- Nada Vê, eu só to explicando algumas coisas pra essa garota para ver se ela se põe no lugar dela. - Fala Gisele.
- Que bom que você apareceu Verônica... A sua amiguinha veio aqui sentir suas dores!
- Como é? Eu não to entendendo nada. - Verônica diz.
- Eu explico... Hoje o Alex não foi falar com a gente porque essa daí não deixou. - Gisele aponta para mim e eu cruzo os braços.
- Você acha que é dona dele? - Verônica pergunta para mim.
- Não, até porque ele não é nenhum objeto ou animal... Eu simplesmente disse que não queria que ele fosse até você, ele acatou o meu pedido!
- Ah, e qual a sua autoridade pra isso?
- E, chegou agora e acha que já pode exigir alguma coisa? Meu amor, você não é ninguém na vida dele. - A outra se intromete.
- O que que tá rolando? - Ouço a voz do Alex vindo de trás de mim.
- Alex, não se intromete que o assunto é entre nós e ela. - Verônica.
- Exatamente. - Gisele diz e eu começo a me irritar com sua voz!
- Me intrometo sim, pois o que diz respeito a minha namorada, diz respeito a mim também!
Ele fala isso e me abraça depositando um beijo em minha testa me fazendo sorrir. E elas? Estão paradas nos olhando confusas e com raiva ao mesmo tempo.
- Namorada?
- Você ta namorando com essa sem sal?
Dizem Verônica e Gisele respectivamente.
- Sim, namorada! E vê se lava bem a sua boca pra falar dela, entendeu Gisele?
- Eu não acredito nisso... Achei que você não fosse de namorar... Você sempre disse isso. - Verônica diz inconformada.
- Sempre disse que não namoraria você! Não tenho vocação pra corno!
- Você está me chamando de puta?
- Não, mas eu estou. - Me intrometo. - Vaza daqui sua biscate.
- Olha aqui, você não me provoca porque eu acabo com você em dois tempos!
- Aé? Do mesmo jeito que acabou comigo em meio a tantas brigas? - Rio. - Olha, não tá fazendo seu serviço direito não! - Zombo e puxo o Alex para longe dalí, mas ela me puxa pelo braço e sussura em meu ouvido.
- Você pode estar por cima agora, garçonetezinha, mas lembre-se sempre que o Alex já foi meu, e enquanto você brinca de beijinhos, nós ja brincamos de mamãe e papai; então não comemora muito não, porque logo mais ele se cansa da suas brincadeirinhas e volta correndo pra quem sempre atendeu suas vontades.
Minha raiva se elevou por um breve momento, mas depois suavisou.
- Só posso dizer o que já te disse antes, querida, se ele está correndo atrás de mim agora, é porque você não soube fazer o seu serviço direito, e convenhamos que já era de se esperar, e sobre seu passatempo com ele, eu já imaginava, afinal, vindo de uma vadia como você é difícil imaginar algo diferente de sexo, não é mesmo? E aliás, se for pra esperar ele, espere sentada, porque o Alex NUNCA nem sequer sentiu algo por você, e sabe o porquê? Porque ninguém jamais nutriria sentimentos por algo tão ridículo e carente de razão, valor, caráter e conteúdo como você. - Digo para ela, num sussurro, para que apenas ela pudesse ouvir, e ao final, depois de sua cara contendo um misto de decepção, raiva e tristeza, mandei um beijo no ar, pisque o olho e saí segurando a mão do Alex, afinal, se for pra discutir, tem que sair lacrando!
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Vítimas do Coração
Teen FictionMaya, uma jovem de 18 anos, passa a viver uma nova fase de sua vida quando entra para a faculdade e muda de residência. Tendo tantas inovações e se sentindo realizada, ela descobrirá que nem tudo são flores.