Capítulo 29

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P.O.V Alex

Eu não gostei daquele cara, principalmente quando ele teve a preferência de ser atendido pela Maya.

Quando ela acabou o expediente e sentou com ele, juro que não gostei nada, nada... Por quê? Não sei! Mas incomodou...

Fui atendendo as mesas normalmente, pois ainda tinha meia hora de expediente, paro um pouco para descansar e vejo os dois rindo e mais uma vez me senti incomodado, e isso é estranho... Eu sou um cara muito impulsivo, e devido à isso vou até a mesa deles!

- Vocês vão querer alguma coisa? - Juro que foi a única coisa que veio na minha cabeça, e pra não ficar tão na cara, peguei o meu bloco de notas.

- Não, não, eu estou bem... E você Maya?

Maya? Nível muito alto de intimidade... O que deu em você hoje Alex? Oshi!

- No momento não... Mas volte depois quem sabe eu mude de idéia... - Ela dá um piscadela.

- Tudo bem então!

Saio de lá sem informação nenhuma, o que não me deixou nada satisfeito...

Atendo mais algumas mesas e vou para o vestiário me trocar, depois disso passo pelo salão e vejo que eles não estão mais lá.

Saio do restaurante, entro no meu carro e sigo em direção à minha casa. Sou obrigado a parar no sinal vermelho e fico olhando as calçadas e os restaurantes, quando vejo Maya saindo de um lanchonete.

O sinal abre e eu dou a volta e paro alí perto, vi que ela estava tentando ligar pra alguém, mas não conseguia, sem contar que ela ficava olhando de um lado para o outro, então sugeri que ela estava tentando falar com a Avril.

Desci do carro para ir até ela, pois eu não podia deixar ela lá sozinha, pode ser perigoso...

Vou me aproximando e vejo o cara do restaurante chegando perto dela e paro pra ouvir a conversa.

- Você vai pra casa sozinha? - Ele pergunta.

- Não, estou tentando falar com uma amiga. - Ela diz ainda olhando para o celular.

- Se você quiser, eu te levo até em casa!

- Ah, não precisa...

- Eu faço questão.

- Não, sério mesmo... Não vai ser necessario!

- Por favor, qual é o problema? - Ele se aproxima dela e ela dá um passo pra trás.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO! - Ela grita.

- E você vai sozinha princesa? Nessas ruas escuras? Pode ser assaltada, sequestrada, estuprada... - Ele fala e vai chegando mais perto, acariciando o seu rosto.

Nesse momento o meu sangue ferve e vou até lá, puxo ele pelo ombro e dou um soco muito merecido na cara daquele imbecil.

- Pode deixar, ela não vai correr esse risco, ela vai estar comigo! - Falo me colocando na frente dela.

- Quem você pensa que é pra chegar assim?... Ah... O garçom! - Ele ri sarcástico.

- Pois é, o garçom... E o namorado dela!

- Sério? Pelo jeito que vocês agiram no restaurante, parece que a relação de vocês não é nada boa!

- Somos proficionais! Sabemos o que estamos fazendo! E experimenta chegar perto dela de novo, que eu quebro essa porcaria que você chama de cara. Aí eu quero ver você dando esses sorrisinhos! Vamos Maya...

Vítimas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora