Capítulo 40 - Miguel / Natasha

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Presente de natal antecipado. Já publiquei no meu perfil o meu outro livro que se chama Será Que Vou Te Encontrar? Procurem lá pra saber mais detalhes.



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Miguel


Já se passava das 03 horas da manhã e muita gente estava dançando as músicas eletrônicas que tocava. As pessoas já não usavam mais mascaras e a Natasha estava com um vestido curto igual ao longo.

Minha visão ficou turva assim que vi ela chegar atrás de um cara e beijar seu pescoço sem preocupação. Ele por sua vez se viro com um sorriso no rosto de orelha a orelha. Filha da mãe.

Ela cochicha algo no ouvido dele e ele sorri de volta e pega a mão dela a levando pra fora.

Quem esse filho da ... pensa que é pra ficar pegando na mão da minha garota. Tá eu sei que ela não é minha garota, mas é como se fosse. Foi nos meus braços que ela chorou quando precisou e em mim que ela desconta a raiva do mundo não nesse filho da ...

- Que raiva. - grito, mas parece que ninguém escutou pelo som alto da música.


Penso em ir atrás deles, mas sou impedido com a chegada dos meninos.


- Olha que eu nunca fui com a cara daquela morena, mas tenho que admitir que ela dança muito bem. - Gui diz chegando ao meu lado.


- Tá com essa cara por que? - Gus pergunta.


- Coisa minha. - digo seco e transtornado de raiva.

- Parece que a menininha indefesa está se divertindo. - Gui fala e aponta pra entrada a onde vejo a Natasha dançando praticamente grudada naquele mané.


- Que ódio. - digo e bato na mesa depois que me viro.

- Tá com ciúminho é Miguelzinho. - Gui tira com a minha cara.

- Vai a merda. - digo irritado.


- Pelo visto estamos voltando a infância né? - Gus pergunta pro Guilherme.

- Uma velha infância eu diria. - Gui completa.

- Ai! - falo e coloco a mão na cabeça tentando afastar as lembranças.


 ...Flashback On - 4 anos atrás...

- Eu não quero ir mãe? - digo sentado na cama fazendo birra.

- Desculpe querido, não posso fazer nada a respeito. - ela diz com uma voz calma que só ela tem - Nós vamos vir pra cá sempre meu amor.

- Mas eu não quero ir, já disse. - falo bravo.

- São só dois anos. Eles passarão rápido eu prometo.

- Dois anos? Sem meus amigos é muito tempo.

- Eu acho que você não vai sentir tanto a falta dos seus amigos e sim de uma certa menininha moreninha, linda por sinal. - ela fala com confiança em quanto coloca as minha coisas dentro da mala.

- Você pode ter razão. - falo baixo, mas ela escuta pois sorri.

- Você gosta muito dela não é mesmo? - só concordo com a cabeça - Vocês podem se ver sempre que quiserem. O pai dela tem negócios em Campo Grande assim como eu e o seu pai temos aqui no Rio de Janeiro. Sempre teremos que vir pra cá.

Como Eu Te OdeioOnde histórias criam vida. Descubra agora