Capítulo 50

143 12 0
                                    

Alex aonde é que você está? Pelo amor de Deus, já estou te procurando a horas.

É a pergunta que estou fazendo mentalmente, esperando que por algum meio telepático ele consiga me responder... Mas fala sério, isso é completamente inútil. O local que me resta agora é casa dos pais dele, e estou a caminho... Só espero que o endereço que o Diego me passou esteja certo, caso contrário eu piro.

Toco a campainha e uma mulher me atende, creio que seja a empregada, a julgar por suas vestes.

- Oi, eu sou a Maya...

A moça me interrompe.

- Ah sim, a namorada do Alex, está a procura dele?

- Ah na verdade sim, mas... Ele disse que eu era namorada dele? - Pergunto sorrindo de lado.

- Dizer, dizer, ele não disse não, afinal ele vem aqui poucas vezes... Quem fala de você é Milena. - Ela sorri e eu a acompanho. - Por falar nela... - Diz a moça olhando para trás, de onde Milena surge correndo.

- Maya! - Ela sorri espantada.

- Oi Mi. - Abro os braços e agacho ficando da sua altura, pedindo-lhe um abraço e ela assim o faz. - Então Mi, o Alex está aqui?

- Não... Você foi na casa dele? - Ela pergunta toda fofa.

- Fui, mas ele não está lá, nem na casa dos meninos... Você não faz idéia de onde ele possa estar?

- Tem um lugar que ele vai... Mas é só quando ele está triste ou com raiva...

- Então creio que ele está la. - Suspiro e ela leva as mãozinhas até meu rosto.

- Por que ele tá triste?

- Olha, eu não posso te dizer o motivo... Mas é por minha causa... E eu preciso muito me desculpar.

- Tá, então vem aqui, a Marisa não pode saber... É segredo. - Ela põe as mãos na boca para cobrir o riso, depois pega a minha mão e me puxa querendo me afastar dalí, enquanto a moça que me atendeu (acho que se chama Marisa) nos observa rindo.

Ela me leva até uma árvore que fica do lado do Jardim.

- Aqui já está bom... - Ela fala e tira um celular do bolso e calça.

- Uau... - Me espanto pela qualidade do celular e por estar sob os cuidados de uma criança, mas quem sou eu pra julgar?

Ela entra no Maps e me indica o local, e em seguida me olha nos olhos... Mas olha bem fundo mesmo.

- Maya, não deixa mais ele triste, ta bom?

- Pode deixar, princesa.

Ela beija a minha bochecha e se vira pra refazer o caminho que fez pra chegar aqui, mas para novamente.

- Ah, e esse lugar é secreto... Ninguém pode saber.

- Okay, será o nosso segredinho.

Assim que digo ela volta para dentro da casa e eu saio de lá, a caminho do ponto de ônibus. Assim que o mesmo chega, entro e parto rumo ao tão misterioso lugar...

40 minutos depois...

O ônibus para em uma rua um tanto quanto deserta, iluminada apenas por postes de luz, pois não há casas ou carros... Apenas árvores e mais árvores.

Pego o meu celular e entro no aplicativo para ver se o endereço estava certo, e diz que eu tenho que caminhar um pouco para chegar. Me viro para a direção indicada e avisto um carro... O carro dele.

Vítimas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora