tenha sido pelo seu olhar sereno e misterioso, a sensibilidade e ternura por trás do brilho de seus olhos negros. Talvez tenha sido pelos seus lábios sabor de mel, que em cada movimento se acompanha uma torturante lentidão, quando morde o lábio inferior, ou passa a língua em seu contorno olhando para o chão, ou também quando faz um adorável e apelativo bico antes de me beijar. Ah o seu beijo. O toque de seus lábios nos meus é o movimento mais puro e malditamente perfeito, eu passaria o resto da minha vida sentindo não apenas o seu gosto, como o choque e os arrepios proporcionados pelo encontro de nossas bocas.

Talvez eu tenha me apaixonado por suas mãos e por seus braços, aquele que levavam para mais perto, braços que me aquietavam e me mantinham segura, que andavam pelo meu pescoço e cintura pelas calçadas e sempre me protegendo de tudo, quando eu estava ali envolvida eu me sentia segura e salva, salva desse mundo que não é nosso. Mãos que me acariciavam e que percorriam meu corpo, que quando pousadas em minha nuca me prendiam a ele, na face dele, nos olhos dele. Mãos que unidas as minhas se tornavam uma só e que juntas era sinal da nossa união, eu amava quando segurava minha mão, as suas eram compridas e cuidavam das minhas pequeninas em sinal de proteção.

O peito no qual minha cabeça relaxava, morada de seu coração, ou da parte física dele já que de tão grande não cabia no peito, nunca poderia entender essa parte de sua perfeição, mas também eu não tentava.

Enfim, eu ainda não sei pelo o que eu me apaixonei, mas sei que isso estava nele. Nunca seria tão sortuda e completa se eu não estivesse ao seu lado. Ele diz que me ama quando eu menos espero, acelera meu coração quando beija meu pescoço. É algo sobre o beijo dele, que contaminou meus lábios, melhor dos melhores, passa em todos os testes, faz meu coração bater mais forte. Sim eu sei por o que eu me apaixonei, é algo nele, ou melhor é ele.

Eu me apaixonei por ela. Sua pele branca, delicada como porcelana, era macia e tinha um ar aveludado como uma boneca. Olhos azuis cor do mar, ressaltados por um brilho penetrante, duas pequenas bolas traiçoeiras que eram meu labirinto. As bochechas que quando envergonhada ou sem graça se avermelhavam naturalmente, ficando ainda mais adorável. Seus pequenos lábios não precisavam de nenhum batom ou nenhum truque, sua beleza estava presente quando ela estava sem passar nada, seus lábios tinham gosto de morango com chocolate, sua bala favorita, e era minha perdição. Sempre procurei beijá-la como se fosse a ultima vez, pois nunca se saberia quando seria, eu nunca quis sentir o sabor dos lábios que não fossem dela, apenas ela sabia como puxar o tecido da minha camisa, ou conseguia abraçar minha cintura com apenas um braço. Suas mãos eram delicadas e suas unhas perigosas, ela gostava quando eu pegava suas mãos, mas isso era claro já que nossas mãos juntas eram um pedaço do paraíso, eu faria de tudo para mantê-las unidas e salvá-las para sempre, sim eu fazia.

Seu corpo, minha sina. Um conjunto que deveria se chamar P de perfeição, minha garota formando traços de mulher, me orgulhava disso, me orgulhava de fazer parte disso.

Ela era meu tudo, aquela que eu deveria proteger, cuidar e dar garantia de segurança. Eu não sou apaixonado por ela, eu a amo, pois por ela eu fui o mais longe que eu consegui.

Não faço ideia de como fui parar tão longe, tudo começou com o medo de a perder mais cedo ou mais tarde, logo com o medo veio a coragem de ser seu protetor, depois perdi a consciência das consequências e segui, por ela, e nunca imaginei fazer metade do que eu fazia. Mas o medo voltou, a razão caiu sobre minha cabeça e descobri que tinha entrado em um beco sem saída. Não, ela não fazia ideia, e deveria ser assim, não aguentaria uma mentira, não suportaria saber que escondi algo dela por dois anos. Ela não podia sonhar e meu medo passou a ser de que tudo fosse pelos ares.

Porque se ela for embora, sei que irei desaparecer, pois não tem ninguém mais. Tem que ser ela, apenas ela.


Prologo bem romantico pse shuakshual (era feliz e não sabia quando escrevi isso haha)
Amanhã eu já publico o primeiro capítulo, ok
Comentem e votem por favor!

Battlefield: The Beggining [Zerrie]Onde histórias criam vida. Descubra agora