Capítulo 49 Miguel / Natasha / Miguel

1K 41 3
                                    


Miguel



Chego em casa e largo a chave em algum lugar sem me preocupar com nada troco o curativo da minha mão depois de um banho e escuto algum apertar a campainha loucamente.

Quem será?

Abro a porta e vejo a Natasha que me olha com um olhar devastador que parece acabar com a minha alma.

- O que você faz aqui? – pergunto

- Quero falar com você. – ela diz quase chorando.

- Pois eu não quero falar com você.

- Pois você vai me ouvir.

- Não, não vou. – digo e fecho a porta na cara dela.

Continuar olhando aqueles olhos chorosos só me machuca ainda mais e isso é o que eu não quero. Muito menos depois do que vi.

-Pois eu vou ficar aqui até você sair. – ela diz e chuta a porta.

-Pois que fique. – digo e me sento na porta.

Fico horas ali até que ouso um choro. O choro dela e depois um soco na porta em fração de segundo dou um soco na porta e escuto ela me xingar.

- Você não vai mesmo me deixar falar? – pergunta chorando.

- Não. - respondo seco e duro.

- Imbecil. Como Eu Te Odeio. – ela diz e soca a porta novamente. Minutos depois não ouso mais nada além da minha respiração, ainda bem que ela foi embora não aguentaria ficar ouvindo ela chorar.

Anoitece e eu fico horas dentro da banheira – precisava relaxar meus músculos abatidos. Saio do banheiro só com uma boxer e caminho até o closet a procura de alguma coisa para vestir. Depois de pegar uma roupa e vesti-la ando pelo quarto a procura de um perfume e ainda vejo cacos de vidros espalhados pelo chão que eu ainda não catei, mas o cheiro de perfume forte é embriagante. Devo ter quebrado vario perfumes.

Desço a escada e escuto um barulho na cozinha. Quem mais além de mim é claro está aqui? Ando até a cozinha escura e percebo alguém fechar a porta dos fundos. Me escondo na parede que da aceso a sala esperando que o ladrão passe por ali e eu possa atingi-lo.

- Ai! – a pessoa fala num tom claro. Uma mulher e eu conheço aquela voz.  - Agora aquele infeliz vai ter que me ouvir. A vai. – ela diz.

Não acredito que ela invadiu a minha casa, mas já que ela vez isso vamos brincar um pouquinho. Derrubo um vaso de flores de proposito no chão.

- Ai me Deus! – ela fala e vai se aproximando e do nada para – Você ta ai né seu filho de uma mãe.

Passo pela outra porta que da aceso a cozinha e derrubo uma panela.

- Seu infeliz. – ela diz e se vira. – Você me fez pular o muro da minha casa pra ficar brincando, pois bem eu também sei brincar. Só que hoje Miguel a minha prioridade é a sua morte. – ela diz e some do meu campo de visão, ando pela cozinha e caminho pra sala quando sinto uma almofada ser atirada na minha cabeça.

- Ai. – digo e coloco a mão na cabeça e outra almofada me atinge – Ai a minha mão Natasha.

- Ai meu Deus. – ela diz e corre até mim pegando a minha mão – Machucou?

- Não, imagina. – ironizo.

- Grosso. – paço por ela e vou até a porta e a abro.

- Já deu o seu showzinho agora pode ir embora.

Como Eu Te OdeioOnde histórias criam vida. Descubra agora