[...]
- MAYAAA? - Alice grita assim que chego em casa.
- Diga...
- VEM AQUI, CORRE. - Ela grita completamente apavorada.
Corro até o quarto dela, desesperada pensando no pior... Chego e vejo ela sentada no canto do quarto e corro até ela.
- O que aconteceu? - Pergunto procurando algum tipo de corte ou sangue.
- Alí. - Ela aponta para a parede que está atrás de mim e cobre o rosto com as mãos em seguida.
Olho para trás em choque, pensando que deveria ter um psicopata atrás de mim.
- PUTA QUE PARIU ALICE!!! - Grito com raiva. - Você fez esse escândalo por causa de UMA BARATA?
Ela continua de cabeça baixa, então eu pego um chinelo, mas quando eu ia bater, ela voou e parou na parede em que a Alice estava encostada... Sendo mais específica, a quatro palmos da cabeça dela.
- Alice... - Chamo.
- Já matou? - Ela fala levantando o rosto devagar.
- Não se apavore... - Digo tentando acalma-lá, mas ela olha pra cima.
Ela fica paralisada durante uns 3 segundos e depois saí de lá gritando e correndo igual uma condenada parando atrás de mim, me usando como escudo.
O grito e a expressão dela me fizeram rir descontroladamente, e instantaneamente fazendo ela sair do quarto.
- Eu só vou entrar aí de novo depois que você me provar que essa coisa está morta...
- Ta bom, vai beber água... - Digo ainda rindo da cena.
Depois de me recuperar, mato a barata e saio do quarto para pegar uma vassoura.
- Pronto Alice!
- Obrigada.
- Oi gente... - Manu entra em casa.
- Onde é que tu tava?
- Na rua.
- Ta né...
- Porque a Alice ta com essa cara? Viu um fantasma?
- Não... Viu uma barata! - Rio e reviro os olhos.
- Aonde? - Ela arregala os olhos.
- Eu já matei... Mas tem que tirar do quarto dela. - Bocejo. - Toma. - Entrego a vassoura pra Alice.
- O que você quer que eu faça com isso? - Ela pergunta.
- Que você tire a barata de lá, ué.
- Você quer que EU tire? - Ela pergunta indignada.
- Até onde eu sei o quarto é seu... Mas se você não quiser tirar... Durma com ela lá!
Falo e saio de lá, indo para a sala. me sento no sofá e uns 2 minutos depois a Avril chega e se joga no sofá também.
- Hey, nós vamos fazer o que na páscoa? - Avril pergunta.
- Comer chocolate. - Alice grita entrando na sala.
- Não vamos sair ou fazer alguma coisa aqui? - Avril pergunta novamente.
- Acho que não. - Manu responde.
- E sexta?
- Eu não quero ir pra casa! - Avril fala.
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Vítimas do Coração
Teen FictionMaya, uma jovem de 18 anos, passa a viver uma nova fase de sua vida quando entra para a faculdade e muda de residência. Tendo tantas inovações e se sentindo realizada, ela descobrirá que nem tudo são flores.