capítulo 12

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Eu estava em uma floresta desconhecida por mim não fazia ideia em que parte do mundo me encontrava.
Andava sem rumo os galhos espetando meus braços.
Eu estava vestindo um longo vestido vermelho.
O caminho parecia se apertar na minha frente e era difícil passar pelos galhos e árvores.
Olhei para o céu estava escuro e não haviam nem a lua e muito menos estrelas.
Eu escutava gritos corri na direção de onde eles vinham.
Atravessei a densa floresta.
E me encontrei em frente ao castelo que estava em meio de brasas.
Fui em direção a porta e com receio a abri.
As chamas estavam em toda parte e os gritos tão altos pareciam ecoar em minha mente.
No chão uma pilha de corpos.
Um rosto me era familiar fui até ele.
- Dastan? Eu disse em pranto.
O puxei para perto, em baixo dele Eva.
- O que eu fiz?
Abraçava o corpo sem vida de Dastan.
Seu corpo sumiu de minhas mãos e tudo o que sobrou foram cinzas.
Abri meus braços e correntes com longas algemas de ferro se prenderam em meus pulsos.
A pilha de corpos havia sumido e o fogo desaparecerá também.
Nas escadas uma enxurrada de sangue começou a descer pelos degraus e chegou até meus pés era quente e viscoso.
Uma angústia invadia meu peito.
No topo da escada estava o conselho do anciões a frente deles Gregório e Geneviève empunhando uma espada e em seus olhos uma fúria que podia envenenar uma alma.
Meu corpo gelou eles vinham em minha direção.
Meus joelhos caíram ao chão não havia por quem lutar seria enfim poupada de tudo que acontecerá eles dariam fim aos meus lamentos e as minhas angústias.
Senti meus pulsos sendo puxados pelas correntes olhei para um lado e vi a lua com um sorriso maligno nos lábios.
E do outro lado estava sol com seus sorriso demoníaco apostando com a lua cabo de guerra.
Eles me puxavam com mais força me arrastando de um lado ao outro.
- Fique ao meu lado.
- Não, fique ao meu lado.
Os gritos de pessoas agonizando voltaram mais altos do que antes eles entravam na minha cabeça.
- Condenamos Luna a filha da lua e rainha das bruxas a morte pelos seus crimes e pelas mortes que ela causou.
Olhei para Geneviève e atrás dela estavam Lili e Cloe com vestidos brancos com marcas de sangue e ao lado delas os corpos de Jeb e Roland.
Olhei para seus rostos e vi o sangue escorrer por seus pescoços onde havia um longo e profundo corte seus corpos caíram e bateram contra o chão.
Lua e sol continuavam repetindo as mesmas palavras, os gritos continuavam e Geneviève vinha em minha direção chegou mais perto e tirou a coroa da minha cabeça e a jogou com força na parede no canto do salão.
Com a espada empunhada ela agarrou meus cabelos, eu não recuei, ela ergueu minha cabeça deixando meu pescoço a mostra.
Os olhares de todos os anciões eram como de abutres para um corpo sem vida.
Eu iria enfim ser livre.
Os gritos e as vozes se misturavam se transformando em um barulho ensurdecedor.
Eu gritei com toda minha força.

[...]

Meus olhos se abriram sentia suas mãos segurando firmemente meus braços meu coração batia rápido e minha respiração estava muito acelerada Dastan percebeu e segurou minha mão.
Tudo não passou de um horrível pesadelo.
- Está tudo bem Luna eu estou aqui.
O abracei senti minhas lágrimas frias escorrem por meu rosto.
Meu coração ainda batia rápido.
- O que houve meu amor?
- Me abraça.
Ele me segurou em seus braços me abraçando forte, beijou levemente minha testa e olhou em meus olhos limpando as lágrimas que insistiam em cair.
Meu coração voltou ao ritmo normal.
- Eu estou aqui.
Ele colocou a testa junto com a minha e me olhava ainda me segurando em seus braços.
Ficamos sentados em silêncio olhando um para o outro ele acariciava meu rosto.
- Não quero me afastar de você.
- Mas eu não quero te ferir
- Vai me ferir mais ficar distante de você
Olhei para baixo e ele ergueu meu rosto.
- Eu vou ficar por perto quando me disser que precisa ficar sozinha, vou te dar seu espaço. Ele disse olhando fundo em meus olhos.
- Tudo bem.
Ele me abraçou, conseguia sentir seu coração batendo queria que sempre continuasse assim, batendo.
Ele segurou minha mão e beijou a aliança.
Ouvi batidas na porta.
- Fica quieta que logo param de bater.
Dastan disse sorrindo.
Eu ainda estava assustada com o pesadelo que tinha tido.
- Eu sei que estão aí dentro. Era a voz de Cloe.
Me levantei rápido da cama e fui até a porta, abri e abracei Cloe.
Dastan veio logo em seguida.
Cloe ainda sem entender o que acontecia me abraçou.
- Tá bom o que aconteceu com você? Ela disse sorrindo.
Me afastei e senti o braço de Dastan em meu ombro.
Os dois se olhavam se perguntando o que tinha de errado comigo.
- Tudo bem, eu preciso falar com a madrinha do meu casamento.
- Nós precisamos. Ouvi a voz de Lili e a vi chegando perto da porta.
Sorri ao ver ela.
Segurei sua mão e ela me olhou como se eu estivesse louca, mas na verdade eu realmente estava.
- Estou feliz em ver vocês.
As duas trocaram olhares e se voltaram para mim.
- Nós também estamos Luna.
Elas sorriram.
- Podemos roubar sua noiva por algumas...
- Horas? Lili disse
- Horas?
- Temos que ver o que ela prefere por que ela é nossa madrinha.
- Se ela estiver de acordo está tudo bem para mim.
- Vamos Luna?
- Sim meninas.
Elas me puxavam pelas mãos.
- Esperem um pouquinho esqueci de algo. Elas soltaram minha mão e eu fui em direção a porta do quarto.
Dastan entrou no quarto correndo e pegou a coroa trouxe até mim.
- Pronto.
- Não era isso que eu esqueci.
- Então o que foi.
O abracei e falei baixinho em seu ouvido:
- Eu te amo.
Ele me afastou e olhou em meus olhos segurando meu rosto em suas mãos.
Ele me olhava com um olhar curioso.
- Eu também te amo minha Luna.

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde histórias criam vida. Descubra agora