- Que susto mãe. - digo com a mão no peito que está coberto com água, espuma e pétalas vermelhas.
- Se levo um susto é porque estava pensando em coisa errada.
- Credo mãe. Só pensa mal de mim. - digo fingindo estar ofendida.
- Vai para de drama e me conta como foi a festa. - ela diz e se senta na beira da banheira.
Conto tudo, mas quando eu digo tudo eu me refiro a tudo mesmo. Minha mãe não é simplesmente minha mãe e si minha amiga confidente, ela sabe de tudo.
Quando termino de contar ela faz uma cara de surpresa.
- E quem é essa tal de Bianca, que eu não entendi direito? - ela diz e pega uma toalha pra mim, já que faz muito tempo que estou na banheira.
- Não sei ao certo e quer saber? Não me interessa. -digo enquanto caminho ate o closet.
- Está bem. - ela diz e sussurra mais alguma coisa que eu não entendo direito algo do tipo " Isso está me cheirando..."
Entro no closet e pego uma peça de roupa bem confortável e me dirijo até o quarto após vesti-la. Chego- lá e minha mãe está sentada na poltrona perto da sacada ela se levanta e caminha até a porta e diz que meu pai me espera no escritório.
Esta acontecendo alguma coisa - penso comigo mesma.
Desço as escadas com meu moletom preto e caminho até o grande corredor branco cheio de quadros pendurados. Avisto uma porta aberta, caminho até ela e quando vou passar pela porta meu pai resmunga algo no celular, após alguns instantes ele desliga o mesmo e se vira pra mim com um grande sorriso estampado no rosto. Não anta, um grande sorriso estampado no pescoço - daar.
- não vou nem me dar ao luxo de perguntar como foi a festa, pois sei que deve ter sido ótima não é mesmo?
- Devo concordar com você pai.
- Você não decidiu nada ainda? - ele muda de assunto e eu fico mais perdida que peixe fora d'água.
- Sobre o que?
- Faculdade, querida.
- Ai pai! Você sabe a minha posição sobre isso não? - ele só balança a cabeça em concordância - Tenho medo de entrar em algo e não gostar.
- E é por isso que eu sou seu pai, pra te apoiar em tudo e também e pra pensar em tudo.
- Como?
- Eu não quero ficar sem a minha filha Rodolfo. - minha mãe entra aos prantos no escritório.
- Ela não vai morrer Amor. Isso será bom pra ela. - ele diz e se aproxima dela - Isso fara com que ela pense em seu futuro.
- Da pra me explicar o que ta acontecendo?
- Seu pai quer que você comece a trabalhar em uma empresa de engenharia.
- Como?
- Isso servira pra coce saber se quer mesmo fazer arquitetura. Você trabalhara com muitas pessoas que tiveram o mesmo sonho que você, lá você poderá ver como um arquiteto trabalha e se gostar pode fazer faculdade no ano que vem.
- Se é só isso por que o drama?
- Drama? Você chama isso de drama? - minha mãe pergunta chorando abraçada no meu pai.
- Mãe eu só vou trabalhar. - digo indo até eles.
- Disso eu sei. Conta pra ela Rodolfo. - minha mãe diz e eu me assusto. Contar o que.
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Como Eu Te Odeio
DiversosNatasha é uma garota de 17 anos normal, eu diria. Nunca leva um desaforo pra casa e não mede esforços para fazer as pessoas que ama feliz. Porem ela nunca se apaixonou por ninguém de verdade. Filha única é muito mimada pelos pais, que são muito ric...