Logo a hora que eu estava começando a me acostumar, com o meu novo padrão de vida, tinha que acontecer algo de ruim, sou mesmo uma sem sorte.Permaneci como estava, eles chegaram até mim, e levantaram a minha cabeça perguntando se eu estava bem.
"Claro que não estou miséria, acabei de chocar com a droga de um poste!"
- Calma gente estou bem, só meio tonta. - me apoiei no meu primo e ele me levou para baixo. Os curiosos vieram conosco, assim assustando todos que estavam ali.
- O que houve?
- Meu Deus o que aconteceu?
- Nossa Senhora da Piedade, a menina machucou! - disse minha tia Rosemary, com a mão na boca e expressão de espanto. Acho que nem assistindo o terror dos séculos, ela não faria essa cara.
Eram tantas vozes que nem consegui distinguir qual pertence a quem, apenas a da minha tia Rosemary eu reconheci, e dei uma risada que acabou se transformando em uma careta.
Me deitei em uma cama no quarto da minha prima, na intenção de descansar um pouco, minutos após minha tia apareceu com uma faca na mão."Jesus, é agora que ela arranca meu fígado, fura meus olhos e fatia meu corpo.."
- Tia o que pretende fazer com essa faca? - a encarei assustada, pensando no que eu iria usar para me defender.
- Irei pressionar ela na sua testa para o "galo" não crescer. - ela explicou se aproximando com aquela coisa afiada.
"Agora que diabos uma faca tem haver com o chifre, que adquirir beijando o poste com a testa?"
- Tem certeza que isso funciona? - questionei desconfiada, louca para fugir daquela situação.
- Sim, absoluta. - afirmou titia e pressionou a faca em minha testa.
- Esse troço ta gelado! - argumentei tentando recuar.
- Calma, é para melhorar..
"Ok, vou fingir que acredito nesse mito ridículo de seres mais velhos."
O inchaço em minha testa parecia ter reduzido, mas não pense que foi por causa da faca, passei gelo também. É, talvez a faca pode ter ajudado um pouquinho.
Estava completamente entediada de não fazer absolutamente nada, então resolvi sair do quarto, ao tocar na maçaneta ouvi vozes.- Ela está vindo, rápido! - alguém sussurrou como se eu não estivesse ouvindo.
Abri a porta rapidamente, precisava saber o que todos escondiam de mim ou não queriam que eu visse. Fiquei surpresa, de onde poderia sair tantos balões de festas?
- Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! - se aproximaram de mim cantando e com um bolo na mão. Fiquei sem palavras, porque sinceramente não esperava aquilo. - é pique, é pique, é pique, é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, é hora, é hora, ra-ti-búm! Juliana! Juliana! Sopra as velas! - gritou meu tio.
Esse povo é muito louco, meu aniversário já passou seus "disgrama".
Soprei as velas, na verdade minha prima soprou mais do que eu, a decoração do bolo devia ser anti-chuva.- Com quem será! - minha prima começou a cantar, com aquela cara de safada, até que todos a acompanhou.
- Vai depender se o... - aquele momento em que cada ser fala uma coisa e sai uma doideira que nem cristo entende.
Mas não, minha prima não se contenta, como ela descobriu eu não sei, mas a desgraça gritou Vinis bem alto. Meu dia não podia ficar pior, era muita coisa para uma "simples garotinha".
Tinha que me lembrar daquele garoto idiota e mentiroso, pediu meu número e nem se quer me procurou, não custava nada mandar uma mensagem.
Terminaram de cantar e me sentei no sofá, enquanto escutava aquele falatório na cozinha de "me passa o prato" ou algo assim."Como minha prima haveria descoberto?"
Ela se sentou ao meu lado em meio aos meus pensamentos perdidos, voltei a terra, e a vi, logo interroguei.
- Quem te contou, e como sabe do Vinis? - perguntei a encarando séria.
- O Vinis me contou.. - ela explicou na maior tranquilidade.
- O Vinis? - disse surpresa.
- Sim. - ela confirmou calmamente.
- Mas como? Como ele sabe que sou sua prima, ou como você o conhece? - interroguei mais confusa do que prova de matemática.
- O Vinis estuda na minha escola e ele havia comentado que conheceu uma garota na baladinha, disse que se chamava Juliana, logo falei que tinha uma prima com esse nome, ele achou legal a "coincidência", e prosseguiu a contar dizendo que era o dia do aniversário dela, apenas liguei os fatos de seu aniversário ter sido exatamente no dia em que ele foi na baladinha, e sua mãe ter comentado que não podíamos fazer a festa ontem porque você iria sair com suas amigas para comemorar.
- Nossa! Então o Vinis estuda na mesma escola que ti? - questionei mega curiosa.
- Sim, e ele está doente..
- Doente? O que ele tem? - perguntei assustada.
"Chamei o garoto de idiota e mentiroso, meu Deus, tadinho."
- Pneumonia, ele está internado no Hospital Regional. - ela informou e se levantou rindo e dizendo, "eu quero bolo!" Vai entender.
Fiquei minutos pensativa, confesso que minha consciência pesou um pouco e me senti meio mal por isso.
"Então esse é o motivo dele não ter me ligado?
Preciso visita-lo.. Não, melhor não, se eu fizer isso ele vai se achar, melhor esperar ele sair e vim me procurar, se ele vir..""Vamos fazer o resumo desses últimos lindos dias..
Chorei, completei quatorze aninhos, conheci um boy tarado, levei "ovada", chorei, virei mocinha, chorei, ganhei um chá de bebê, morri de vergonha, chorei, beijei o poste, chorei, festa surpresa do além, já falei chorei?"Interrompida por mamãe me cutucando e dizendo..
Oie amores, aposto que até hoje vcs não sabia a letra do parabéns, igual a mim kkk, jurava que era "é big".
Eai, tudo bem? Espero q estejam, que tenha passado um bom Natal.
O Natal já passou, porém ainda a tempo de desejar um Feliz Ano Novo para vcs!! Q esse ano venha ser muito melhor q o outro, q vcs consigam alcançar todos os seus objetivos, muita paz, amor, saúde, prosperidade, carinho, enfim, tudo de bom! Beijos até o próximo capítulo. <3
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Minha Primeira Menstruação
Fiksi RemajaAfim de uma história diferente? Um tema pouco abordado? Talvez chegando a ser assustador? O que acha de ler "Minha primeira menstruação", curioso, não? Ela é uma garota simples, vivendo sua vida simples, digna de uma adolescente de treze anos. Signo...