Capítulo 7

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- O quê foi que você disse meu amor?

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- O quê foi que você disse meu amor?

- Eu disse quê virei mocinha mãe. - repeti bem baixinho.

Ao ouvir a notícia minha mãe sorri e me abraça, logo após ela diz;

- Parabéns meu amor, quê boa notícia!

- Boa? Isso é péssimo! - comecei a chorar.

- Não seja boba. - ela disse e me abraçou novamente.

Ao ouvir suas palavras me senti bem melhor, depois de  me aliviar, falei ainda com voz de choro:

- Mãe promete não contar para ninguém?

- Claro, eu prometo. Mas agora me diz quando foi quê aconteceu? - mamãe suplicou, me encarando.

- É.. Foi ontem.. - sussurrei.

- Ontem? Mas por que não me contou menina?

- Ah mãe, eu estava com vergonha. - expliquei.

- Boba. - ela sorriu ao dizer.

Depois daquele momento, comecei a rir de mim mesma, ao me lembrar o quanto eu fui dramática, porém, eu ainda sentia uma pontinha de vergonha, admito.

- Por que está rindo? - mamãe perguntou curiosa.

- Nada não, mãe. - respondi com um sorriso.

- O quê fez para não sujar a roupa? - ela interrogou.

- Papel higiênico. - expliquei, morrendo de vergonha.

Após nossa conversa e do meu drama ter "passado", ela saiu para ir até a farmácia, comprar absorventes para mim.
Voltei para meu quarto, e deitei em minha cama.

"Até que não é o fim do mundo, jesus, como sou dramática."

Minutos após, minha mãe chegou, fui ao banheiro, e almocei. Como eu havia faltado a aula, não me restava mais nada a fazer, ao não ser.. mexer no celular, é claro.
Passei metade do meu dia deitada na cama, só teclando. Os celulares tiram muito a nossa atenção, no meu caso fico surda e muda. Enquanto eu estava distraída, minha mãe entrou no meu quarto.

- Filha está com fome?

- Filha.. - mamãe perguntou impaciente.

- Filha! - ela gritou.

Com aquele berro, pulei da cama assustada, logo após, comecei a rir.

-Mãe que mania de me assustar em! - reclamei um pouco brava.

-Você fica neste celular, não escuta o que as pessoas a sua volta diz. Nunca vi mais viciada nisso, do que você! - ela exclamou.

- Foi mal mãe, o que você queria? - falei sorrindo.

"Viciada no celular, ah claro.. Mamãe.. mamãe, quando vai entender que o vício é na pessoa, não no celular."

- Saber se você está com fome. - ela completou.

- Fome? Mãe, fome eu tenho sempre. - caçoei.

- Vai ficar obesa em! - mamãe exclamou, dando uma risada.

- Sai para lá com a sua macumba. - retribui a risada.

Depois da nossa conversa, fomos para o lugar que eu mais amo na casa, além do meu quarto, a cozinha. Tomei meu café da tarde, assisti um pouco de novela com minha mãe, e adivinha... Sim! Voltei para meu quarto.
Passaram-se alguns minutos, minha mãe veio me avisar que íamos jantar na casa de minha tia, mesmo odiando notícias de última hora, o único jeito era concordar e me arrumar, pois então, foi isso que eu fiz.
Finalmente pronta, como sempre a última a me arrumar, saímos de casa. Ao chegarmos, me surpreendi com a família toda ali, incluindo primos, tios, avós, cachorro e papagaio, mentira, exagerei, não havia cachorro e nem papagaio. Veio todos em minha direção, confesso que deu até medo, jesus! Imagina um monte de loucos vindo até você, com sorrisos inexplicáveis. Pois é, me deu até ataque de pânico.

"Meu Deus, pensei que fosse só a tia o tio e os meninos.
Que povo louco, o que eles querem?
Será que é aniversário de alguém, e eu nem sabia?"

A primeira a chegar até mim, foi minha tia.

- Parabéns meu amor! - titia disse me dando um abraço, que retribui, mesmo sem entender o engano dela. Afinal não podemos ser mal educados, não é mesmo?

"Hoje não é meu aniversário, estão enlouquecendo."

Logo após, veio mais loucos me abraçarem, dizendo a mesma coisa que minha tia, até que chegou a vez da  vovó, ela me abraçou e disse:

- Minha netinha virou mocinha!

Minhas pernas ficaram bambas, minhas mãos trêmulas, e minha voz não saía.

"Eu.. Não acredito!
Ela prometeu não contar!
Traiu a própria filha, ela mentiu para mim.
Isso não pode estar acontecendo comigo."

Retornei meus sentidos, e mesmo morrendo de vergonha conseguir dizer. Dizer, não, gritar.

- Mãe, não conversa mais comigo!

Sai correndo e me tranquei no banheiro, abaixei a tampa do vaso, me sentei e comecei a chorar.

"Ela é mesmo impossível, eu pedi para ela não contar, ela prometeu e depois não basta contar, tinha que ser para a família inteira."

Minha mãe veio atrás de mim, bateu na porta várias vezes, eu não queria abrir, pois estava sentindo algo inexplicável, eu não sabia se estava chateada, com vergonha, ou  raiva. Porém, ela insistia.

- Filha, por favor abra a porta.. - mamãe suplicou.

- Não mãe, vá embora! - exigi com desdenho.

- Por favor.. - repetiu implorando.

- Não! - neguei firmemente.

- Só quero falar uma coisa, depois eu juro que vou embora.

- Não acredito mais em você.

- Tudo bem, não precisa acreditar, só abra a porta.

Olá amores, cm vão? Psé estou de volta, e então gostou desse capítulo? A mãe da juh vacilou muito com ela né? Se fosse vc como reagiria? Compartilhe nos comentários, irei adorar ler.
Beijos até o próximo <3

Minha Primeira MenstruaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora