Capítulo 61

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P.O.V  Veronica

Chegando na casa dela, sou atendida por sua mãe, que me leva até o quarto onde ela se encontra.

- Oi amiga.- Ela vem me dar um abraço.

- Oi... Você está bem?

- Estou.

- Que bom. E o meu sobrinho?

- Também está muito bem.- Ela ri e acaricia a barriga.

- Amiga... Você vai contar para o pai da criança que você está grávida?

- Na verdade, eu contei pro Luke, ontem...- Ela morde o lábio.

- Para o Luke?- A questiono.

- Sim, o pai do meu bebê.

- Gisele, nós sabemos muito bem que o pai não é Luke... Por que disse isso à ele?

- Vê, o Richard nunca vai acreditar que é o pai. Ele não vai querer assumir!

- E você acha que esconder dele e jogar a criança pra cima de outra pessoa é melhor?

- Por enquanto sim.- Ela pega nas minhas mãos. - Amiga, tenta me entender. Como vou contar pro meu pai que engravidei na adolescência e o pai da criança não quer assumir?

- Você deveria pelo menos contar pra ele.

- Não. Ou ele vai tirar a criança de mim, ou não vai assumir. Então, se for pra me fazer mal assim, que ele nem saiba...

- E como o Luke entra nessa história?

- Eu fiquei com ele na mesma época, e sei que ele é uma boa pessoa... Ele já disse que vai assumir.

- E não pediu nem DNA?

- Pediu, mas tenho certeza que ele vai se apegar à criança rápido o suficiente para desistir disso.

- Gisele, isso não é legal... Você está colocando seu filho como um fardo na vida dele, poupe o bebê e poupe a si mesmo disso. Se poupe de ver um cara que tu mal conhece visitando teu filho achando que é o pai.

- Não, Verônica, se estou fazendo isso, é para o bem do meu filho! Amanhã mesmo vou dizer aos meus pais.

- E se ele não desistir do DNA?

- Até lá, pelo menos os meus pais já vão ter se acostumado com a idéia de um baby na família e não vão fazer nada pra prejudicá-lo.

- O que você acha que eles fariam?

- Pra evitar um escândalo desse no jornal? Eles sem dúvidas me fariam abortar.

- Poxa, amiga... Eu não vou te dizer que sei pelo que você está passando, porque eu estaria mentindo... Mas eu vou estar aqui sempre que precisar, e vou respeitar a sua decisão, mesmo que eu ache errada.

- Obrigada.

P.O.V  Avril

- Anda logo, Alice!- Manu pede.

- Calma, Manuelly!- Ela grita.

- Meninas, não briguem... É só um rímel.- Tento acalma-las.

- O rímel que eu preciso usar e a Alice não deixa!- Manu.

- Eu estou usando, Manuelly, custa esperar?

- Você demora muito

- Ai que ódio! Toma.

Alice joga o rímel na Manu e sai do quarto apressada.

Vítimas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora