P.O.V Veronica
Chegando na casa dela, sou atendida por sua mãe, que me leva até o quarto onde ela se encontra.
- Oi amiga.- Ela vem me dar um abraço.
- Oi... Você está bem?
- Estou.
- Que bom. E o meu sobrinho?
- Também está muito bem.- Ela ri e acaricia a barriga.
- Amiga... Você vai contar para o pai da criança que você está grávida?
- Na verdade, eu contei pro Luke, ontem...- Ela morde o lábio.
- Para o Luke?- A questiono.
- Sim, o pai do meu bebê.
- Gisele, nós sabemos muito bem que o pai não é Luke... Por que disse isso à ele?
- Vê, o Richard nunca vai acreditar que é o pai. Ele não vai querer assumir!
- E você acha que esconder dele e jogar a criança pra cima de outra pessoa é melhor?
- Por enquanto sim.- Ela pega nas minhas mãos. - Amiga, tenta me entender. Como vou contar pro meu pai que engravidei na adolescência e o pai da criança não quer assumir?
- Você deveria pelo menos contar pra ele.
- Não. Ou ele vai tirar a criança de mim, ou não vai assumir. Então, se for pra me fazer mal assim, que ele nem saiba...
- E como o Luke entra nessa história?
- Eu fiquei com ele na mesma época, e sei que ele é uma boa pessoa... Ele já disse que vai assumir.
- E não pediu nem DNA?
- Pediu, mas tenho certeza que ele vai se apegar à criança rápido o suficiente para desistir disso.
- Gisele, isso não é legal... Você está colocando seu filho como um fardo na vida dele, poupe o bebê e poupe a si mesmo disso. Se poupe de ver um cara que tu mal conhece visitando teu filho achando que é o pai.
- Não, Verônica, se estou fazendo isso, é para o bem do meu filho! Amanhã mesmo vou dizer aos meus pais.
- E se ele não desistir do DNA?
- Até lá, pelo menos os meus pais já vão ter se acostumado com a idéia de um baby na família e não vão fazer nada pra prejudicá-lo.
- O que você acha que eles fariam?
- Pra evitar um escândalo desse no jornal? Eles sem dúvidas me fariam abortar.
- Poxa, amiga... Eu não vou te dizer que sei pelo que você está passando, porque eu estaria mentindo... Mas eu vou estar aqui sempre que precisar, e vou respeitar a sua decisão, mesmo que eu ache errada.
- Obrigada.
P.O.V Avril
- Anda logo, Alice!- Manu pede.
- Calma, Manuelly!- Ela grita.
- Meninas, não briguem... É só um rímel.- Tento acalma-las.
- O rímel que eu preciso usar e a Alice não deixa!- Manu.
- Eu estou usando, Manuelly, custa esperar?
- Você demora muito
- Ai que ódio! Toma.
Alice joga o rímel na Manu e sai do quarto apressada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vítimas do Coração
Teen FictionMaya, uma jovem de 18 anos, passa a viver uma nova fase de sua vida quando entra para a faculdade e muda de residência. Tendo tantas inovações e se sentindo realizada, ela descobrirá que nem tudo são flores.